sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

THE BEATLES - YOU KNOW MY NAME (LOOK UP THE NUMBER)

Publicada originalmente em janeiro de 2014.
"You Know My Name (Look Up the Number)" é uma canção dos Beatles composta por John Lennon, creditada à dupla Lennon/McCartney e lançada como Lado B do single Let It Be de 1970. Foi gravada em 1967, durante as sessões de Pepper, mas só foi lançada como single três anos depois.
Paul McCartney diz na biografia "Many Years From Now" de Barry Miles: "John veio uma noite com essa canção que era basicamente um mantra, 'você sabe meu nome, procure o número'. E eu nunca percebi o que ele quis dizer com aquilo, poderia ter alguma presença de Yoko, talvez. Era a ideia original de John e era toda a letra. Ele trouxe originalmente e ficamos uns 15 minutos pensando na estrutura enquanto ele ficava meio fora do ar e então nós dissemos, 'O que iremos fazer com isso então?' e ele disse, 'Vamos fazendo, igual a um mantra'. Então eu disse, "Beleza, vamos fazer isso".
Na verdade a faixa foi inspirada em um slogan que ficava em uma lista telefônica na casa de McCartney, como disse Lennon na entrevista da Playboy em 1980: "Eu estava esperando Paul em sua casa, e eu vi a lista telefônica em cima do piano com a frase 'Você sabe meu nome, procure o número'. Era igual a um slogan e eu logo mudei. Era para ser quatro tipos de som, e os acordes mudariam em instantes, mas nunca se desenvolveu, então fizemos um monte de palhaçada com ela".
A estrutura de "You Know My Name" consiste em cinco partes separadas, a primeira mais convencional traz o título da faixa cantada por John e Paul com o fundo de piano. A parte dois, foi mais tarde editada por John, que repetia um vocal de apoio estilo Ska, parte esta que, foi restaurada em 1996 para o “Anthology 2”. A parte três era a sessão da boate, com Lennon dizendo: "Boa noite e bem vindo ao Slaggers. Apresentando Dennis O’Bell".
Dennis O’Bell era um artista fictício interpretado por Paul McCartney. O nome era do produtor cinematográfico Dennis O’Dell, que trabalhou em A Hard Day's Night e com John Lennon em Como Ganhei a Guerra (How I Won The War). O'Dell mais tarde produziu o filme Magical Mystery Tour e se tornou chefe da Apple Films. A parte quatro, gravada como última parte, (já que uma parte cinco foi adicionada em 1969 para o lançamento do single), era uma parte cômica ao estilo Monty Python, com sons de relógio cuco, gaita, bongôs, piano, vozes bobinhas e outros efeitos da coleção Abbey Road. A parte final era outro piano estilo jazz, com trechos de vibrafone e vocais incompreensíveis. Traz também a participação de Brian Jones, dos Rolling Stones, que veio visitá-los na sessão e acabou fazendo um solo de saxofone. A canção ficou intocável até 30 de abril de 1969, quando Lennon e McCartney voltaram a trabalhar nela para o lançamento, com a ajuda de Mal Evans e sem a participação de George e Ringo.
Em 1988, Paul McCartney, inesperadamente disse que esta era sua canção favorita dos Beatles, no livro The Complete Beatles Recording Sessions de Mark Lewisohn: "As pessoas estão descobrindo os lados-B dos singles dos Beatles. Estão descobrindo faixas como "You Know My Name (Look Up The Number)", provavelmente minha canção favorita por ser tão insana".
Os Beatles começaram gravando 14 takes em 17 de maio de 1967, com os instrumentos principais. Em 7 de junho voltaram e adicionaram um bom número de overdubs, o que tornou uma canção de 20 minutos. A instrumentação ainda trazia flautas e tamborim. Na madrugada para o dia 8 de junho foi gravado mais alguns takes e o solo de saxofone feito por Brian Jones. Paul McCartney comenta sua participação na autobiografia “Many Years From Now”, de Barry Miles: “Ele chegou no estúdio com um grande casaco afegão. E estava constantemente tenso, inseguro e estava realmente tenso por estar numa sessão dos Beatles. Ele estava nervoso a ponto de tremer, acendendo cigarro atrás de cigarro. Eu gostava muito de Brian. Eu achei que seria uma ótima ideia traze-lo talvez com uma guitarra e fazer ele tocar alguma levada, mas para nossa surpresa ele trouxe um saxofone. Ele abriu o case e começou a aquecer tocando um pouco. Ele era um saxofonista tão ruim, que eu pensei ‘há-há, teremos apenas uma palhinha".
A faixa foi editada em 9 de junho de 1967 em versão mono. E em 30 de abril de 1969, foi feito uma reedição em estéreo, adicionando mais vocais e alguns efeitos. Alguns dos efeitos incluíam o som do assistente Mal Evans, cavando pedras com uma pá, além de vozes bizarras e palmas. Lennon reduziu o tempo da canção de 6’08 para 4’19 e a canção quase foi lançada como Lado A do novo single da Plastic Ono Band. Lennon queria essa com “What's The New Mary Jane” no lado B. Porém, mesmo após ter imprimido selos, e autorizado pela Apple Records, o restante da banda vetou o lançamento.
Três meses depois a música foi lançada como Lado B de "Let It Be". "What's the New Mary Jane" não foi oficialmente lançada até 1996 no Anthology 3 embora antes tenha aparecido em dezenas de boots. Foi a última canção inédita lançada pelos Beatles, até 1995-1996, com "Free As a Bird", "Real Love" e outras). A primeira versão em CD foi em 1988, na coletânea, "Past Masters, Volume Two". Participaram da gravação: John Lennon - vocais, guitarra, maracas, palmas; Paul McCartney: vocais, piano, baixo, palmas; George Harrison: vocais de apoio, guitarra, vibratos, palmas; Ringo Starr: vocais, bateria, bongos, palmas; Mal Evans: efeitos sonoros e Brian Jones: solo de saxofone.

3 comentários:

Dani disse...

Ao contrário de Revolution n.9, dessa música eu gostei

Joelma disse...

É. Uma insanidade dos Beatles que aí sim se tornou interessante. Pra mim a cara de Yellow Submarine.

HÉTEL STEFANHUCK disse...

Sempre pensei que essa música fizesse alusão a lucifer , sim ele mesmo rsrsrs , o senhor 666,pois a letra fala ,você sabe meu nome , olhe o número ......bem não sei se depois desse texto continuo pensando a mesma coisa ou se realmente é algo mais inocente ,como olhar a lista telefônica coisa e tal.....bem para mim é
a musica mais chata ,sem sentido e sentimento dos Beatles .....extremamente irritante rsrsrs