No dia 27 de outubro de 1966, foi anunciado que a famosa cantora Alma Cogan tinha morrido no Middlesex Hospital de câncer no ovário aos 34 anos. Cogan tinha sido presença constante nas paradas dos anos 1950, nas quais emplacou 18 singles, porém sua carreira foi prejudicada pela revolução da beat generation dos anos 1960. A música dela era doce, pura e otimista - tudo o que os Beatles odiavam. Entretanto, quando a conheceram em janeiro de 1964, durante um ensaio para o programa de TV Sunday Night At The London Palladium, eles se deram muito bem e se tornaram grandes amigos — especialmente Alma e John.
Embora poucas pessoas soubessem disso na época, de acordo com Sandra Caron, irmã da cantora, e com Cynthia Lennon, os dois chegaram a ter um caso. Ainda que Cogan tivesse apenas oito anos a mais que John e fosse de uma geração diferente de músicos (ela tinha começado a cantar com big bands e aos 14 anos fora recomendada por Vera Lynn para participar em um show de variedades em Brighton), ele enxergou algo de sua amada mãe, Julia, nela. Brian Epstein também gostava da cantora (assim como muitos outros gays, incluindo Noel Coward e Lionel Bart) e a levava a eventos como acompanhante. De acordo com Cynthia, quando recebeu a notícia da morte de Alma Cogan na Espanha, John ficou “inconsolável”. Numa entrevista de 1989, que não foi publicada até sua morte em 2015, Cynthia disse: “A mulher que ele tinha eleito para substituir a tia Mimi em seus afetos tinha partido. (; . .) Algo estranho aconteceu com ele. As coisas mudaram”.
Esse pequeno texto que a gente acabou de conferir, é do livro "Beatles - 1966" de Steve Turner, ainda nas livrarias, indispensável! Aqui, a gente pode ver Alma Cogan interpretando um de seus grandes sucessos - "Tennesee Waltz", apresentada por John Lennon.
Não deixe de conferir também a superpostagem A TRISTE HISTÓRIA DE ALMA COGAN publicada em 14 de fevereiro de 2015.
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