quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

OS PSEUDÔNIMOS USADOS PELOS BEATLES

Publicada originalmente em 17 de dezembro de 2013.
A primeira vez que os Beatles usaram pseudônimos foi em 1960 durante uma curta excursão pela Escócia. Paul chamou-se Paul Ramon, George se chamou Carl Harrison e Stuart Sutcliffe adotou o nome Stu DeStael. John chamou-se Johnny Silver, mas negou depois. Em outra ocasião, Paul chamou-se Bernard Webb. Os pseudônimos apareciam mais quando estavam gravando para discos de convidados. Todos adoravam poder usá-los, especialmente John que abusou deles em seu livro "In His Own Write" e no álbum "Walls And Bridges". Confira a seguir alguns dos principais pseudônimos usados pelos Beatles durante sua carreira. Juntos ou separados.
No filme “HELP!” há uma cena em que os Beatles estão disfarçados com barbas e bigodes, para escaparem da perseguição das fãs e dos fanáticos num aeroporto. Todos se divertiram muito com a experiência que os fez perceber o poder da maquiagem. Paul, particularmente, pediu à equipe de maquiagem para lhe confeccionar um bigode postiço. Depois das excursões em 1966, ele resolveu fazer uma experiência; foi sozinho à França passar duas semanas, e, ainda no aeroporto, após passar pela alfândega, colocou o bigode postiço, penteou o cabelo para trás, passou vaselina, e colocou óculos com lentes de vidro sem grau. Em Bordeaux, Paul encontrou-se com Mal Evans, que mal lhe reconheceu.
Os Beatles sempre adoraram se fazer passar por outros papéis durante sua carreira e nos anos solos. Claro que aqui não estarão todos, só os que pude colher e lembrar. Quem souber de algum que faltou, escreva, participe!
Beatcomber - Esse é um dos muitos nomes de escritor que John Lennon usou quando escrevia para jornal musical de Liverpool, “Mersey Beat” de Bill Harry. Ele gostava de “Beach Comber”, de J.B. Morton, coluna regular do Daily Express.
Mel Torment - John, em sua música “Scared” do “Walls And Bridges”.
Dr. Winston O' Boogie - Apareceu no álbum Mind Games.
Dr. Winston O' Reggae - Em Steel And Glass.
Dr. Winston, Booker Table e The Maitre D's - Lennon na música “Beef Jerky”, o lado-B de “Whatever Get's You Through The Night”.
Reverend Thumbs Ghurkin - em “Old Dirt Road”.
Reverend Fred Ghurkin - Outro alter-ego usado por Lennon nas sessões de "Walls And Bridges”. Também usou esse nome quando viajava com Yoko Ono. Reverend Fred e Ada Ghurkin. Quando viajava também usava o nome "John Green".
Captain Kundalini - Mais um pseudônimo de John Lennon, desta vez na música “What You Got”, lado B de “No. 9 Dream”. Em Dream também apareceu usando o pseudônimo de “Dr. Dream”.
John O'Cean - Outro alter-ego de John Lennon, tirado da tradução para inglês do nome de Yoko: “Ocean Child”. John usou o nome no álbum de Yoko “Feeling The Space”.
Dwarf McDougal - John usou este nome também no album "Walls And Bridges”. O nome se refere ao estilo de tocar guitarra de Bob Dylan que John usou em algumas faixas. Dwarf era o nome da companhia de música de Dylan, enquanto McDougal era o nome da rua onde ficava o apartamento de Dylan em Greenwich Village.
Bernard Webb - Paul usou esse nome para assinar a música "Woman" gravada por Peter And Gordon. Ele queria saber como a canção seria recebida sem que aparecesse o nome mágico McCartney.
Billy Martin - Paul McCartney usou esse nome para marcar ensaios no estúdio quando estava trabalhando secretamente no seu primeiro álbum solo “McCARTNEY”.
Percy "Thrills" Thrillington - Pseudônimo usado por Paul McCartney para as gravações do album “Thrillington” de 1977. O álbum é um cover instrumental do álbum Ram de 1971.
Apollo C. Vermouth - Paul McCartney usou este nome quando fez uma aparição como produtor de uma música chamada “I'm The Urban Spaceman” pela “Bonzo Dog Doo Dah Band”. Paul também usou o nome quando produzia uma música na qual Ringo tocava bateria, chamada “New Day” para o álbum de Jackie Lomax.
L'Angelo Misterioso - George Harrison. Ele e Ringo ajudaram a escrever o hit “Badge” do Cream. Nessa música, George usou o pseudônimo “L'Angelo Misterioso”. George também usou esse pseudônimo em agosto de 1969, no álbum de Jack Bruce chamado “Songs For A Tailor”, onde tocou guitarra na música “Never Tell Your Mother She's Out Of Tune”.
Son Of Harry - George, numa música chamada “If You've Got Love” do álbum “It's Like You Never Left” de Dave Mason.
Hari Georgeson - George Harrison, claro. George usou esse pseudônimo no
álbum de Ravi Shankar “Shankar Family And Friends” e no álbum do Splinter “The Place I Love” e no álbum “It's My Pleasure” de Billy Preston na música “That's Life”. No álbum do Splinter, também aparece com o nome Jai Raj Harisein. Em outro álbum de Billy Preston “I Wrote a Simple Song”, aparece como George “H”.
The George O'Hara-Smith Singers - Voz de George, sobreposta para produzir o som de várias vozes, usado em All Things Must Pass.
George O'Hara - George apareceu usando esse nome três vezes: duas em álbuns de Gary Wright, "Footprint" e That Was Only Yesterday, e uma no álbum de Nicky Hopkins, "The Thin Man Was a Dreamer".
Richie Snare - Esse foi um pseudônimo usado por Ringo Starr no álbum de Harry Nilsson, “Son Of Schmilsson”. George Harrison também estava no álbum, tocando slide guitar na música “You're Breakin' My Heart”, com o pseudônimo de George Harrysong.
R.S. - Quando Ringo participou do álbum de David Hentchel, "Startling Music", ele apareceu usando apenas as iniciais.
Richie - usado no álbum "Stills", de Stephen Stills. Também usou esse nome, assim mesmo sem o "t" no álbum "The London Howling Wolf Sessions".
Ognir Rats - simplesmente o nome de Ringo de trás para frente. Apareceu na adaptação de Mark Twain "The Prince & The Pouper".
English Richie - outro apelido que aparece no álbum de Stills.
Roy Dyke e Eddie Clayton - Ringo Starr e Eric Clapton no álbum solo de George “Wonderwall”.
The Siamese Quads - Este foi um apelido brincalhão que Ringo deu aos Beatles.
Johnny Silver, Paul Ramon, Carl Harrison, Stu DeStael e Tommy Moore Exceto por Moore, esses foram nomes usados no palco pelos Silver Beatles enquanto excursionavam pela Escócia com Johnny Gentle. George (Carl) era em homenagem à Carl Perkins. Stu Sutcliffe pegou o nome de um famoso pintor: Nicholas deStael. Paul usou o pseudônimo “Paul Ramon” aqui, e também quando tocou bateria, baixo, e backing vocals na música “My Dark Hour” da Steve Miller Band. John depois negou veemente ter usado o nome “Johnny Silver”, mas os outros ainda juram ser verdade. E por último, "Nelson Wilbury" e "Spike Wilbury", que George Harrison usou nos dois álbuns dos Traveling Wilburys, "Volume 1" e "Volume 3". É isso. Espero que tenham gostado e não esqueçam dos comentários. Valeu, obrigadão!

3 comentários:

roque22 disse...

Bem relevantes estas informações.

Edu disse...

São mesmo! Já vi muitos fãs metidos a besta terem certos discos e nem saber que tinha um Beatle nele. Valeu!

Dani disse...

Gostei da matéria, não sabia que eram tantos pseudônimos, a lista é grande.