domingo, 30 de setembro de 2018
THE BEATLES - EVERY LITTLE THING - SENSACIONAL!*****
Durante muito tempo, achei que "Every Little Thing", do álbum "Beatles For Sale", fosse escrita principalmente por John Lennon, afinal, a voz principal é a dele e sempre, o autor é quem cantava, oras! Me surpreendi quando descobri que foi escrita por Paul para Jane Asher e tinha muito da mesma temática de "Things We Said Today". Segundo Steve Turner, em seu livro "The Beatles - A história por trás de todas as canções", ela reflete os valores de uma era e conta a história de um rapaz de sorte, cuja namorada o ama tanto que faz tudo por ele. É mais uma canção que não cairia tão bem nos tempos de hoje porque as necessidades da garota nem ao menos são consideradas, e presume-se que ela esteja satisfeita servindo ao homem. Ironicamente, foram as atitudes expressas nessa música que Jane Asher viria a desafiar mais tarde quando disse ao noivo que precisava se dedicar mais à sua carreira de atriz. Para ela não bastava ser apenas a namorada de um dos pop stars mais desejados do mundo, ela queria deixar sua própria marca no universo das artes. A música é tida como obra só de Paul, que criou a base dessa canção em seu quarto na residência dos Asher, mas John disse que lembra de ter acrescentado alguma coisa também. Era uma tentativa de escrever um single, mas se tornou uma faixa de álbum.
"Every Little Thing", assim como "I Don’t Want To Spoil The Party” é outra das subestimadas faixas do lado B de "Beatles For Sale", o também subestimado álbum do final de 1964, gravado às pressas em meio às turnês, para ser lançado antes do Natal. Os Beatles começaram a gravar "Every Little Thing" em 29 de setembro de 1964. Gravaram quatro takes, o último dos quais foi considerado o melhor. No dia seguinte, gravaram mais cinco takes. "Every Little Thing" pode não ser uma das mais lembradas músicas dos Beatles, mas também está longe de ser das piores. O famoso e consagrado autor - Hunter Davis, em seu livro "As Letras dos Beatles - A história por trás das canções" diz que nem sequer a conhecia ou lembrava dela, não é nada generoso: "Esta faixa me surpreendeu - ao tocá-la agora, percebi que não a conhecia e não tinha lembrança de tê-la ouvido nos anos 1960. Não é de admirar, suponho, já que é muito fácil de esquecer, triste, com uma batida sem brilho e palavras pobres - cada coisinha que a garota faz é por causa dele". Ora, fico aqui pensando: como um cara que não conhecia uma das faixas de um disco de linha dos Beatles, se mete a escrever um livro sobre cada uma das músicas compostas por eles? Faz favor!
sábado, 29 de setembro de 2018
quinta-feira, 27 de setembro de 2018
JOHN LENNON NA ALMERIA - 1966 - IMPERDÍVEL!!!
Em outubro de 1966, quando estava na Almeria, na Espanha, durante as filmagens de “How I Won The War”, John Lennon recebeu a visita de Juan Carrión Ganán, um professor de inglês de 41 anos de Cartagena que costumava usar as letras dos Beatles em suas aulas universitárias. Desde a primeira vez que ouviu “Love Me Do” na Rádio Luxemburgo, ele passou a cuidadosamente tirar a letra de todas as canções. Entretanto, nos últimos tempos os Beatles estavam usando uma linguagem menos familiar, e os cadernos dele estavam ganhando mais lacunas, suposições e interrogações. Ao saber que John estava no país filmando, ele decidiu encontrá-lo para esclarecer as letras das canções. Ele pegou um ônibus de Cartagena para Almeria, conseguiu encontrar John na praia jogando bola com Michael Crawford e mostrou a ele seu caderno e os de seus alunos. John foi gentil e preencheu as lacunas, além de corrigir palavras que o professor tinha escutado incorretamente. Na letra de “Yellow Submarine”, John usou canetas coloridas para anotar as palavras “yellow”, “blue” e “green”. Em “Eleanor Rigby” ele escreveu versos-chave com caneta vermelha e grifou palavras como “dirt” e “darning”, que Ganán não tinha conseguido distinguir. Numa nota de rodapé marcada com asterisco, ele explicou que o “jar” [“jarro”] deixado à porta era um “pot” [“pote”]. Ele achou que era uma ótima ideia ensinar inglês com as músicas dos Beatles e autografou o caderno para Ganán com a mensagem “Boa sorte com o inglês”.
Uma versão ficcionalizada desse incidente serviria de base para o filme "Viver é fácil Com os Olhos Fechados", dirigido por David Trueba, que a gente confere novamente logo mais abaixo. Fonte: "The Beatles - 1966 - O Ano Revolucionário" de Steve Turner, ainda encontrável.
FILME - VIVER É FÁCIL COM OS OLHOS BEM FECHADOS
Postagem publicada originalmente em 30 de outubro de 2014.
Era 1966 e a ditadura de Francisco Franco ainda estava em voga na Espanha. Naquele ano, Antonio (Javier Cámara), um professor que ensina inglês aos seus alunos com músicas dos Beatles, viu pela TV que John Lennon iria à Almería, na Andaluzia, gravar um filme. Sem pensar muito, ele decide viajar até lá para conhecer o ídolo. Esse episódio, que de fato aconteceu, foi o mote para que o diretor David Trueba criasse Viver é Fácil Com os Olhos Fechados (Vivir Es Fácil con los Ojos Cerrados, Espanha, 2013), filme vencedor de seis prêmios Goya, o Oscar espanhol, entre eles o de melhor filme, diretor, ator e trilha sonora. O maior desejo de Antonio é encontrar Lennon para pedir-lhe que os LPs dos Beatles tragam encartes com as letras das músicas. Ele mesmo, ao ouvir as canções, coloca as letras no papel, mas nem sempre consegue entender tudo. Com esse propósito, pega a estrada a caminho de Almeria. O que seria apenas uma viagem para conhecer Lennon, no entanto, se torna a chance de bons encontros. Em uma parada em um posto de gasolina, Antonio conhece Belén (Natalia de Molina), uma jovem de 21 anos que diz estar a caminho da casa da mãe. Depois, o professor encontra outro caroneiro na estrada. É Juanjo (Francesc Colomer), um adolescente de 16 anos com um penteado à la moptop dos Beatles, que saiu de casa porque seu pai, um militar, quer obrigá-lo a cortar o cabelo. Juntos, eles formam um grupo divertido, que se entrosa durante as horas que passarão juntos até Almería, destino final de Antonio e apenas escala para os outros dois - Juanjo, na verdade, nem sabe bem para aonde está indo. Há um trecho engraçado da conversa do trio em que Antonio pergunta se os dois jovens gostam dos Beatles. Belén responde que sim e Juanjo diz que prefere Rolling Stones e Kinks, ao que Antonio para o carro num solavanco e o manda descer imediamente. Mas é apenas brincadeira dele. Os três continuarão juntos por um tempo em Almería. Juanjo trabalhando no bar do lugarejo onde Antonio e Belén se hospedam, ela a convite do professor. É aí que se tornarão mais íntimos e será possível conhecê-los melhor. São, no fundo, três sonhadores. Para alguns críticos espanhóis, o roteiro exagerou no tom de ternura com que retrata uma história ocorrida durante o franquismo. Para outros, Trueba acertou ao focar em pessoas comuns que buscam seus sonhos em meio a um tempo difícil, já que as mudanças não aconteceriam sem os anônimos. O filme é realmente leve e às vezes soa ingênuo demais, mas é uma história boa de se ver, embalada por um clima de esperança juvenil. Os três atores também estão muito bem no longa. Natalia de Molina ganhou o Goya de atriz revelação por essa atuação. Francesc Colomer não fica atrás. Javier Cámara (Os Amantes Passageiros), de Pedro Almodóvar, está excelente, como de costume. As imagens, as cores e a produção bem feitas criaram uma atmosfera real dos anos 1960. Lennon, quando esteve em Alméria em 1966, filmou a comédia Como Eu Ganhei a Guerra. A estadia o teria inspirado a compor Strawberry Fields Forever, música que diz "Living is easy with eyes closed", ou seja, Viver É Fácil com os Olhos Fechados, ótimo título para um longa que fala de sonhos em tempos difíceis.
Era 1966 e a ditadura de Francisco Franco ainda estava em voga na Espanha. Naquele ano, Antonio (Javier Cámara), um professor que ensina inglês aos seus alunos com músicas dos Beatles, viu pela TV que John Lennon iria à Almería, na Andaluzia, gravar um filme. Sem pensar muito, ele decide viajar até lá para conhecer o ídolo. Esse episódio, que de fato aconteceu, foi o mote para que o diretor David Trueba criasse Viver é Fácil Com os Olhos Fechados (Vivir Es Fácil con los Ojos Cerrados, Espanha, 2013), filme vencedor de seis prêmios Goya, o Oscar espanhol, entre eles o de melhor filme, diretor, ator e trilha sonora. O maior desejo de Antonio é encontrar Lennon para pedir-lhe que os LPs dos Beatles tragam encartes com as letras das músicas. Ele mesmo, ao ouvir as canções, coloca as letras no papel, mas nem sempre consegue entender tudo. Com esse propósito, pega a estrada a caminho de Almeria. O que seria apenas uma viagem para conhecer Lennon, no entanto, se torna a chance de bons encontros. Em uma parada em um posto de gasolina, Antonio conhece Belén (Natalia de Molina), uma jovem de 21 anos que diz estar a caminho da casa da mãe. Depois, o professor encontra outro caroneiro na estrada. É Juanjo (Francesc Colomer), um adolescente de 16 anos com um penteado à la moptop dos Beatles, que saiu de casa porque seu pai, um militar, quer obrigá-lo a cortar o cabelo. Juntos, eles formam um grupo divertido, que se entrosa durante as horas que passarão juntos até Almería, destino final de Antonio e apenas escala para os outros dois - Juanjo, na verdade, nem sabe bem para aonde está indo. Há um trecho engraçado da conversa do trio em que Antonio pergunta se os dois jovens gostam dos Beatles. Belén responde que sim e Juanjo diz que prefere Rolling Stones e Kinks, ao que Antonio para o carro num solavanco e o manda descer imediamente. Mas é apenas brincadeira dele. Os três continuarão juntos por um tempo em Almería. Juanjo trabalhando no bar do lugarejo onde Antonio e Belén se hospedam, ela a convite do professor. É aí que se tornarão mais íntimos e será possível conhecê-los melhor. São, no fundo, três sonhadores. Para alguns críticos espanhóis, o roteiro exagerou no tom de ternura com que retrata uma história ocorrida durante o franquismo. Para outros, Trueba acertou ao focar em pessoas comuns que buscam seus sonhos em meio a um tempo difícil, já que as mudanças não aconteceriam sem os anônimos. O filme é realmente leve e às vezes soa ingênuo demais, mas é uma história boa de se ver, embalada por um clima de esperança juvenil. Os três atores também estão muito bem no longa. Natalia de Molina ganhou o Goya de atriz revelação por essa atuação. Francesc Colomer não fica atrás. Javier Cámara (Os Amantes Passageiros), de Pedro Almodóvar, está excelente, como de costume. As imagens, as cores e a produção bem feitas criaram uma atmosfera real dos anos 1960. Lennon, quando esteve em Alméria em 1966, filmou a comédia Como Eu Ganhei a Guerra. A estadia o teria inspirado a compor Strawberry Fields Forever, música que diz "Living is easy with eyes closed", ou seja, Viver É Fácil com os Olhos Fechados, ótimo título para um longa que fala de sonhos em tempos difíceis.
JIMMY MCCULLOCH & WHITE LINE: CALL MY NAME - SENSACIONAL!
Durante o tempo que estava no Wings, McCulloch formou paralelamente a banda White Line com seu irmão Jack na bateria e Dave Clarke no baixo, teclados e vocais. Fizeram vários shows improvisados e lançaram um single, "Call My Name" / "Too Many Miles". Jimmy McCulloch & White Line apareceram no programa de TV britânico Supersonic em 27 de novembro de 1976. Aqui no Baú do Edu, a gente confere pela primeira vez, um vídeo bem bacana de Jimmy McCulloch & White Line - Call My Name. I hope you like it!
Infelizmente, há 39 anos, no dia 27 de setembro de 1979, Jimmy McCulloch – o menino-prodígio, foi encontrado morto por seu irmão no apartamento em que morava em Maida Vale, Londres. Uma autópsia descobriu que McCulloch morreu de insuficiência cardíaca devido à intoxicação por morfina e álcool. Ele tinha 26 anos. Confira: JIMMY McCULLOCH - 1953 / 1979.
RINGO - A BIOGRAFIA - PARTE 2 - GIVE MORE LOVE
Publicado no site folha.uol.com.br/ilustrada - Por Thales de Menezes
Mais ambiciosa biografia do baterista dos Beatles expõe como nunca estopim da separação da banda
Biografias de John Lennon e Paul McCartnev brotam nas livrarias a cada temporada. Relatos da vida de George Harrison também aparecem em intervalos cíclicos. Mas não é todo dia que Ringo Starr, 78, baterista dos Beatles, ganha um volume sobre sua vida. Entre poucos títulos, sai agora no Brasil o mais ambicioso já produzido para ele. “Ringo" foi escrito pelo jornalista americano Michael Seth Starr. “É o que eu gosto de chamar de uma feliz coincidência. Não somos parentes. Starr é o sobrenome da minha família. Ele nasceu Richard Starkey”, explica o autor. Seu livro, lançado nos Estados Unidos em 2015, causou comoção entre os fãs. Nele há um relato consistente do caso entre George Harrison e Maureen Cox, primeira mulher de Ringo e mãe de seus três filhos. A descrição do jantar no qual George admitiu a relação a Ringo, em 1973, é impactante. E provocou surpresa, e certa indignação, a percepção de que Paul MeCartney tratava com desprezo as habilidades musicais de Ringo. É notório que o produtor do grupo, George Martin, nunca valorizou o trabalho de Ringo na bateria, mas nenhum biógrafo levantou essa objeção de Paul como o livro expõe. “Martin nunca foi grande fã dele como baterista, mas, ao fazer minha pesquisa, senti que MeCartney tinha uma atitude condescendente em relação a Ringo. Às vezes, ele o tratava quase como um músico contratado, não um parceiro.” O debate sobre as possíveis limitações de Ringo atravessa toda a narrativa do livro. Hoje ele tem fãs de seu estilo com as baquetas, mas ainda carrega uma legião de críticos impiedosos. O biógrafo acredita que o mais famoso baterista do mundo merece mais respeito. “É verdade que ele não era um compositor como os outros três Beatles, mas sua contribuição como músico e como personalidade foi igualmente valiosa.” O livro traz um capítulo final em que o Ringo baterista é analisado, e muito elogiado, por grandes nomes do instrumento no rock, como Phil Collins, John Densmore (The Doors) e Max Weinberg (baterista de Bruce Springsteen). Quanto ao caso extraconjugal de Maureen, o autor não acha que tenha tido tanto impacto na relação com Ceorge. “Foi um choque para Ringo saber que um de seus ‘irmãos’ tinha um caso com sua mulher, mas ele e George passaram por isso, tinham uma amizade muito forte.” Em 1973, os casamentos de Ringo e Ceorge (com Pattie Boyd) andavam péssimos, com infidelidades de todos os lados. O caso foi o estopim para a separação de George. Ringo terminou sua relação com Maureen, mas eles continuaram amigos. Estava ao lado da ex-mulher quando ela morreu em 1994, com câncer. O autor Starr não conseguiu encontrar o músico Starr, nada disposto a incentivar investidas sobre sua vida. Então fez dezenas de entrevistas para relatar sua juventude em Liverpool como um garoto de saúde frágil numa família que, abandonada pelo pai, teve dificuldades financeiras. Ringo é classificado como “o Beatle engraçado”, ou “o pacificador”. Uma espécie de cola que uniu o quarteto em crises, por ser muito amigo dos très donos de grandes egos que o cercavam. Mas o biógrafo ressalta que Ringo foi o primeiro a esboçar uma saída do grupo, se afastando durante parte das gravações do “White Album”, em 1968. “Ele saiu do estúdio, sentindo-se subvalorizado e ignorado, e passou algumas semanas no iate de seu amigo Peter Sellers, na Sardenha”, diz. “Quando ele retornou, Ceorge deixou o grupo por um tempo. Como sabemos agora, aquela fase foi o começo do fim dos Beatles.” O livro também explora o período pós-Beatles. O sucesso de Ringo, bom vendedor de discos nos anos 1970, o empurrou para álcool e drogas. Ele e a segunda mulher, a atriz e “Bond girl" Barbara Baeh, conseguiram se reabilitar e estão juntos até hoje. O lado agregador de Ringo, tão importante na dinâmica interna dos Beatles, permanece. Desde 1989 ele excursiona com sua All-Starr Band, na qual recruta veteranos do rock, sempre mudando a formação. Neste ano, tem ex-integrantes de Toto, Journey, Men at Work, Santana e Kansas. “Ringo era naturalmente sociável na juventude, então acho que teria muitos amigos em qualquer atividade que seguisse. Mas o mundo do rock ofereceu a ele um senso de fraternidade e camaradagem que ele não teve em casa, como filho único”, define o autor.
Agora, a gente confere aqui, pela primeira vez no Baú, o sensacional vídeo de Ringo do seu mais recente álbum "Give More Love", lançado em em 15 de setembro de 2017.
Biografias de John Lennon e Paul McCartnev brotam nas livrarias a cada temporada. Relatos da vida de George Harrison também aparecem em intervalos cíclicos. Mas não é todo dia que Ringo Starr, 78, baterista dos Beatles, ganha um volume sobre sua vida. Entre poucos títulos, sai agora no Brasil o mais ambicioso já produzido para ele. “Ringo" foi escrito pelo jornalista americano Michael Seth Starr. “É o que eu gosto de chamar de uma feliz coincidência. Não somos parentes. Starr é o sobrenome da minha família. Ele nasceu Richard Starkey”, explica o autor. Seu livro, lançado nos Estados Unidos em 2015, causou comoção entre os fãs. Nele há um relato consistente do caso entre George Harrison e Maureen Cox, primeira mulher de Ringo e mãe de seus três filhos. A descrição do jantar no qual George admitiu a relação a Ringo, em 1973, é impactante. E provocou surpresa, e certa indignação, a percepção de que Paul MeCartney tratava com desprezo as habilidades musicais de Ringo. É notório que o produtor do grupo, George Martin, nunca valorizou o trabalho de Ringo na bateria, mas nenhum biógrafo levantou essa objeção de Paul como o livro expõe. “Martin nunca foi grande fã dele como baterista, mas, ao fazer minha pesquisa, senti que MeCartney tinha uma atitude condescendente em relação a Ringo. Às vezes, ele o tratava quase como um músico contratado, não um parceiro.” O debate sobre as possíveis limitações de Ringo atravessa toda a narrativa do livro. Hoje ele tem fãs de seu estilo com as baquetas, mas ainda carrega uma legião de críticos impiedosos. O biógrafo acredita que o mais famoso baterista do mundo merece mais respeito. “É verdade que ele não era um compositor como os outros três Beatles, mas sua contribuição como músico e como personalidade foi igualmente valiosa.” O livro traz um capítulo final em que o Ringo baterista é analisado, e muito elogiado, por grandes nomes do instrumento no rock, como Phil Collins, John Densmore (The Doors) e Max Weinberg (baterista de Bruce Springsteen). Quanto ao caso extraconjugal de Maureen, o autor não acha que tenha tido tanto impacto na relação com Ceorge. “Foi um choque para Ringo saber que um de seus ‘irmãos’ tinha um caso com sua mulher, mas ele e George passaram por isso, tinham uma amizade muito forte.” Em 1973, os casamentos de Ringo e Ceorge (com Pattie Boyd) andavam péssimos, com infidelidades de todos os lados. O caso foi o estopim para a separação de George. Ringo terminou sua relação com Maureen, mas eles continuaram amigos. Estava ao lado da ex-mulher quando ela morreu em 1994, com câncer. O autor Starr não conseguiu encontrar o músico Starr, nada disposto a incentivar investidas sobre sua vida. Então fez dezenas de entrevistas para relatar sua juventude em Liverpool como um garoto de saúde frágil numa família que, abandonada pelo pai, teve dificuldades financeiras. Ringo é classificado como “o Beatle engraçado”, ou “o pacificador”. Uma espécie de cola que uniu o quarteto em crises, por ser muito amigo dos très donos de grandes egos que o cercavam. Mas o biógrafo ressalta que Ringo foi o primeiro a esboçar uma saída do grupo, se afastando durante parte das gravações do “White Album”, em 1968. “Ele saiu do estúdio, sentindo-se subvalorizado e ignorado, e passou algumas semanas no iate de seu amigo Peter Sellers, na Sardenha”, diz. “Quando ele retornou, Ceorge deixou o grupo por um tempo. Como sabemos agora, aquela fase foi o começo do fim dos Beatles.” O livro também explora o período pós-Beatles. O sucesso de Ringo, bom vendedor de discos nos anos 1970, o empurrou para álcool e drogas. Ele e a segunda mulher, a atriz e “Bond girl" Barbara Baeh, conseguiram se reabilitar e estão juntos até hoje. O lado agregador de Ringo, tão importante na dinâmica interna dos Beatles, permanece. Desde 1989 ele excursiona com sua All-Starr Band, na qual recruta veteranos do rock, sempre mudando a formação. Neste ano, tem ex-integrantes de Toto, Journey, Men at Work, Santana e Kansas. “Ringo era naturalmente sociável na juventude, então acho que teria muitos amigos em qualquer atividade que seguisse. Mas o mundo do rock ofereceu a ele um senso de fraternidade e camaradagem que ele não teve em casa, como filho único”, define o autor.
Agora, a gente confere aqui, pela primeira vez no Baú, o sensacional vídeo de Ringo do seu mais recente álbum "Give More Love", lançado em em 15 de setembro de 2017.
segunda-feira, 24 de setembro de 2018
A PEDIDOS - WINGS - SILLY LOVE SONGS - É O SUCESSO!
"Silly Love Songs" - “Tolas canções de Amor” - é uma música de Paul McCartney gravada por ele e sua banda Wings para seu álbum de 1976 Wings at the Speed of Sound e também foi lançada como single em 1976, com "Cook of the House" do lado B. A letra foi escrita em resposta aos críticos de música após McCartney ler nos jornais algumas críticas que o acusavam de compor apenas melodias e letras bobas. O ritmo apresenta certo flerte com a batida disco. Uma versão alternativa em ritmo de reggae foi gravada também durante as sessões de “Speed Of Sound”.
O single foi lançado em 1 de abril de 1976 nos EUA e passou cinco semanas não consecutivas no número 1 na Billboard Hot 100. "Silly Love Songs" foi a música pop que mais ficou em número 1 nos gráficos da Billboard de 1976. O single recebeu o disco de ouro da Recording Industry Association of America pelas vendas de mais de um milhão de cópias. A Billboard listou "Silly Love Songs" como o maior hit Hot 100 de Paul McCartney. O single britânico foi lançado em 30 de abril de 1976 e alcançou o número 2 no UK Singles Chart. "Silly Love Songs" já apareceu em várias compilações de grandes sucessos de McCartney, incluindo Wings Greatest e All the Best!. Também apareceu na compilação Wingspan: Hits e History. Em 1976, o Wings gravou "Silly Love Songs" ao vivo para seu álbum triplo Wings Over America. Em 1984, Paul McCartney regravou "Silly Love Songs" como parte da trilha sonora para o filme duramente criticado Give My Regards To Broad Street.
sábado, 22 de setembro de 2018
JOHN LENNON - HOW DO YOU SLEEP - SENSACIONAL!*****
Os ex-Beatles John Lennon e George Harrison podem ser vistos juntos, em estúdio, gravando a faixa "How do You Sleep?", em um vídeo inédito lançado nesta sexta-feira (21) para promover ''Imagine - The Ultimate Collection", edição especial do álbum solo de Lennon lançado em setembro de 1971. "How do You Sleep?" é uma faixa polêmica da carreira de Lennon, já que sua letra cheia de comentários venenosos se dirige ao ex-companheiro de banda, Paul McCartney. Lennon diz que gravou a canção como resposta a comentários similares feitos pelo ex-amigo em seu próprio disco solo.
O novo box especial dedicado de "Imagine'' traz seis discos (4 CDs e 2 Blu-rays) e um total de 140 faixas remasterizadas, incluindo gravações inéditas de estúdio, erros de gravações e um audio-documentário que explora a criação de cada canção. O lançamento de "Imagine - The Ultimate Collection’' acontece pela Universal Music em 5 de outubro.
Não deixe de conferir de jeito nenhum a superpostagem "JOHN LENNON - HOW DO SLEEP - COMO VOCÊ DORME, PAUL?" - publicada em 24 de janeiro de 2016.
BOB DYLAN - LAY LADY LAY*****
"Lay Lady Lay" é uma música de Bob Dylan, lançada em 1969. A canção seria tema do filme "Midnight Cowboy", de John Schlesinger, mas não foi finalizada a tempo e acabou substituída por "Everybody´s talkin" de Fred Neil. Foi lançada tanto como single (em julho de 1969) quanto no álbum de estúdio "Nashville Skyline" (em abril do mesmo ano). Como outras faixas desse álbum, "Lay Lady Lay" foi gravada em um tom baixo e suave, diferente da voz aguda e anasalada associada aos seus trabalhos anteriores. Ele contou que sua "nova voz" era efeito de ter parado de fumar antes de começar a gravar o disco. "Lay Lady Lay" tornou-se um dos maiores sucessos de Dylan, tendo sido regravado por diversos artistas, como Cher, Neil Diamond, The Byrds, Duran Duran, The Isley Brothers e Ministry. Cher trocou "lady" por "baby". Nesse vídeo bem bacana que a gente confere agora, a modelo que aparece é a bonitona Sharon Tate, brutalmente assassinada, grávida, pelo maníaco psicocata Charles Manson.
STAN & OLLIE - A HISTÓRIA DO GORDO E O MAGRO NO CINEMA
Laurel e Hardy - “O Gordo e o Magro”, a dupla de comediantes
mais famosa do mundo, tentam reacender suas carreiras cinematográficas enquanto
embarcam no que se torna seu canto de cisne - uma exaustiva turnê teatral pela Grã-Bretanha
do pós-guerra. Este é o roteiro de Jeff Pope para “Stan & Ollie”, um filme
biográfico dirigido por Jon S. Baird baseado nas vidas da dupla de cômica Laurel e Hardy. O filme é estrelado por Steve Coogan e John C. Reilly como Stan
Laurel e Oliver Hardy – os dois foram escolhidos para viverem a dupla em
janeiro de 2016. Pope descreveu a dupla de
comédia como sendo seus "heróis". As filmagens no Reino Unido começaram
na primavera de 2017, em Dudley, nas West Midlands na Inglaterra, bem como em
Birmingham, no The Old Rep theater, e em Bristol, no sudoeste da Inglaterra. Pope
disse que estava ansioso para capturar as "falhas e defeitos" de
Laurel e Hardy em seu roteiro, ao invés de dar um retrato higienizado da amada dupla.
"Estou ciente da enorme responsabilidade de trazer os personagens para a
vida, mas eu não tratei os meninos com luvas de pelica ou olhei para eles
através de especificações de cor- de-rosa", disse ele. "Eles estão
vivendo e respirando personagens, com falhas e defeitos”.
Juntos, Laurel e Hardy fizeram quase 100 filmes entre 1921 a 1951, antes de abandonar a tela para o palco, passando por casas de shows na Grã-Bretanha e na Irlanda. “Stan & Ollie” estreia no Festival de Cinema de Londres em 21 de outubro, antes de ir para os cinemas somente em 11 de janeiro.
Nestes 10 anos do Baú do Edu, não deixe de conferir a superpostagem "LAUREL & HARDY - O GORDO E O MAGRO - IMORTAIS!" - publicada em 23 de fevereiro de 2010.
Juntos, Laurel e Hardy fizeram quase 100 filmes entre 1921 a 1951, antes de abandonar a tela para o palco, passando por casas de shows na Grã-Bretanha e na Irlanda. “Stan & Ollie” estreia no Festival de Cinema de Londres em 21 de outubro, antes de ir para os cinemas somente em 11 de janeiro.
Nestes 10 anos do Baú do Edu, não deixe de conferir a superpostagem "LAUREL & HARDY - O GORDO E O MAGRO - IMORTAIS!" - publicada em 23 de fevereiro de 2010.
sexta-feira, 21 de setembro de 2018
THE BEATLES - LET IT BE EM 2020... SERÁ QUE VAI?
Paul McCartney está trabalhando para que os fãs dos Beatles tenham muito o que comemorar no que seria o 50º aniversário da banda, em 2020. O músico revelou que “Let It Be”, o filme, lançado em 1970, pode ser relançado com cenas inéditas. “Eu acho que podemos ter uma nova versão do filme. Essa é a nova fofoca. Temos muitas horas de gravação e quando o filme original foi lançado, ele foi mais ou menos sobre a separação da banda. Então, para mim, ele é um pouco triste. Mas há 56 horas de filmagens, então existem conversas sobre um novo filme, editá-lo a partir das mesmas cenas... Quem sabe o que vai acontecer daqui um ou dois anos”, disse McCartney em entrevista à rádio canadense Radio X. De acordo com o NME, “Let It Be” não é disponibilizado para venda desde 1980. Lançado há 48 anos, “Let It Be”, de Michael Lindsay-Hogg, documentou a produção do último álbum e o fim da maior banda de todos os tempos. O filme ainda traz a icônica última apresentação do grupo no telhado da Apple, em Londres.
VEM AÍ A EDIÇÃO COMEMORATIVA DE 50 ANOS DO ÁLBUM BRANCO!
O produtor Giles Martin trabalha em uma mina de ouro. Filho do lendário George Martin, produtor que ficou conhecido como o "quinto beatle", Giles passa seus dias no estúdio Abbey Road, em Londres, "desenterrando fitas da maior banda que já existiu". É deste acervo que ele retira o "ouro", registros inéditos do grupo de Liverpool, que são retrabalhados, misturados, editados e (re)lançados, oferecendo uma "viagem pela criatividade dos Beatles". Seu objetivo é redescobrir gravações para ajudar fãs a conhecerem mais sobre os Beatles, levando-os a se sentirem dentro do estúdio na época das composições clássicas, enquanto aproveita para apresentar o material para novas gerações. "Não fiz o ouro, mas ajudo a levá-lo à superfície", diz. "Tenho uma posição privilegiada. Posso entrar no Abbey Road e desengavetar fitas originais de gravações da maior banda que já existiu. Meu trabalho é tentar oferecer às pessoas a chance de ter a experiência que eu tenho neste trabalho." O resultado desse garimpo é um novo remix que vai ser lançado em novembro. No dia 22, quando se comemoram 50 anos do lançamento de "The Beatles", o disco conhecido como o "Álbum Branco" vai ser relançado com versões renovadas das canções. Os remixes serão acompanhados de material extra, totalizando quase sete horas de músicas dos Beatles em versões novas ou nunca ouvidas antes. Para preparar o (re)lançamento, Giles ouviu tudo o que foi gravado pela banda na época, mesmo que não parecesse relevante. "É realmente como procurar ouro, é preciso estar atento. Assim, descobrimos conversas, comentários, o clima da gravação".
A forma como o "Álbum Branco" foi composto torna o processo de garimpar o material muito trabalhoso, explica. "Temos 102 gravações de 'Sexy Sadie', por exemplo." Durante a gravação, a banda atuou de forma diferente, criando quase tudo dentro do estúdio. "Meu pai nunca gostou muito do 'Álbum Branco', sentia como se tivesse perdido controle da turma, pois os Beatles enlouqueceram no processo de gravação. Eles chegaram no estúdio com a ideia de cada música e trabalharam, trabalharam, trabalharam, até que tinham um monte de gravações com diferentes variações das músicas." A partir dessas descobertas, ele explica, é possível entender um pouco melhor a "mágica" dos Beatles. "O que é igualmente desapontador e brilhante é o fato de que não há magia, é apenas a beleza da colaboração entre humanos em um estúdio. Apenas pessoas fazendo sons muito agradáveis. São excelentes vocalistas, guitarristas, bateristas. É isso que os Beatles fazem." Este é o segundo projeto de garimpo em gravações originais dos Beatles para comemorar o aniversário de um álbum. Em 2017, "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" passou por processo parecido ao completar cinco décadas -o que levou a banda de volta à parada da Billboard. Segundo Giles, o trabalho de remixar e relançar clássicos de cinco décadas não pode ser considerado caça-níquel. "Todo o arquivo dos 'outtakes' (gravações originais que não foram usadas em disco) é para as pessoas que amam os Beatles e conhecem tudo o que eles fizeram." Por outro lado, o relançamento também procura criar um novo público para os Beatles. "O remix do álbum busca fazer com que ele soe mais vibrante." Segundo ele, isso ajuda a evitar que as novas gerações pensem no "Álbum Branco" como um "disco de 50 anos de idade". "Discos não têm idade. Um disco captura um momento. É uma máquina do tempo. O que estou fazendo é descascar os anos. Isso é importante." Giles garante, entretanto, que seu garimpo não é só diversão. Desde o relançamento de "Sgt Pepper's", ele tenta deixar claro que não quer mudar a história e que tem medo de "pintar um bigode na Monalisa". "Estamos trabalhando com álbuns lançados há 50 anos, e ninguém nunca pensou que eles soassem mal. Mas acho que os remixes deram nova vida aos discos." Segundo ele, a reação aos remixes até agora foi muito positiva, e nada vai ser lançado sem passar antes pela aprovação dos dois Beatles vivos. Paul McCartney e Ringo Starr ouviram e se disseram satisfeitos com o resultado.
A edição comemorativa de 50 anos do "Álbum Branco" vai trazer quase sete horas de material novo ou retrabalhado dos Beatles. Canções clássicas da banda como "Back in the U.S.S.R.", "Glass Onion", "Mother Nature's Son", "Martha My Dear", "Happiness is a Warm Gun" e "Dear Prudence", ganharam roupa nova. Em cada uma delas, os instrumentos e voz estão mais nítidos e é possível perceber cada detalhe. O som parece mais novo, mais fresco e limpo, como se tivesse sido gravado recentemente. Mesmo quem não é especialista consegue perceber claramente a diferença entre as versões novas e as originais. As músicas remixadas estão mais claras. No novo mix, é mais fácil notar cada uma das partes que formam as canções, cada instrumento está mais evidente. Isso dá ao ouvinte a capacidade de captar melhor a habilidade musical extrema de cada um dos integrantes da banda e sua importância para o todo. O material compilado também inclui conversas entre os Beatles antes e depois das gravações, além de interrupções, erros e versões alternativas das músicas, que passaram por mudanças antes da gravação final. Além dos remixes das canções que faziam parte do disco original e dos "outtakes" (material gravado, mas não aproveitado na versão final do produto), a reedição do "Álbum Branco" inclui 27 gravações inéditas e acústicas dos Beatles em estúdio. Chamados de "Esher Demos", são trechos e músicas que já tiveram versões de baixa qualidade divulgadas de forma independente, mas que agora são lançadas a partir das gravações originais. As canções surgem tocadas apenas em voz e violão, e a música é cantada quase como num sussurro. "São gravações acústicas dos Beatles que eles mesmos gravaram nas casas deles e que soam belíssimas", diz Giles. Parte desse material havia sido usado antes em "Anthology", mas é a primeira vez que saem reunidas em um álbum. "Além disso, encontramos mais fitas que George Harrison tinha na casa dele. O som é excelente, e estávamos procurando algo novo e diferente para esta edição de 50 anos", diz. O lançamento comemorativo também traz canções como "Lady Madonna" e "Hey Jude", que não fazem parte do disco da capa branca, mas que foram gravadas no mesmo período e lançadas como singles no mesmo ano. Por Daniel Buarque - folha.uol.com.br
quinta-feira, 20 de setembro de 2018
JOHN LENNON - POWER TO THE PEOPLE - 2018*****
Publicada originalmente em 7 de novembro de 2012.
"Power to the People" foi composta por John Lennon e lançada como single pela Apple Records em 1971, creditada a John Lennon / Plastic Ono Band. Chegou ao número 11 na Billboard Hot 100 nos Estados Unidos e número 7 na parada de singles britânica. A música foi gravada em Ascot, no Surrey durante as sessões iniciais para o álbum Imagine. O single foi lançado em 12 de março de 1971 no Reino Unido e em 22 de março nos EUA. "Power to the People" foi escrita por Lennon depois de uma entrevista que ele deu a Tariq Ali e Robin Blackburn. Lennon explicou: "Eu me senti inspirado pelo que eles disseram, embora muita coisa fosse clichê. Então, eu escrevi "Power to the People" da mesma forma que escrevi "Give Peace a Chance", como algo que o povo pudesse cantar". Ela entrou nas paradas no dia 20 de março de 1971, e lá permaneceu por nove semanas. Participaram da gravação: John Lennon - vocal e guitarra, Rosetta Hightower (e outros cantores) - backing vocals, Yoko Ono - backing vocal e piano, Bobby Keys - Saxofone, Billy Preston - piano e teclados, Klaus Voormann - baixo e Alan White - bateria. A banda "Minus 5", liderada pelo músico Scott McCaughey com o guitarrista Peter Buck (REM) gravou uma versão de "Power to the People" para o álbum tributo de 1995 "Working Class Hero: A Tribute to John Lennon". Também foi gravada pelo "Black Eyed Peas" para o álbum "Instant Karma: The Amnesty International Campaign to Save Darfur". No ano 2000, Eric Burdon , Billy Preston e Ringo Starr fizeram uma performance matadora de "Power To The People" que foi foi destaque na trilha sonora do filme "Steal This Movie" e que a gente logo aí embaixo, depois do mestre! Viva John Lennon!!!
"Power to the People" foi composta por John Lennon e lançada como single pela Apple Records em 1971, creditada a John Lennon / Plastic Ono Band. Chegou ao número 11 na Billboard Hot 100 nos Estados Unidos e número 7 na parada de singles britânica. A música foi gravada em Ascot, no Surrey durante as sessões iniciais para o álbum Imagine. O single foi lançado em 12 de março de 1971 no Reino Unido e em 22 de março nos EUA. "Power to the People" foi escrita por Lennon depois de uma entrevista que ele deu a Tariq Ali e Robin Blackburn. Lennon explicou: "Eu me senti inspirado pelo que eles disseram, embora muita coisa fosse clichê. Então, eu escrevi "Power to the People" da mesma forma que escrevi "Give Peace a Chance", como algo que o povo pudesse cantar". Ela entrou nas paradas no dia 20 de março de 1971, e lá permaneceu por nove semanas. Participaram da gravação: John Lennon - vocal e guitarra, Rosetta Hightower (e outros cantores) - backing vocals, Yoko Ono - backing vocal e piano, Bobby Keys - Saxofone, Billy Preston - piano e teclados, Klaus Voormann - baixo e Alan White - bateria. A banda "Minus 5", liderada pelo músico Scott McCaughey com o guitarrista Peter Buck (REM) gravou uma versão de "Power to the People" para o álbum tributo de 1995 "Working Class Hero: A Tribute to John Lennon". Também foi gravada pelo "Black Eyed Peas" para o álbum "Instant Karma: The Amnesty International Campaign to Save Darfur". No ano 2000, Eric Burdon , Billy Preston e Ringo Starr fizeram uma performance matadora de "Power To The People" que foi foi destaque na trilha sonora do filme "Steal This Movie" e que a gente logo aí embaixo, depois do mestre! Viva John Lennon!!!
A PEDIDOS - TRAVELING WILBURYS - HANDLE WITH CARE**********
Especialmente em homenagem ao meu amigo Edvaldo Almeida, que fez aniversário ontem. Parabéns, atrasado amigo! Abração!
PAUL McCARTNEY & WINGS - GOODNIGHT TONIGHT REMIX
Não deixe de conferir a postagem de "GOODNIGHT TONIGHT" com o vídeo original.
RINGO STARR – POSTCARDS FROM PARADISE – 2015
“Postcards from Paradise” é o nome do 18º álbum solo de Ringo Starr, lançado em 31 de março de 2015. O álbum foi gravado no estúdio particular de Ringo, em Los Angeles e, neste novo trabalho, além de tocar bateria, teclado e guitarra, ele canta em todas as faixas, claro. Como sempre, Ringo contou com diversas parcerias na produção de “Paradise”, entre elas com o cantor Joe Walsh, o tecladista Benmont Tench, o compositor Dave Stewart e a violinista Ann Marie Simpson, além da galera da All Starr Band. Em seu site oficial, Ringo comentou sobre as parcerias do novo trabalho. "Se estou gravando, você está pela cidade e nos faz uma visita, vai estar no disco". Ringo explicou que é como "uma autobiografia", que preferiu contar em um disco ao invés de escrevê-la em papel. Ele lançou cinco álbuns desde 2005: "Choose Love" (2005), "Liverpool 8" (2008), "Y Not" (2010) e "Ringo 2012" (2012), além de "Postcards From Paradise". A faixa-título, assim como várias em sua carreira, é recheada de referências aos Beatles e além disso, a música ganhou um vídeo bem bacana que a gente relembra agora.
I've searched here, there and everywhere
Until i saw you standing there
I'm the greatest fan of you
And Love is All I've got to do
It's all too much my little child
If you would be my honey pie
Eight days a week you will be mine
And getting better all the time
I'm begging you don't pass me by
And if you do please tell me why
I know you told me yesterday
You've got to hide your love away
But if your heart is bad to me
It's only Love I'll let it be
Postcards from Paradise
With all my loving I'll be true
Postcards from Paradise
As ever P.S. I Love You
Postcards from Paradise
I wouldn't trade you for no one
I see your face, here comes the sun
And I ain't going nowhere man
Because I want to hold your hand
It's like I said the night before
I'll love you when I'm 64
Postcards from Paradise
With all my loving I'll be true
Postcards from Paradise
As ever P.S. I Love You
Postcards from Paradise
I know that we can work it out
There ain't no need to twist and shout.
And I won't back off boogaloo
Unless you say you love me do
Postcards from Paradise
With all my loving I'll be true
Postcards from Paradise
As ever P.S. I Love You
Postcards from Paradise
Postcards from Paradise
With all my loving I'll be true
Postcards from Paradise
As ever P.S. I Love You
Postcards from Paradise
terça-feira, 18 de setembro de 2018
JOHN LENNON - ONE DAY AT A TIME - FANTÁSTICO!
"One Day (At a Time)", a quarta música do álbum Mind Games, de1973, é uma das mais bonitas e sinceras compostas por John Lennon caracterizada por um raro falsete vocal utilizado pelo ex-Beatle. O tema lírico da canção é o mesmo que permeia por várias faixas do álbum, como “You Are Here” e “Out The Blue”, a ideia de duas peças, criando um todo, muitas alegorias para o então vacilante casamento de Lennon e Yoko Ono. Curiosamente, isso duraria até o final em "Double Fantasy" e, foi Ono, quem sugeriu a Lennon que ele cantasse fora do tom normal - como alguém dizendo o que queriam ouvir. No estúdio Lennon gravou uma guia vocal sem o falsete - que mais tarde foi lançada na caixa John Lennon Anthology de 1998. Alguns estudiosos da obra do artista, dizem que a parte final da letra tinha grande parte voltada para a mais pura sacarina de uma das letras que mais pareciam cansadas, repetitivas e banais: ("Porque eu sou o peixe e você é o mar / Porque eu sou a maçã e você é a árvore"), etc. "Lennon já conseguiu compor tributos mais honestos e comoventes à Yoko Ono, e apesar de ser uma das melodias mais fortes e bonitas de 'Mind Games', "One Day (At A Time)" falha em transmitir qualquer sentido real de convicção emocional". Irônicas como podem parecer as coisas, McCartney abusaria disso depois em "Waterfalls", canção classificada como em 4º escalão do padrão 'Beatle de qualidade' - Beirando o 'brega". Seja como for, são de épocas diferentes. "One Day (At a Time)", com falsete ou sem falsete, é uma da obras mais lindas de Lennon. Aparece em 'Mind Games' e "Anthology - John Lennon - Disco 2 - New York City. One Day At a Time também foi gravada e é título do álbum de Elton John de 1976 - a quem muitos atribuem que a música seja dele. Tolice. VIVA JOHN LENNON FOREVER!!!
HELEN SHAPIRO - LOOK WHO IT IS
Helen Shapiro nasceu em 28 de setembro de 1946 em Londres. Foi uma cantora pop no início dos anos 1960. Seus dois maiores sucessos no Reino Unido foram "You Don't Know" e "Walkin' Back to Happiness". Cresceu em Hackney, onde frequentou a escola "Clapton Park Comprehensive School" até 1961. Ainda criança, Shapiro tocou banjo e fez dupla com seu irmão Ron, ocasionalmente, num grupo juvenil de jazz. Ela tinha um timbre profundo em sua voz incomum para uma menina. Com dez anos de idade, Shapiro foi cantar no grupo "Susie and the Hula Hoops", uma banda da escola que incluia Marc Bolan (então Marc Feld) como guitarrista. Aos 13 anos, começou a fazer aulas de canto na "The Maurice Burman School Of Modern Pop Singing", na Baker Street, em Londres. Dessa escola, já havia saído uma cantora chamada Alma Cogan. E foi através dessa escola que chegou até a Columbia Records. Um homem chamado John Schroeder, gravou uma demo de Shapiro cantando "Birth of the Blues". Em 1961, com catorze anos, teve seu primeiro hit no Reino Unido "Don't Treat Me Like A Child" (não me trate como uma criança) que chegou ao nº 3 das paradas e em seguida, emplacou mais dois hits que foram nº 1, "You Don't Know" e "Walkin' Back to Happiness". Em 1962, conseguiu um 2 º lugar em com "Tell Me What He Said", conseguindo que seus primeiros quatro primeiros singles entrassem no top 10 inglês. A maioria de suas sessões de gravação foram nos estúdios da EMI em Abbey Road. Antes de completar dezesseis anos, Shapiro era a cantora teen preferida da Inglaterra.
A primeira turnê nacional dos Beatles foi no final do inverno/início da primavera de 1963, juntamente com a jovem Helen Shapiro. Durante o decorrer da turnê, eles conseguiram seu primeiro sucesso nas paradas e John Lennon e Paul McCartney escreveram a canção "Misery" destinada para ela, mas estranhamente, Shapiro não gravou a música. Ela também ouviu em primeira mão o sucesso "From Me To You", que logo estaria bombardeando todas as rádios do país. No final da adolescência, sua carreira como cantora pop estava em franca decadência. Com a nova onda da "beat music" e com o aparecimento de novas cantoras como Cilla Black, Sandie Shaw e Lulu, o estilo de Shapiro se tornara antiquado. Então, ela adotou um estilo "meio cabaret" passando a fazer shows em clubes de operários nos arredores de Londres. Seu último show teve lugar no "Senado Peterlee's Club" em 6 de maio de 1972, quando anunciou que estava desistindo da vida no show business. Mais tarde, apareceu como intérprete de musicais de teatro, e adotou um estilo mais jazz. Nos últimos anos, tornou-se cantora gospel. Também trabalhou com atriz e desempenhou o papel de Nancy, no musical de Lionel Bart, "Oliver"! no West End de Londres e apareceu em várias novelas da televisão britânica, em especial "Albion Market", onde interpretou uma das personagens principais até o momento em que foi retirado do ar em agosto de 1986. Em agosto de 1987, Shapiro tornou-se evangélica. Ela lançou quatro álbuns, desde então, todos em louvor a Deus. Saiu de cena definitivamente, no final de 2002 para se dedicar somente na divulgação do evangelho. É casada com John Judd, um ator com diversos papéis na televisão britânica e do cinema e reside em Kent. Sua autobiografia, publicada em 1993, foi intitulada "Walking Back to Happiness".
A primeira apresentação da turnê de Helen Shapiro com os Beatles aconteceu no dia 2 de fevereiro de 1963, no Gaumont Cinema, em Bradford. Os Beatles eram os últimos artistas a se apresentar. Mas a grande atração da noite, fora eles era Helen Shapiro. Os Beatles tocaram "Chains", "Keep Your Hand Off My Baby", "A Taste Of Honey" e "Please Please Me". Paul McCartney não aparece no número de Shapiro porque estava do outro lado do palco para ser um dos jurados da melhor imitação de Brenda Lee.
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