É comum que grandes artistas lancem coletâneas, ou discos ao vivo, ou álbuns com sobras de estúdio. No caso dos Beatles, logo após o lançamento de Sargent Pepper's, entraram em um período confuso. Não existiam mais as pressões de lançar dois álbuns por ano e eles tinham abandonado as apresentações ao vivo. Seu empresário morrera. O grande Brian Epstein morreu. Paul passou a assumir uma certa liderança do grupo, mas as decisões geravam brigas ou apatia. Com freqüência, as músicas passam a ser de um único Beatle, com os demais ausentes ou trabalhando apenas como banda de apoio.
Magical Mystery Tour foi o primeiro projeto depois da morte de Brian. Um filme de 1 hora feito para a TV. A crítica, após a exibição na Inglaterra foi terrível e não chegou sequer, a ser exibido nos EUA. Para o filme, os Beatles compuseram seis novas músicas. Não davam um álbum. A solução foi criar um formato único de duplo EP (um disco de vinil de sete polegadas, tocado a 45 rpm, com uma a duas músicas de cada lado). O formato EP não era comum fora da Inglaterra, mas já existia uma infame tradição nos EUA de lançar as músicas dos Beatles em coleções diferentes dos álbuns ingleses (aproveitando o fato de que logo cedo os Beatles pararam de incluir nos álbuns ingleses as músicas lançadas em singles). Desta forma Magical Mystery Tour foi lançado nos EUA (e em outros países, como o Brasil) na forma de um LP contendo no lado A, as seis músicas do filme. E no lado B, cinco músicas lançadas anteriormente em compactos. Este formato foi o que prevaleceu, e assim “Magical Mystery Tour” é considerado como o nono álbum dos Beatles.
Magical Mystery Tour foi o primeiro projeto depois da morte de Brian. Um filme de 1 hora feito para a TV. A crítica, após a exibição na Inglaterra foi terrível e não chegou sequer, a ser exibido nos EUA. Para o filme, os Beatles compuseram seis novas músicas. Não davam um álbum. A solução foi criar um formato único de duplo EP (um disco de vinil de sete polegadas, tocado a 45 rpm, com uma a duas músicas de cada lado). O formato EP não era comum fora da Inglaterra, mas já existia uma infame tradição nos EUA de lançar as músicas dos Beatles em coleções diferentes dos álbuns ingleses (aproveitando o fato de que logo cedo os Beatles pararam de incluir nos álbuns ingleses as músicas lançadas em singles). Desta forma Magical Mystery Tour foi lançado nos EUA (e em outros países, como o Brasil) na forma de um LP contendo no lado A, as seis músicas do filme. E no lado B, cinco músicas lançadas anteriormente em compactos. Este formato foi o que prevaleceu, e assim “Magical Mystery Tour” é considerado como o nono álbum dos Beatles.
A HISTÓRIA POR TRÁS DE TODAS AS CANÇÕES
Ao voltar para casa em 11 de abril de 1967 depois de visitar Jane Asher em Denver por ocasião do 21º aniversário dela. Paul começou a trabalhar em uma idéia para um especial de televisão dos Beatles. O grupo sentia que havia superado o formato “brincalhão” que tinha feito deles um enorme sucesso no cinema, e Paul estava interessado em fazer filmes por conta própria com uma câmera 8mm e compor trilhas eletrônicas. Encorajado pelo clima experimental da época, ele começou a imaginar um filme sem roteiro em que os personagens e as locações fossem escolhidos com antecedência, mas a história fosse improvisada diante da câmera. O plano de Paul era colocar os Beatles junto com uma coleção diversificada de atores e personagens peculiares em uma estranha viagem de ônibus pelo interior da Inglaterra.
Como Hunter Davies escreveu no Sunday Times um dia antes de Magical Mystery Tour ser exibido na televisão: “[Eles decidiram que o filme] seria mágico, para que pudessem realizar qualquer idéia que tivessem, e Mistioso, de modo que nem a banda nem o resto dos passageiros soubessem qual seria a próxima parada... ‘ A coisa toda será um mistério para todos’, Paul disse aos outros Beatles, ‘inclusive para nós’ “.
Houve duas inspirações principais por trás de Magical Mystery Tour. A primeira era o hábito da classe trabalhadora inglesa, a “mystery tour”, uma viagem de ônibus de um dia em que apenas o motorista conhecia o destino. A segunda era a idéia do escritor americano Ken Kesey de dirigir pelos EUA um ônibus com uma pintura psicodélica
. A placa na frente do ônibus de Kesey dizia “Furthur” (sic) e a de trás, “Caution Weird Load” . O ônibus estava cheio de “malucos” da contracultura que Kesey alimentava com música alta e quantidades impressionantes de drogas só para ver o que ia acontecer. O motorista era Neal Cassady, modelo para Dean Moriarty em On The Road, de Jack Kerouac, Tom Wolfe acabou contando a história dessas aventuras em The Electric Kool-Aid Acid Test.
Os Beatles conheciam as atividades de Kesey e , mais tarde, quando o selo Apple foi fundado, ele visitou o escritório em Savile Row para gravar um álbum falado. Em 25 de abril, Paul chegou aos estúdios da Abbey Road apenas com o titulo da canção, o primeiro verso e uma idéia geral da melodia. Ele disse que queria que sua nova música fosse como um comercial para o programa de televisão, que informasse aos espectadores o que os aguaradava. Mal Evans foi enviado para encontrar alguns pôsteres de mystery tours reais de onde eles pudessem extrair expressões, mas depois de visitar estações de ônibus voltou de mãos vazias. Quando os acompanhamentos foram gravados, Paul pediu que todos gritassem palavras relacionadas às mysterys tours, que Mal anotou. Surgiram “convite”, “reserva”, “viagem de uma vida” e “satisfação garantida”, mas não era suficiente, então a faixa vocal foi preenchida com palavras sem sentido até que Paul voltasse dois dias depois com a letra completa.
A letra de Paul era uma mistura de falatório comum em feiras e quermesses e referências contemporâneas às drogas. Para a maioria do público “roll up, roll up” era o convite para enrolar um baseado. A Magical Mystery Tour ia “take you away” em uma jornada. Até mesmo “dying to take you away” era uma referência consciente ao livro Tibetano dos Mortos.
A faixa foi usada na seqüência de abertura, feita com cenas com um trecho falado que declarava: “Quando um homem compra uma passagem para uma magical mystery tour, sabe o que esperar. Nós garantimos a ele a viagem de uma vida, e é isso o que ele recebe – a incrível Magical Mystery Tour”.
Fonte: THE BEATLES – A história por trás de todas as canções – Steve Turner
Ao voltar para casa em 11 de abril de 1967 depois de visitar Jane Asher em Denver por ocasião do 21º aniversário dela. Paul começou a trabalhar em uma idéia para um especial de televisão dos Beatles. O grupo sentia que havia superado o formato “brincalhão” que tinha feito deles um enorme sucesso no cinema, e Paul estava interessado em fazer filmes por conta própria com uma câmera 8mm e compor trilhas eletrônicas. Encorajado pelo clima experimental da época, ele começou a imaginar um filme sem roteiro em que os personagens e as locações fossem escolhidos com antecedência, mas a história fosse improvisada diante da câmera. O plano de Paul era colocar os Beatles junto com uma coleção diversificada de atores e personagens peculiares em uma estranha viagem de ônibus pelo interior da Inglaterra.
Como Hunter Davies escreveu no Sunday Times um dia antes de Magical Mystery Tour ser exibido na televisão: “[Eles decidiram que o filme] seria mágico, para que pudessem realizar qualquer idéia que tivessem, e Mistioso, de modo que nem a banda nem o resto dos passageiros soubessem qual seria a próxima parada... ‘ A coisa toda será um mistério para todos’, Paul disse aos outros Beatles, ‘inclusive para nós’ “.
Houve duas inspirações principais por trás de Magical Mystery Tour. A primeira era o hábito da classe trabalhadora inglesa, a “mystery tour”, uma viagem de ônibus de um dia em que apenas o motorista conhecia o destino. A segunda era a idéia do escritor americano Ken Kesey de dirigir pelos EUA um ônibus com uma pintura psicodélica
. A placa na frente do ônibus de Kesey dizia “Furthur” (sic) e a de trás, “Caution Weird Load” . O ônibus estava cheio de “malucos” da contracultura que Kesey alimentava com música alta e quantidades impressionantes de drogas só para ver o que ia acontecer. O motorista era Neal Cassady, modelo para Dean Moriarty em On The Road, de Jack Kerouac, Tom Wolfe acabou contando a história dessas aventuras em The Electric Kool-Aid Acid Test.
Os Beatles conheciam as atividades de Kesey e , mais tarde, quando o selo Apple foi fundado, ele visitou o escritório em Savile Row para gravar um álbum falado. Em 25 de abril, Paul chegou aos estúdios da Abbey Road apenas com o titulo da canção, o primeiro verso e uma idéia geral da melodia. Ele disse que queria que sua nova música fosse como um comercial para o programa de televisão, que informasse aos espectadores o que os aguaradava. Mal Evans foi enviado para encontrar alguns pôsteres de mystery tours reais de onde eles pudessem extrair expressões, mas depois de visitar estações de ônibus voltou de mãos vazias. Quando os acompanhamentos foram gravados, Paul pediu que todos gritassem palavras relacionadas às mysterys tours, que Mal anotou. Surgiram “convite”, “reserva”, “viagem de uma vida” e “satisfação garantida”, mas não era suficiente, então a faixa vocal foi preenchida com palavras sem sentido até que Paul voltasse dois dias depois com a letra completa.
A letra de Paul era uma mistura de falatório comum em feiras e quermesses e referências contemporâneas às drogas. Para a maioria do público “roll up, roll up” era o convite para enrolar um baseado. A Magical Mystery Tour ia “take you away” em uma jornada. Até mesmo “dying to take you away” era uma referência consciente ao livro Tibetano dos Mortos.
A faixa foi usada na seqüência de abertura, feita com cenas com um trecho falado que declarava: “Quando um homem compra uma passagem para uma magical mystery tour, sabe o que esperar. Nós garantimos a ele a viagem de uma vida, e é isso o que ele recebe – a incrível Magical Mystery Tour”.
Fonte: THE BEATLES – A história por trás de todas as canções – Steve Turner
4 comentários:
Convenhamos que no caso de Magical os americanos deram show.Ganhamos um senhor album.Ombreia com o Pepper.
Concordo com o JC , a versão americana do Album realmente ficou demais !!!Um dos poucos acertos na discografia feita por eles !!!
Poxa, nunca vi essa versão americana, vou procurar escutar se os dois estão dizendo que é tão boa.
Rafa de Oliveira (licença Edu)
a versão "americana" é o disco completo com as 11 faixas, já que na Inglaterra, em 1967, saiu apenas um EP com as 6 faixas do filme...
nos EUA apenas acrescentou os caompactos da época...
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