quinta-feira, 19 de maio de 2011

RETRÔ DO BAÚ - PAUL McCARTNEY - ELEANOR RIGBY

Publicada originalmente em 23 de outubro de 2008
Em 2008, Paul McCartney doou para um leilão de caridade registros antigos de um hospital em Liverpool. Não se sabe como conseguiu os documentos, mas ali estaria a prova de que Eleanor Rigby realmente existiu, acabando com um mistério de mais de 40 anos sobre uma canção homônima dos Beatles. Consta no documento uma assinatura de uma garota de 14 anos chamada "E. Rigby", que trabalhava como faxineira no City Hospital, de Parkhill. McCartney não se pronunciou, porém, se a história da música - na qual Rigby morre e ninguém vai a seu velório - é verdadeira, nem se a conhecia. Esta não é a primeira vez que Eleanor Rigby é encontrada. Em meados dos anos 80, um túmulo de uma mulher que viveu entre 1895 e 1939 foi achado na St Peter's Church, o local onde Lennon e McCartney se conhecerem. Na ocasião, Macca chegou a afirmar que a imagem do epitáfio na igreja possa ter ficado subconscientemente na sua cabeça até escrever a canção. Os Beatles começaram a trabalhar em "Eleanor Rigby" ainda na época do álbum “Help!” em 1965. No início, o nome provisório da canção era “Miss Daisy Hawkins”. Depois, Paul McCartney trocou para “Eleanor Brown”. O mundo só tomaria conhecimento de "Eleanor Rigby" no álbum Revolver de 1966. Ao descobrir em Bristol uma loja de nome Rigby, Paul McCarntney encontrou a chave exótica para a inovadora canção que imaginava. Jurando pensar ter criado um bom nome para uma música, Paul admitiu, anos mais tarde, que descobriu a existência de uma lápide tumular onde constam os nomes de Eleanor Rigby (1895-1939) e à direita, a alguns metros dali, outra de alguém chamado McKenzie (1842-1915). As duas pedras tumulares encontram-se no cemitério de Woolton, em Liverpool, onde o autor da canção perambulava por ali na adolescencia. Na entrevista da Playboy em 1980, pouco antes de morrer, John Lennon afirmou que "o primeiro verso era do Paul, mas que o restante era basicamente meu". Pete Shotton, um amigo íntimo de Lennon que estava presente na gravação, disse: "Penso que John tinha uma memória extremamente falha. Tomou os créditos, em uma de suas últimas entrevistas, por muitas das letras, mas na minha memória, em “Eleanor Rigby”, a contribuição de John foi virtualmente nula". A letra de “Eleanor Rigby” foi finalizada em Kenwood por Paul, quando ele e John, George, Ringo e mais o amigo Pete Shotton estavam reunidos em uma sala cheia de instrumentos. Cada um contribuiu com ideias para dar substância à história. Na gravação, assim como em “Yesterday”, do album “Help!”, Paul é o único Beatle. Toca no violão e canta. John, George e Ringo não cantam nem tocam. O acompanhamento foi gravado por um quarteto de cordas conduzido pelo maestro George Martin. O vocal de Paul foi “dobrado” em alguns trechos, de modo que ele fizesse tambem as segundas vozes. “Eleanor Rigby” é a terceira canção dos Beatles mais regravada em todos esses anos, atrás de “Yesterday” e “Something”. Até Caetano Veloso já tirou uma casquinha.

3 comentários:

João Carlos disse...

Tenho cá prá mim que todas as histórias batem.Tipo "deja vu". Você procura no catálogo nomes e aquele te agrada,não raro,você pode ter ouvido ou lido algo (o nome) e ele ficou retido no inconsciente.De repente ele aparece num catálogo e de alguma forma soa agradável aos seus ouvidos.

Valdir Junior disse...

Na biografia do Paul `` Many Years From Now `` mostra muito bem como ele se dedicou muito na composição dela , procurando a melhor forma de toca-la ,inclusive fez algumas demos dela num estudiozinho que divia com algumas pessoas num apartamento sublocado pelo Ringo.
E com certeza essa essa musica é totalmente McCARTNEY , o John gostava de criar polêmica e cutucar o Paul.

Leonardo Freitas disse...

Eleanir Rigby. Embora seja impossível para um beatlemaníaco eleger uma música favorita, Eleanor Rigby sempre éla música mais destacada por mim. Simplesmente sensacional, apenas verdadeiros gênios poderiam compor com tamanha perfeição