domingo, 12 de junho de 2016

McCARTNEY FALA SOBRE A FALTA DE LENNON E SEU PROCESSO DE COMPOR

A lenda Paul McCartney está com uma nova coletânea na praça, batizada de “Pure McCartney” e, em função da divulgação do trabalho, têm cedido algumas entrevistas interessantes por aí. Bem no clima de nostalgia que acompanha projetos desse tipo, Paul vem compartilhando verdadeiras pérolas do passado. Desta vez não foi diferente e, em nova entrevista divulgada na NME, ele fala abertamente sobre seus métodos de composição. Como não poderia deixar de ser, o assunto sobre a falta de John Lennon veio à tona e Paul discorre sobre tudo com absoluta humildade e simpatia – algo, convenhamos, bastante incomum entre as figuras de seu porte. “Se eu fosse sentar e escrever uma música agora, eu usaria meu método tradicional: sentaria ao piano ou com um violão e começaria a procurar por melodias, formas de acordes, frases musicais, algumas palavras, apenas alguma ideia para começar. Esse é o sistema que eu venho usando desde sempre, que é basicamente ficar tocando o violão e procurando por algo que sugira uma melodia. Talvez alguma letra, se estiver com sorte.http://www.vandohalen.com.br/wp-content/uploads/2014/12/
Sobre sentir a falta de John Lennon – tanto no sentido pessoal quanto musical, Paul diz: “Obviamente, eu sinto muita saudade de trabalhar com John porque era algo muito especial e sabemos o quanto é difícil repetir isso,” ele diz. “Na verdade, é quase impossível, porque a gente se conheceu ainda adolescentes e vivemos muito da vida juntos: pedindo carona para chegar até Paris, as festas, trabalhar junto, passar um tempo em Hamburgo junto com os Beatles. Então éramos muito íntimos, a gente se conhecia intimamente como só amigos de infância conseguem.” Ao final, o mestre sinaliza seu desejo de continuar compondo e como se motiva no dia a dia: “Eu realmente gosto disso. Eu me divirto. Digo, quando consigo um dia de folga e de repente tenho um bom tempo livre, eu procuro fazer aquele tipo de coisa caseira – eu vivo numa fazenda – então procuro sair para um passeio de cavalo ou algo do tipo. Mas depois que já fiz as coisas que queria fazer e ainda tenho algumas horas à tarde, eu costumo ir naturalmente para o piano ou o violão e eu me sinto meio que escrevendo uma música. É como um hobby, e é um hobby que acabou virando uma forma de sustento. Mas eu gosto de pensar dessa maneira e algumas vezes me provoco dizendo ‘Você está levando isso a sério o suficiente? Talvez devesse se esforçar um pouquinho mais. Se eu for sentar e escrever uma música agora, eu usaria meu método tradicional: sentaria ao piano ou com um violão e começaria a procurar por melodias, formas de acordes, frases musicais, algumas palavras, apenas alguma ideia para começar. Aí depois eu trabalho em cima disso, como se estivesse fazendo uma redação ou jogando palavras-cruzadas.”

3 comentários:

Marcelennon disse...

Lennon e McCartney... Lendas... Ainda estarão falando deles em todo o futuro da humanidade

Valdir Junior disse...

É mesmo difícil encontrar um parceiro musical no mesmo patamar do John. O Paul já tentou o Denny Laine, Elvis Costelo, Eric Stewart, Michael Jackson, Stevie Wonder, apesar de boas parcerias, não funcionam muito com ele, ja mandão do jeito que o Paul é, só mesmo o John para bater de frente com ele e não aceitar qualquer coisa que ele traga, acho que com o George também.

João Carlos disse...

Parceria de fato tem de ter história, intimidade. É diferente de algo circunstancial.