segunda-feira, 30 de novembro de 2009

THE BEATLES - TWO OF US

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O ESTRANHO CASO DE RORY STORM AND THE HURRICANES

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Pode-se dizer, com certeza, que Rory Storm foi a maior estrela de Rock de Liverpool entre 61 e 62.. Pode-se dizer também que foi o maior Showman que a cidade já viu. Pode-se dizer que a história já estava escrita. E estava mesmo! Rory Storm tinha quase 1,90m, era louro, e dono de uma energia impressionante!

Alan adotou o nome de Rory Storm em 1958. No mesmo ano, The Raving Texas venceria um concurso de Skiffle e tornaram-se conhecidos em Liverpool. Com a explosão do Rock na Inglaterra, o grupo abandona o Skiffle, passando a ter em seu repertório os clássicos de Chuck Berry, Little Richard entre outros. Em 1959 já eram tidos como a banda mais popular de Liverpool.
Apesar de ser o líder da banda e vocalista, durante as performances do grupo, Rory ficava fazendo várias loucuras no palco, escalando o equipamento, pendurando-se nos ventiladores e, as vezes sumia, reaparecendo entre o público. Rory era o dinâmico showman. Enquanto isso, quem segurava as pontas nos vocais era o baixista Lou Walters.

No final de 1959, Ringo Starr entra para o grupo. Seu nome verdadeiro era Richard Starkey. A lenda diz que ele teria assumido o apelido "Ringo" devido ao grande número de anéis que usava "rings", por sugestão de Rory.

Durante as apresentações, Ringo tinha a oportunidade de assumir os vocais em alguns números, entre eles: "Matchbox" e "Boys". No início dos anos 60, os Hurricanes fazem uma excursão a Hamburgo, na Alemanha. Neste período, conhecem os Beatles e os dois grupos se tornam grandes amigos.
Rory Storm & the Hurricanes eram seguramente a melhor banda de Liverpool, entre 1960/1961. No início de 1960 os Hurricanes abriram um show de Gene Vincent no Liverpool Stadium, tendo assim atingido o posto de "banda mais popular" e "banda mais promissora" da região.

Porém, esta superioridade iria acabar com o retorno dos Beatles de Hamburgo e uma longa temporada de sucesso no Cavern Club. Houve então um duelo de popularidade entre as duas bandas, incentivado pelo jornal "The Mersey Beat". Ringo deixou o Rory Storm no início de 1962 pra tocar na banda de Tony Sheridan, mas voltou ao Hurricanes no verão desse ano.

Depois de substituir Pete Best em algumas apresentações e a véspera de gravarem seu primeiro single pela EMI, Ringo aceita um convite para juntar-se aos Beatles, sem muita resistência dos Hurricanes.Era agosto de 1962 e após a saída de Ringo, vários outros bateristas passam pelos Hurricanes: Gibson Kemp, Keef Hartley, Ian Broad, Trevor Morais, e Jimmy Tushingham. Pete Best, ao ser despedido dos Beatles, depois de um período improdutivo, veio a substituir Ringo nos Hurricanes, antes de formar a Pete Best Band Rory Storm continua sua carreira em Liverpool e arredores. Com o sucesso dos Beatles em toda Inglaterra, as bandas de Liverpool passam a chamar a atenção. Em 1963 os Hurricanes assinam contrato com o selo "Oriole" e lançam o single Dr. Feelgood/I Can Tell, sem muita repercussão.

Brian Epstein conseguiu um contrato para o grupo gravar em Londres, pelo selo Parlophone. Gravam então Ubangi Stomp/ I'll Be There e America/Since You Broke My Heart. Os singles teriam vendido bem em Liverpool, mas não atingiu o sucesso esperado na Inglaterra. A banda optou por não ter um empresário e quando os grupos de Liverpool começaram a invadir Londres os Hurricanes já estavam decadentes e ficam de fora.

Lou Walters, um dos mais importantes do grupo, abandona os Hurricanes no final de 1964. Em seu lugar entra Vince Earl. A banda continuaria por mais alguns anos a se apresentar em vários clubes da Inglaterra.

Rory Storm & The Hurricanes tiveram seu fim definitivamente em 1967. Rory Storm foi disc-jóquei por dois anos, e morreu em 28/09/1972. Seu corpo foi encontrado entupido de drogas. álcool e comprimidos. Estranhamente, o corpo da sua mãe (que morava com ele) foi encontrado no quarto dela no mesmo dia, nas mesmas condições.. Especula-se que os dois se suicidaram simultaneamente. E que haveria um estranho pacto entre eles.

A seguir, você confere RORY STORM E SEUS HURRICANES mandando ver!
(Ainda com Ringo!)



domingo, 29 de novembro de 2009

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OS ÚLTIMOS DIAS DE GEORGE HARRISON

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George era o filho caçula de Harold e Louise Harrison. Tinha três irmãos: Louise, Harry e Peter. Com exceção de Louise (filha) todos estão mortos vítimas de câncer. Louise (a mãe) morreu em 1970 com 58 anos. Harold morreu em 1978 com 70 anos. Harry morreu nos anos 90 e Peter em 2007. George faleceu em 29 de novembro de 2001.

Sua última aparição diante das câmeras foi em 1997 para a promoção do disco “Chants Of Índia” de Ravi Shankar. Os primeiros sinais da doença apareceram nesta época. George desapareceu ainda mais da mídia e começou a batalha contra o mal. Para complicar ainda mais, ele e sua mulher Olívia sofreram um atentado de um intruso que invadiu sua casa em 1999. No ano seguinte, George passou por várias cirurgias tentando retirar o câncer do pulmão. Mas ele reapareceu em metástase. Em 2001, apesar dos tratamentos agressivos, logo constatou-se que era terminal. George decidiu passar seus últimos dias com a família e trabalhar em alguns projetos para posteriormente serem terminados por sua viúva e filho.

George planejou com calma e serenidade cada dia até sua morte. Longe da ribalta, discretamente, como era sua filosofia de vida, não permitindo a invasão da sua privacidade e da sua família. Apenas três pessoas sabiam onde e como George Harrison iria morrer: a mulher, Olivia, e o amigo, Gavin De Becker, que se encarregou de cuidar de tudo. Nem o filho, Dhani, sabia onde o pai iria morrer. Tudo foi combinado meticulosamente entre George Harrison e Gavin De Becker, do médico que passaria a certidão de óbito à capela onde seria cremado.

No dia 17 de Novembro, sabendo que o fim estava próximo, George mandou chamar a irmã e os amigos de sempre Paul McCartney e Ringo Starr. Para um Paul McCartney emocionado e com o rosto cheio de lágrimas disse: “ja não estarei aqui no natal”. Ringo disse que ficaria com ele até o fim e que cancelaria uma excursão marcada para o Canadá. George não permitiu dizendo-lhe que estava em paz.

Sem publicidade, no dia 17 de Novembro, George Harrison foi levado no jato particular de Gavin De Becker para Santa Monica, California, tendo depois sido transportado de ambulância descaracterizada até ao UCLA Medical Centre, em Los Angeles.No dia 20, o estado de George deteriorou-se e ele foi transferido para a casa de Gavin De Becker, em Beverly Hills, onde ficou isolado. A única visita exterior permitida foi a de Ravi Shankar.

A morte viria a ocorrer às 13h30 da quinta-feira, 29 de Novembro. Além da família, dois dos seus melhores amigos indianos, Shayam Sundara e Mukunda, entoaram cânticos Hare Krishna, enquanto o George desfalecia. O corpo de George Harrison foi cremado às 06h30 do dia 30 de Novembro. As cinzas seguiram na segunda-feira, 03 de Dezembro, para a Índia onde foram espalhadas num rio sagrado, provavelmente o Yamuna.

O álbum póstumo de George Harrison, Brainwashed, foi completado por seu filho Dhani Harrison e Jeff Lynne e lançado em 18 de novembro de 2002, e foi um sucesso consagrado pela crítica. Exatamente um ano após sua morte, Olívia Harrison, sua mulher, e Eric Clapton, seu amigo, organizaram o Concert for George, no Royal Albert Hall, em Londres. O concerto contou com a presença do filho de George, Dhani, além de grandes amigos como Ravi Shankar, Tom Petty, Jeff Lynne, Billy Preston, Jim Capaldi, Paul McCartney, Ringo Starr, Jools Holland, Albert Lee, Sam Brown, Gary Brooker, Joe Brown, Ray Cooper, integrantes do Monty Python e Tom Hanks.

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GEORGE HARRISON - CHEER DOWN

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THE BEATLES - I NEED YOU

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GEORGE E PETE HAM - BADFINGER

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ELVIS PRESLEY - SOMETHING

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AIN'T SHE SWEET - 1994

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I'LL SEE YOU IN MY DREAMS - JOE BROWN

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sábado, 28 de novembro de 2009

THE KING OF THE BLUES

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Caros amigos, nosso amigo Luiz Clementino nos apresenta hoje, a quarta parte do SUPERESPECIAL "BLUES POWER - THE ORIGINAL BLUES SESSIONS". Hoje, com um convidado mais que especial! É isso aí, Clementino!

Com a entrada dos Estados Unidos na 2ª Guerra Mundial, após o ataque japonês à base americana em Pearl Harbour no Pacífico, houve necessidade de utilização máxima do aparelho eletrônico, e consequentemente aumento maciço da produção, surgindo grande necessidade da mão-de-obra em todo o país. Os negros responderam maciçamente a esse chamado feito pelas indústrias do norte, deixando o sul, predominante agrícola, em direção a Chicago e Detroit através da Route 66.
Devido a isso, a concentração de operários em bares e nas ruas, onde se tocava música negra aumentou significativamente, e em conseqüência muito barulho e algazarra. Assim foi necessária a eletrificação do violão acústico e da harmônica para que todos os presentes ouvissem melhor, dando assim um novo impulso ao blues de pós-guerra, surgindo o RHYTHM and BLUES. Os pesquisadores e biógrafos atribuem como principal responsável e criador do RHYTHM and BLUES o notável bluesman Muddy Waters, de que falaremos em outra “blues sessions”. Essa nova juventude do blues gerou músicos de personalidade e talento, que posteriormente seriam respeitados, admirados e copiados em todo o mundo. Esses artistas formaram a base do gênero musical do rock and roll e posteriormente o rock branco. Hoje comentaremos o trabalho de um deles, o fabuloso BB KING!

Falar ou escrever sobre essa LENDA VIVA, que está na velha estrada dos blues a mais de meio século, é impossível. O que comentarmos não terá a dimensão e grandeza da obra desse homem que alegra a todos com sua arte. Por isso, falaremos de fatos que possam dar uma melhor noção da importância de sua música no contexto mundial. Vamos lá:

O escritor Rui Castro, em um dos seus livros biográficos, afirma com propriedade e razão que quando o maestro Antonio Carlos Jobim abria o piano o mundo melhorava. O mesmo acontece quando BB KING entra em cena com a famosa guitarra Lucille Gibson presa nas costas A platéia entra em êxtase e nós todos ficamos maravilhados quando dedilha a Lucille contorcendo-se e produzindo um som lindo e inigualável, com seu canto declamatório.
Seus biógrafos afirmam que embora BB KING tenha nascido em uma família pobre do Mississipi, pouco sofreu a influência dos bluesmen do delta, teve aprendizado nos corais religiosos dos negros spirituals, que participou desde tenra idade, e também pelos primeiros guitarristas elétricos. Talvez aí tenhamos uma pista da procedência de sua qualidade sonora, doce e aveludada, envolvente e diferenciada dos demais.

Para termos uma noção da importância desse artista no universo dos blues, listo agora músicos de primeira linha que melhoram seus currículos e se achararam privilegiados e satisfeitíssimos em gravar ou participar de seus shows: Van Morrison, Tracy Chapman, Eric Clapton, Mick Hucknall, Bonnie Raitt, D’Angelo, Jools Holland, Dr John, Marty Stuart, Dionne Warwick, Paul Carrack, Rolling Stones, Zucchero, Joe Cocker, Heavy D, David Gilmour , Willie Nelson, U2, Robert Gray, Stevie Wonder, Grover Washingto Jr, Vernoin Reid, John Lee Hooker, Dianne Schuur, Roy Rogers, Gary Moore, Branford Marsalis, The Crusaders, Albert Collins, Leon Russel, Joe Walsh, Bobby Bland, Billy Preston, Buddy Guy, Bruce Willis (o ator), Joe Frazie (o pugilista), Jerry Lee Lewis, Little Richard, Ray Charles e Celso Blues Boy. Vejam, isso foi tirado do meu pequeno acervo, se formos pesquisar a coisa toma proporções estrondosas, pois o cara não sai das paradas de sucesso em todo o mundo.

A elite dos músicos de jazz o tem em alto conceito, sempre é convidado para participação em festivais renomados e importantes do cenário jazzístico.
Outro fato relevante se dá com nossos amigos músicos profissionais de vários gêneros como:
Pablo Fagundes, gaitista com som personalizado e vários CDs gravados, o interpreta sempre.
Alex Queiroz, contrabaixista acústico, da Orquestra Sinfônica de Brasília o adora.
Ruy Godinho, pesquizador da MPB, radialista com excelente e instrutivo programa semanal : RODA DE CHORO, sempre o ouve.
Marcelo do Trompete, pistonista da Orquestra do Corpo de Bombeiros do DF, tem vários discos de BB KING.
Ary Pararaios, musicólogo e pesquisador deve continuar ouvindo-o lá no céu.
Roberto Correa, violeiro de fama internacional o acha interessantíssimo.
O maestro Lincoln Andrade, com programa semanal erudito na TV Câmara,ficou agradecidíssimo ao receber uma seleção de BB KING
Rosa Passos cantora e compositora de reconhecimento internacional, conhecida como a João Gilberto de saias também o adora.

No excelente filme do U2 RATTLE and HUM, antes de interpretar o rock When loves comes town, de autoria do líder da banda Bono, feito em sua homenagem, BB KING afirma categoricamente que é limitado nos acordes e que eles são muitos jovens para terem tanta sensibilidade.

Aqui no Brasil, em um de seus shows, soube que nosso excelente bluesman Celso Blues Boy estava presente e o chamou no palco, tirou a Lucille do ombro e a entregou ao músico brasileiro, que emocionado tocou aos olhos do mestre que o aplaudiu, ambos vibraram e se abraçaram. E resumindo a ópera: me lembro na ocasião, a imprensa divulgou que BB KING gostou do felling do nosso músico e o convidou para fazer carreira no Mississipi, daí não sabemos o que rolou, o fato é que projeto seguinte de Celso Blues Boy, BB KING teve participação, no bem estruturado blues MISSISSIPI
.
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http://www.mediafire.com/?y2yaemmjtez

Em 2000, BB KING e ERIC CLAPTON gravaram juntos um belo CD, RIDING WITH THE KING, com produção do próprio Clapton. A capa é uma interessante foto produzida com Eric Clapton dando uma de motorista num baita cadilac conversível, tendo como passageiro no banco de trás todo folgadão BB KING. Ah sim, as guitarras Fender e Lucille estão ao lado e eles sorriem. O som desse trabalho é indescritível, somente ouvindo para se constatar e deliciar, os duetos das guitarras são fantásticos. Clapton, no auge de sua técnica e sensibilidade, entra no universo sonoro da Lucille, em uma integração perfeita e maravilhosa, onde não há registro nos” DNAs” de ambos, de ódio ou preconceito, em decorrência dos mal tratos de antigamente, durante a escravidão dos ancestrais, mas apenas admiração e respeito mútuo entre esses dois soberbos artistas que, unidos pela música, fazem um mundo melhor.

Na sua última vinda ao nosso país, era visível o peso da idade, porém o felling, o entusiasmo, a alegria e o alto astral do showman continuam o mesmo, seu último trabalho o CD ONE KIND FAVOR , de 2008, gravado nos moldes dos anos 50, tem sonoridade dos blues puros e autênticos, também é outra preciosidade.

DOWNLOAD
http://www.easy-share.com/1907443671/

O atual e belo projeto PLAYING FOR CHANGES já apresentado aqui no Baú do Edu, onde artistas desconhecidos de vários continentes, tocam e cantam a mesma música unindo etnias e raças onde se chega a um objetivo maior, a “união de todos os povos”, é muito louvável, necessário e oportuna, porém BB KING faz esse trabalho a décadas com sua Lucille, pelos 4 cantos do mundo, unindo brancos e negros, amarelos e vermelhos através da magia, de seu som e nos levando a crer, com toda certeza, que a arte pode salvar o mundo.

Dedico esse texto ao DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA.
Luiz Clementino
E para fechar com chave de ouro, o negão aqui no Brasil com um grande abração para CELSO BLUES BOY. Sou fã incondicional e tenho todos os discos autografados! Valeu, Luiz! Obrigado, galera! Aquele abraço! Edu do Baú




THE MARMALADE - REFLECTIONS OF MY LIFE

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The changing of sunlight to moonlight
Reflections of my life
Oh how they fill my eyes
The greetings of people in trouble
Reflections of my life
Oh how they fill my eyes

All my sorrows sad tomorrows
Take me back to my own home
All my cryings feel I'm dying, dying
Take me back to my own home

I'm changing, arranging
I'm changing, I'm changing everything
Oh, everything around me
The world is a bad place
A bad place, a terrible place to live
Oh, but I don't wanna die

All my sorrows sad tomorrows
Take me back to my own home
All my cryings feel I'm dying, dying
Take me back to my own home
All my sorrows sad tomorrows
Take me back to my own home
All my cryings...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

SHOCKING BLUE - VENUS - I LOVE ROCK AND ROLL

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The Shocking Blue foi uma banda de Rock/Pop criada na Holanda pelo guitarrista Robbie Van Leeuwen em 1967 junto com o baterista Cor Van Beek, o baixista Klaassje van der Wal e o cantor Fred de Wilde. Chamavam-se apenas “SHOCKING” e gravaram um disquinho que fez um sucesso modesto em sua terrinha natal. Tempos mais tarde, seu empresário foi numa festa que estava sendo animada pela banda Bumble Bee, e lá, conheceu MARISKA VERES,que rapidamente assinou um contrato com os Shocking. Tornou-se a Lead da banda, mudaram o nome para “SHOCKING BLUE” e emplacaram pelo menos três gandes sucessos. Mas nada que se compare com “VENUS”. Um sucesso absoluto e matador! Gravada e regravada milhões de vezes pelos melhores artistas do "pop" mundial. “VENUS” explodiu no mundo inteiro e ainda hoje é capaz de causar emoções das mais variadas.

Mariska tinha a voz rouca, forte, uma maquiagem pesada e roupas que lhe davam um ar completamente hermafrodita. “VENUS” deu a banda fama e grana. Mas é difícil aguentar dois anos nas paradas. Só os grandões conseguem! E logo chegaram ao fim. Em 1971 o guitarista Robbie Leeuwen deixou a banda por achar que era o líder. Mariska continuou, mas nunca mais conseguiria algo que se comparasse com “VENUS”.

Depois do fim do Shocking Blue, Mariska tentou seguir carreira solo no Pop e Eurodance. Ela morreu em 2 de dezembro de 2006 com 59 anos de câncer, pesando mais de 100 quilos.

Para fazer o DOWNLOAD do discão, clique no link:
http://rapidshare.com/files/17142633/ShBl_20GH.rar

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

JOHN LENNON - INSTANT KARMA

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THE BEATLES - MEMBROS DA ORDEM DO IMPÉRIO BRITÂNICO

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No dia 25 de novembro de 1969, John Lennon devolveu ao Palácio de Buckingham, a comenda que recebeu anos antes junto com os outros Beatles. Em janeiro de 2009, a insígnia foi encontrada junto com a carta que ele escreveu para justificar sua posição: "Sua majestade, estou devolvendo minha MBE em protesto contra o envolvimento da Grã-Bretanha no lance Nigéria-Biafra, contra nosso apoio à guerra do Vietnã e contra a queda nas paradas de 'Cold Turkey'. Com amor, John Lennon". O próprio Lennon e seu motorista Les Anthony foram ao palácio fazer a entrega.

Nesses 40 anos, a insígnia ficou guardada num armário do Palácio de St. James, onde fica a Chancelaria Central das Ordens de Cavaleiros. Um informante do palácio disse ao jornal "The Times" que o destino da insígnia deverá ser determinado pela viúva do ex-Beatle Yoko Ono. Se ela reiterar a recusa do marido, a condecoração poderá ir para um museu.

Os Beatles receberam suas medalhas das mãos da Rainha Elizabeth no dia 16 de outubro de 1965 quando a beatlemania estava a todo vapor. Várias personalidades homenageadas antes devolveram suas comendas por acharem um insulto que fosse dada a quatro cabeludos que tocavam uma música barulhenta que levava os adolescentes à loucura. John não queria aceitar mas foi convencido por Brian. A seguir vocês conferem um vídeo sobre os Beatles e suas MBEs. Abração!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

PARABÉNS, MINHA DOCE SENHORA

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1964. Carolina, Maranhão. Uma jovem família precisa ir em algum lugar
para um festejo qualquer. Todos estão felizes com a expectativa da festa.
O pai, a mãe e o filho mais velho, um jovenzinho de talvez 4 anos. O mais novo, pequenino e problemático, apenas chorava e resmungava como se já fosse um velho. A doce mãe, foi tentar saber o que tanto incomodava o pequeno e descobriu que, dentro das botas que usava (que eram de couro bruto e ferro retorcido) haviam meias acumuladas, que por alguma negligência foram deixadas lá. A doce senhora retirou aquelas meias e o pequeno lhe agradeceu com um carinhoso beijo na testa e disse: “Ô, Mamãezinha boa!”
Minha Querida Senhora: não sei o que dizer! Apenas, obrigado. Apenas "I LOVE YOU"!
Sem a senhora e o Papai, não haveria nosso Baú de tantas emoções.
A seguir, a gente fica com os Beatles e uma canção que eu sei que a senhora sempre vai lembrar. PARABÉNS, QUERIDA! O MAIOR BEIJO DO MUNDO!


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

FOTO DO DIA - THE QUARRYMEN

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No dia 23 de novembro de 1957, The Quarrymen se apresentaram no New Clubmoor Hall em Liverpool, quando foi tirada a primeira foto de Paul e John juntos.

domingo, 22 de novembro de 2009

TOO LATE FOR GOODBYES

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Yesterday, 21 de novembro, foi aniversário do meu amigo Carlos Alberto Cabeh, o nosso "Cbehzinho Lindo!) Em sua homenagem atendendo à sua solicitação, Julian Lennon e o sucesso "TOO LATE FOR GOODBYES". Abração Cabeh!


sábado, 21 de novembro de 2009

PAUL McCARTNEY - TODA NOITE...

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RINGO STARR - RARE TRACKS

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01 - Octopus's Garden (Alternate Mix)
02 - Stormy Weather
03 - The Wishing Book
04 - Fiddle About
05 - Tommy's Holiday Camp
06 - Just A Dream
07 - One Way Love Affair
08 - She's So In Love
09 - Nonsense
10 - When You Wish Upon A Star
11 - I Call Your Name
12 - Don't Be Cruel
13 - Everyone Wins
14 - You Never Know
15 - Lay Down Your Arms
16 - Drift Away (With Steven Tyler)
17 - Mr. Doubleitup
18 - Sometimes
19 - Good News
20 - Everyday
21 - Blink
22 - Ok Ray
23 - I'm Home

DOWNLOAD:

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

MARTIN LUTHER KING - I HAVE A DREAM

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"Eu digo a vocês meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã, eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano. Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes dos donos de escravos poderão se sentar juntos à mesa da fraternidade. Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado do Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça. Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje! Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje! Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta. Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender a liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livres. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado: "Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto. Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos, De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!" E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro. E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire. Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas de Nova York. Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania. Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve do Colorado. Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia. Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee. Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi. E quando isto acontecer, quando nós permitirmos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:"Livre afinal, livre afinal". Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."

MARTIN LUTHER KING
28 de agosto de 1963

King foi assassinado em Memphis no dia 4 de abril de 1968.

PAUL McCARTNEY & STEVIE WONDER - 1982

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O ébano e o marfim
Vivem juntos em perfeita harmonia,
Lado a lado no teclado do meu piano.
Oh, Senhor, por quê nós não?
Nós todos sabemos que as pessoas são iguais
onde quer que você vá,
Existe o bem e o mal em todos.
Nós aprendemos a viver, aprendemos a dar um ao outro
O que precisamos para sobreviver,
Juntos, vivos.

RICHIE HAVENS CANTA BEATLES E DYLAN

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Richie Havens nasceu no dia 21 de janeiro de 1941 no Brooklyn, em Nova Iorque. Começou a ficar famoso com o surgimento do movimento folk de Greenwich Village (que também catapultou as carreiras de Joan Baez e Bob Dylan). Em 1969, Havens abriu o Festival de Woodstock; ele foi aclamado pela multidão e foi tocando até ficar sem músicas, decidindo improvisar uma versão de "Motherless Child", a qual ele acrescentou um verso com a palavra "freedom" repetida várias vezes. Esta versão transformaria-se em um sucesso internacional com o lançamento do filme Woodstock em 1970.Neste álbum, Havens reinterpreta, com sua inconfundível voz, alguns dos grandes clássicos de dois dos maoires ícones da música mundial de todos os tempos. Esse disco é absolutamente fantástico e o destaque fica para as versões de
ROCKY RACCOON e STARWBERRY FIELDS FOREVER. Para fazer o DOWNLOAD deste clássico, clique no link:
http://rapidshare.com/files/309736619/RH_Sings_Beatles_And_Dylan.rar.html

Richie Havens - Strawberry Fields Forever Woodstock 69


JOHN LENNON RIDES AGAIN!

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Caro Edu: é emocionante ouvir o John Lennon chorando, berrando e implorando por amor em "Be My Baby" e "Just Because" do disco ROOTS. É impressionante ouvir essa canções de forma tão crua antes de qualquer edição. Gostaria de saber se você poderia colocar novamente o link para download. É possível? Obrigado e parabéns pelo blog. Ana Lima.

Concordo com você, Ana. É emocionante mesmo. Aí vai o link novamente. Abração!

http://rapidshare.com/files/300450906/John_Lennon_Roots_obaudoedu.blogspot.com.rar.html

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

OCTOPUS' GARDEN

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Enviado pela minha amiga LUCY DIAMOND. Abração!

THE BEATLES - ALL YOU NEED IS LOVE

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Em 1967, a equipe do canal londrino BBC convidou os Beatles a participarem do primeiro evento transmitido mundialmente via-satélite, ao vivo simultaneamente para 26 países. Esse trabalho envolveu redes de TV das Américas, Europa, Escandinávia, África, Austrália e Japão.
Foi então solicitado que o grupo escrevesse uma música cuja mensagem pudesse ser entendida por todos os povos do planeta. John Lennon e Paul McCartney começaram a trabalhar separadamente em diferentes letras, até que Lennon acabou escrevendo esse clássico que se encaixou perfeitamente ao objetivo proposto, pois a mensagem de amor contida na canção poderia ser facilmente interpretada ao redor do mundo.
A transmissão mundial dessa apresentação foi ao ar em 25 de junho de 1967. Rapidamente ALL YOU NEED IS LOVE explodiu em todas as paradas do planeta.



Não há nada que você possa fazer que não possa ser feito
Não há nada que você possa cantar que não possa ser cantado
Nada que você possa dizer, mas você pode aprender a jogar o jogo
É fácil
Nada que você possa fazer que não possa ser feito
Ninguém que você possa salvar que não possa ser salvo
Nada que você possa fazer, mas você pode aprender a ser você mesmo a tempo
É fácil
Tudo Que Você Precisa é Amor
Amor é tudo Que Você Precisa
Nada que você possa conhecer que não seja conhecido
Nada que você possa ver que não esteja à mostra
Nenhum lugar onde possa estar que não seja aonde você quer estar
É fácil
Tudo Que Você Precisa é Amor
Amor é tudo Que Você Precisa

Especialmente para meu amigo Frederico Queiroz

terça-feira, 17 de novembro de 2009

PAUL McCARTNEY - I SAW HER STANDING THERE

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No dia 14 de dezembro de 1999, 300 pessoas se amontoaram no Cavern Club de Liverpool para assistir Paul McCartney se apresentar no legendário palco que ele pisara pela última vez com os Beatles. Junto com Paul, uma banda de fazer inveja: o guitarrista do Pink Floyd, David Gilmour, o baterista do Deep Purple, Ian Paice, o lendário Mick Green e Pete Wingfield.

HEY JUDE EVERYBODY!

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Uma empresa de telefonia móvel inglesa promoveu essa mobilização na Trafalgar Square, em Londres, reunindo mais de 13 mil pessoas. A empresa simplesmente mandou um convite pelo celular: "esteja na Trafalgar Square tal dia, tal horário". E nada mais foi dito. Os que foram acharam que iam dançar, como tem acontecido em outras mobilizações desse tipo.
Mas, na hora, distribuiram microfones, muitos, muitos, muitos mesmo, e fizeram um karaokê gigante, de surpresa!!! E todo mundo que estava na praça, quem estava passando,
quem nem sabia do convite, cantou junto.
É de arrepiar. Você vai se emocionar. Mesmo que não seja Beatlemaníaco.

Enviado por Antonio Estevam. Mr. Dinamite. Valeu. Abração!

FOTO DO DIA - GEORGE HARRISON

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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

WELCOME BACK MISS L!

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Caros amigos: nossa querida amiga Lara Selem esteve fazendo uma turnê pelo oriente e nos conta, de forma emocionante e envolvente suas impressões sobre a velha índia. Obrigado, Lara! É um grande prazer ter você aqui de volta. Abração!

Hoje é o meu último dia na Índia. Ainda estou em Varanasi, a cidade sagrada dos hindus. Depois de 7 dias nesse país, saio daqui com todos os meus sentidos alterados. Eles nunca mais serão os mesmos, tenho certeza.
O olfato aprendeu a sentir ao mesmo tempo o cheiro dos indianos, do incenso, do sândalo, do estrume das vacas sagradas, dos corpos queimando no Ganges, das essências, das especiarias, presentes em todas as ruas pelas quais caminhei.
A audição, que normalmente prefere o silêncio ao barulho, foi invadida pelas buzinas ensurdecedoras dos tuc-tucs, rikishas e carros desgovernados, pela suavidade repetitiva dos mantras, pelo hindi ininteligível, pelos clamores dos mendigos, pelos vendedores de tranqueira, pela cítara (que George tanto gostava).
O paladar aprendeu um pouco a tolerar comidas apimentadas, se viciou na masala (pra misturar no chá), e nunca bebeu tanta água (mineral).
O tato experimentou a textura da serpente que se enrolou no meu pescoço e a língua dela no meu braço, a tromba peludinha do elefante baby, as encrustrações no mármore do Taj Mahal, as inscrições do alcorão nas paredes de sandstone dos fortes dos marajas, a água do Ganges, a aspereza das mãos dos indianos trabalhadores.
E a minha visão foi afetada pela sujeira e pobreza das ruas da velha Delhi, que me fizeram chorar um dia inteiro. Se assustou com o trânsito maluco de tuc-tucs, rikishas, vacas, pessoas, que fazem suas próprias regras e são verdadeiros loucos nas ruas. Mas também se encantou com as cores dos saris das mulheres nas ruas e no campo, com as paredes da cidade rosa (Jaipur), com a exuberância arrebatadora do Taj Mahal (Agra), com o olhar dos peregrinos de Varanasi.
Mas o principal sentido afetado pela força da Índia, foi o sexto, da intuição. Porque intuição é um misto de conhecimento e sensibilidade.
Percebi o tamanho da minha ignorância sobre tudo que vi por aqui. Aprendi que, segundo o hinduismo, uma vida plena só existe se houver prosperidade e sabedoria juntas, pois isoladas não promovem evolução e fazem do homem um idiota. E que pro budismo, todas as vidas tem problemas e que é possível sim passar por eles com o semblante sereno de quem domina as emoções com a meditação. No Ganges, vi vida e morte sendo celebradas ao mesmo tempo, como faces da mesma moeda, fazendo da dualidade a beleza de tudo que somos: luz e escuridão, dia e noite, pobreza e riqueza, saúde e doença, o forte e o fraco.
Aprendi que respeitar as crenças e as realidades, sem julgar, sem impor a "minha" verdade não é fácil, mas é a única maneira de se alinhar com a força da Índia. Vi tudo acontecendo ao mesmo tempo agora. Coisas que pra nós, ocidentais, parecem absurdas, caricatas, esquisitas. Deixo a Índia respeitando absolutamente tudo que vi, ouvi, senti, provei e toquei. Consciente do meu tamanho... grande pra algumas coisas, e pequeno pra muitas.
E saio daqui com um grande dever de casa: aprender mais, evoluir mais, simplificar mais. A Índia turbinou a minha sensibilidade e me permitiu jogar no Ganges as cinzas de sentimentos que eu não queria mais carregar. Deixou a minha bagagem mais leve ao me permitir escolher o que levar. Me fez refletir sobre tudo o que é mais importante na minha vida: as pessoas que amo, do
passado, do presente e do futuro. E, sobretudo, o peso das minhas decisões em relação a elas, pois lhes sou responsável no limite das minhas ações.

Namastê.
Valeu!! Abraços, Lara Selem

FOTO DO DIA - RINGO - THE GREATEST

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