quinta-feira, 31 de maio de 2012
TIMOTHY LEARY - UM CARA PRA LÁ DE ESQUISITO
Timothy Francis Leary, Ph.D. nasceu em 22 de outubro de 1920 e morreu em 31 de maio de 1996. Era professor de Harvard, psicólogo, neurocientista, escritor, futurista, libertário, ícone dos anos 60 e do hedonismo. Ficou famoso como um proponente dos benefícios terapêuticos e espirituais do LSD. De fato, o Professor Leary defendia os benefícios desta substância psicodélica para o progresso humano.
Amigo pessoal de John Lennon - a música "Come Together" dos Beatles é inspirada em Timothy Leary, e no vídeo de "Give Peace A Chance" podemos ver o professor e a sua mulher de toda a vida, Barbara, junto à cama onde John Lennon protagonizou este hino de paz. Na letra, pode-se ouvir, na 3ª estrofe: "Everybody is talking about John and Yoko, Timmy Leary…", tal era a notoriedade deste eminente acadêmico nessa década.
Timothy Leary foi expulso de Harvard depois de ter promovido uma experiência psicotrópica com uma turma inteira de estudantes de psicologia (com o consentimento destes, naturalmente). Mais tarde, a administração de Nixon fez do Prof. Leary um bode expiatório na sua luta reaccionária e conservadora contra a contracultura que abundava nesta época, enviando-o para a prisão pela sua veemente posição contra a proibição do lsd. Nos anos 80, fascinado pelos computadores, Leary dedicou-se a este novo mundo, e teve imenso sucesso. Criou softwares de design, continuou a escrever livros e a fazer conferências. Embora o seu tópico principal fosse agora a tecnologia, ele ainda era reconhecido como o guru do LSD dos anos 60.
Nos meses que antecederam sua morte (por conseqüência de um câncer de próstata, escreveu um livro chamado Design for Dying ("Projeto para morrer"), uma tentativa de mostrar às pessoas uma nova perspectiva da morte e do morrer. As suas últimas palavras foram "Why not?".
Timothy Leary faleceu a 31 de maio de 1996, aos 75 anos, na sua própria cama, rodeado por amigos. Logo em seguida, de acordo com o seu desejo, a sua cabeça foi retirada do corpo e congelada. O seu corpo foi cremado e, em outubro de 1996, as suas cinzas foram transportadas pela nave espacial Pegasus e libertadas no espaço com o auxílio de um satélite, juntamente com as de Gene Roddenberry, criador de Jornada nas Estrelas, e de outros cientistas e pioneiros em estudos aero-espaciais, tais como o físico da High Frontier Space Station, Gerard O’Neill, e Todd Hauley, professor da International Space University.
Outras postagens sobre Leary:
PAUL McCARTNEY - BLACKBIRD - GÊNIO!
Atendendo ao pedido da amiga Joanna Machado. Publicada originalmente em 22 de julho de 2011. Abração!
"Blackbird" é uma canção dos Beatles composta por Paul McCartney, creditada à dupla Lennon & McCartney. Foi lançada no álbum The Beatles (ou Álbum Branco) de 1968. A canção foi gravada em 11 de junho de 1968 apenas por Paul McCartney.
McCartney revelou que o acompanhamento do violão foi inspirado em "Bourée em mi menor" de Bach. A música de Bach era originalmente para violão clássico, instrumento que Paul e George Harrison tentaram aprender na juventude (mas só aprenderam mesmo com Donovan na Índia), portanto é caracterizada pela melodia em notas graves de baixo tocadas simultaneamente com cordas agudas e graves. McCartney decidiu alterar algumas notas de Bach, criando a base para Blackbird. A letra é uma metáfora sobre os conflitos raciais e direitos civis na América, principalmente da situação das mulheres negras. Paul leu uma notícia no jornal que relatava os conflitos raciais nos Estados Unidos, e o sofrimento de mulheres negras para ingressar na sociedade. A música é uma espécie de apoio e o melro-preto simboliza a mulher negra. Quando ele diz: "Pássaro preto, pegue essas asas quebradas e comece a voar" é como se fosse um conselho, do tipo: levante! Tome uma atitude! "Por toda sua vida você só esperou esse momento pra ser livre."
A canção foi gravada em 11 de junho de 1968 no Abbey Road Studios, com George Martin na produção e Geoff Emerick como engenheiro de som. McCartney toca um violão Martin D28. A faixa inclui um som de um autêntico melro-preto (Blackbird) cantando no final. A estrutura da canção não é usual, trazendo três versos que transgridem de 3/4, 4/4 e 2/4 na construção métrica. È na escala de Sol e é tocada com um estilo único de dedilhado e vibrato nas notas graves. A canção foi gravada apenas por Paul, que canta e toca o violão. Foi a pedido dele que foi colocado um microfone no assoalho do chão do estúdio, para que se ouvissem suas batidas ao estilo folk.
PAUL McCARTNEY - NO OTHER BABY
"No Other Baby" é uma canção escrita por Dickie Bishop e Bob Watson, originalmente gravada em 1957 por Dickie Bishop and The Sidekicks. Os primeiros covers foram gravadas por The Vipers (1958) e Bobby Helms (1959). Paul McCartney gravou "No Other Baby" para o seu álbum de 1999 Devil Run Run e também como single.
But I don't want no other baby but you,
I don't want no other baby but you,
cause no other baby can thrill me like you do.
Got a little woman, lives across the hall,
I got a little woman, she lives across the hall
and most every evening she's asking me to call.
But I don't want no other baby but you,
I don't want no other baby but you,
cause no other baby can thrill me like you do.
But lots of other women say be my daddy do,
yeah, lots of other women say be my daddy do,
but I tell them I don't want no other baby like you.
I said, I don't want no other baby but you,
I don't want no other baby but you,
cause no other baby can thrill me like you do.
I don't want no other baby but you,
cause no other baby can thrill me like you do.
Got a little woman, lives across the hall,
I got a little woman, she lives across the hall
and most every evening she's asking me to call.
But I don't want no other baby but you,
I don't want no other baby but you,
cause no other baby can thrill me like you do.
But lots of other women say be my daddy do,
yeah, lots of other women say be my daddy do,
but I tell them I don't want no other baby like you.
I said, I don't want no other baby but you,
I don't want no other baby but you,
cause no other baby can thrill me like you do.
GILBERT O'SULLIVAN - ALONE AGAIN E MUITO MAIS
Gilbert O'Sullivan, nascido Raymond Edward O'Sullivan no dia 01 dezembro de 1946 em Waterford, na Irlanda. Seu pai trabalhava em um frigorífico de carnes, enquanto sua mãe tinha uma confeitaria. Quando tinha 7 de idade a família muda-se para Swindon, na Inglaterra, aonde nasce o seu interesse por música e por boxe amador. Musicalmente, ele começou com a guitarra e avançou para o piano. Seu objetivo era ser um designer gráfico e em setembro de 1963 foi aceito no Swindon Art College. Durante a estada no Art College, tocou bateria no seu primeiro grupo The Doodles e em seguida mudou para uma outra banda denominada de The Perfects.
Durante a faculdade conheceu Rick Davies, que mais tarde formaria o Supertramp. Ainda na faculdade, começou a compor músicas e enviou várias fitas demo, que sempre eram devolvidas fechadas. A primeira música que ele se lembra de ter composto foi "Ready Steady Miss". Depois que terminou a faculdade, mudou-se para Londres em 1967 para tentar promover sua carreira musical e trabalhava como vendedor na loja de departamentos C&A na Oxford Street, onde conheceu Mike Ward que também trabalhava na C&A e tinha um contrato com a CBS e Gilbert foi com ele um dia visitar os estúdios da gravadora e teve a oportunidade de demonstrar uma de suas fitas demo aos executivos da CBS.
Adotou o nome artístico "Gilbert O'Sullivan" e assinou um contrato de 5 anos com a CBS e em 1967 ele lançou um compacto duplo com as músicas "Disappear" e "You" e em 1968 um outro compacto duplo foi lançado com as músicas "You" e "What Can I Do". Mas sentia-se frustrado pois não podia participar da produção e arranjo musical de seus trabalhos. Durante o periodo de 1967 a 1969 ficou tentando decolar sua carreira musical,e teve a sua música "You" incluída em um disco do grupo The Tremeloes, chamou a atenção do DJ John Peel da BBC, que lhe deu uma vaga no seu programa de rádio Top Gear, mas foram chances que nada acrescentaram a sua carreira musical.
O'Sullivan passou então a procurar uma outra gravadora e um outro empresário, criou um estilo próprio batizado de "Bisto Kid" - terno de flanela cinza, boina, gravata menino de escola, meias e chuteiras de futebol americano. Enviou algumas fitas demo para Gordon Mills, um ex-cantor pop e um compositor de renome, que liderou com sucesso a carreira de Tom Jones e Engelbert Humperdinck. Gordon Mills reconheceu algo único no jovem irlandês e aceitou ser seu empresário e firmou um contrato de compositor com Sullivan. Além de produtor musical Gordon Mills tornou-se um grande amigo e uma espécie de irmão mais velho e através da gravadora MAM Records, fundada por ele, a música "Nothing Rhymed" atingiu o Top 10 da Inglaterra, tornando-se o seu primeiro grande sucesso. Em seguida vieram outros sucessos: "Himself" (1971), "Back To Front" (1972), "I'm A Writer Not A Fighter" (1973) and "A Stranger In My Own Back Yard" (1974).
Tanto "Clair" - composta em homenagem a filhinha de Gordon Mills - quanto "Get Down" atingiram o topo das paradas de músicas pop da Inglaterra, e em seguida "Alone Again (Naturally)" manteve-se durante 6 semanas consecutivas no topo das paradas nos EUA e vendeu 2 milhões de cópias no ano de 1972. O auge de sua carreira aconteceu entre 1972 e 1973 quando recebeu diversos prêmios como melhor cantor e compositor do ano, mas assim como ascendeu meteoricamente, sua carreira também sofreu um rápido declínio mas ele continua compondo e gravando profissionalmente e o seu último trabalho foi um disco chamado "Gilbertville" que foi lançado simultaneamente no Japão e na Europa no dia 31 de Janeiro de 2011.
quarta-feira, 30 de maio de 2012
JOHN LENNON - "COMO VOCÊ DORME, PAUL?"
Em 1971, John Lennon conseguiu o sucesso que tanto precisava como artista-solo, com o álbum "Imagine". A faixa-título tornou-se um hino da paz no mundo inteiro. "Paz" que o próprio Lennon nunca viveu! Neste álbum, deliberadamente ataca, de forma escancarada Paul McCartney na 8ª canção "How do you sleep". John diz que a música de Paul é "muzak" (canções tocadas em elevador) e diz que a única coisa que Paul fez de bom foi "Yesterday", e que desde que os Beatles foram pro espaço suas canções são desinteressantes ("The only thing you done was yesterday and since you're gone you're just another day"). John alegou que Paul sempre o atacava sutilmente em seus discos (Paul admitiu que tinha feito referências a John no disco Ram) e que "How do you sleep?" era uma resposta a essas provocações. Lennon, para tocar a guitarra nessa canção, convocou um dos poucos amigos que ainda tinha: George Harrison. A letra, composta paralelamente com Gimme Some Truth, faz ataques de todas as formas que se pode imaginar. Alguns até passavam despercebidos. "Those freaks was right when they said you was dead, The one mistake you made was in your head" - Aqueles malucos estavam certos quando disseram que você estava morto, o único engano que você cometeu foi dentro de sua cabeça. "Você vive com certinhos que dizem que você é rei". E por aí vai. "Um rosto bonito pode durar um ano ou dois, mas não demora e verão do que você é capaz". "O som que você faz é muzak para os meus ouvidos". "Você deveria ter aprendido algo todos esses anos".
TODO O TALENTO DE DIANA KRALL ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐
A bonitona Diana Krall é uma cantora e pianista canadense de jazz. Começou a tocar piano aos quatro anos e durante a juventude a família mudou-se para Vancouver. No colegial, começou a tocar num pequeno grupo de jazz. Aos quinze anos, passou a se apresentar regularmente em diversos restaurantes de Nanaimo. Sua técnica chamou a atenção do baixista Ray Brown, que a apresentou a diversos professores e produtores. Aos 17 anos, Krall ganhou uma bolsa para estudar no Berklee College Of Music em Boston, Massachusetts. Passado algum tempo, mudou-se para Los Angeles, passando a estudar com Jimmy Rowles, com quem começaria a cantar.
Em 1990, Krall foi para Nova York, gravando alguns álbuns e finalmente alcançando sucesso internacional. Ela e o feioso Elvis Costello casaram-se em dezembro de 2003. Krall engravidou em 2006 e os gêmeos Dexter Henry Lorcan e Frank Harlan James nasceram em 6 de dezembro de 2006, em Nova York.
Krall lançou seu primeiro álbum Stepping Out em 1993, juntamente com John Clayton e Jeff Hamilton. Este álbum acabou chamando a atenção de Tommy Li Puma, que produziu seu segundo álbum "Only Trust Your Heart" (1995). Seu terceiro álbum "All For You – Dedication to Nat King Cole Trio" (1996) foi indicado para o Grammy e permaneceu na lista da Bilboard durante 70 semanas. Em seguida foi lançado "Love Scenes" (1997) que se tornou rapidamente um sucesso de vendas com seu trio Krall, Russel Malone (violão) e Christian McBride (baixo).
Em agosto de 2000, juntou-se com Tony Bennett em uma tour. Com arranjos orquestrais de Johnny Mandel, lançou outro álbum intitulado When I Look In Your Eyes (1999). Este que recebeu mais indicações ao Grammy, e venceu na categoria de Melhor Músico de Jazz do Ano. Sua banda continuou com essa mistura de arranjos no álbum The Look Of Love (2001), desta vez criados por Claus Ogerman. Esta gravação alcançou o CD de Platina e entrou para o Top 10 da Bilboard 200. The Look Of Love foi o considerado o Número 1 na lista canadense além de ser quatro vezes Platina.
Em setembro de 2001, fez uma tour pelo mundo e seu concerto no Olympia de Paris foi gravado e lançado como sua primeira gravação ao vivo "Diana Krall – Live in Paris" que chegou ao topo da lista de Jazz da Bilboard além de permanecer no Top 20 e Top 200 da Bilboard. Nessa mesma época esteve no Top 5 do Canadá, ganhou o Juno Award e ganhou seu segundo Grammy, desta vez como Melhor Gravação de Jazz (Best Vocal Jazz Record). Este álbum incluiu dois famosos covers: "Just The Way You Are" de Billy Joel e "A Case Of You" de Joni Mitchell. Mais tarde, lançou-se como compositora no álbum "The Girl In The Other Room" (2004). O álbum rapidamente alcançou o Top 5 do Reino Unido e esteve na lista dos 40 melhores na Austrália. Também fez uma participação no álbum "Genius Loves Company" (2004) de Ray Charles com a música "You Don't Know Me". Em 2006, lançou "From This Moment On" onde interpreta nomes famosos do jazz, como Irving Berlin, Cole Porter, Richard Rodgers, Lorenz Hart, entre outros. O trabalho contou com a produção de Tommy LiPuma. Destaque para "How Insensitive", ou "Insensatez", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, com letra em inglês de Norman Gimbel. Em maio de 2007, Krall se apresentou em uma campanha da Lexus (Indústria automobilística japonesa). Também cantou a música "Dream a Little Dream of Me" com acompanhamento no piano do lendário pianista Hank Jones. Ainda em 2007, lançou "The Very Best Of Diana Krall", uma edição de luxo, que vem com CD e DVD numa mesma embalagem, e reúne seus melhores momentos. E em 2012, veio a consagração total ao ser convidada especial de Sir Paul McCartney para o álbum Kisses On The Bottom. Ela toca em todas as faixas.
Diana Krall trabalhou no Kisses On The Bottom, o mais recente álbum de Paul McCartney, que relembra alguns velhos standards de jazz. Ela não é de falar muito e vive nos Estados Unidos, e sua casa fica no campo, com seus filhos gêmeos. E não está muito interessada em fazer alguma promoção para o álbum. Mas não esconde seu entusiasmo por trabalhar no novo álbum de Jazz de Sir Paul McCartney, que também possui participação de Eric Clapton e Stevie Wonder. Seu prazer é claramente visível.
Como surgiu a idéia da reunião entre o ex-Beatle e você, uma cantora de jazz?
Paul sonhou em um álbum de jazz por vinte anos. Nós temos o mesmo produtor, Tommy LiPuma: Tommy nos deu a oportunidade de conversar. Da nossa reunião, o projeto tomou forma. A idéia era trabalhar com Eric Clapton, Stevie Wonder e músicos de jazz. Mas cada um de nós encaramos um papel que ele nunca fez. Resultado: Paul canta jazz e não toca qualquer instrumento, Stevie Wonder toca a gaita, eu estou no piano.
Todas as faixas norte-americanas incluídas no álbum são tão bonitas quanto pouco conhecidas. Quem as escolheu?
Paul McCartney escolheu. Ele ama autores famosos como Cole Porter, mas o que ele mais queria era retomar as canções de jazz que ele ouvia com seu pai em Liverpool. Muitas destas canções meu avô adorava e com quem eu cresci. Paul também disse-me que estas músicas inspiraram várias faixas que ele escreveu com John Lennon. Por exemplo, "Home (When Shadows Fall)", Paul tocou com os Quarrymen e os Beatles, entre 1957 e 1960.
Em Kisses On The Bottom, você tocou, fez todos os arranjos, e o line-up eram todos os músicos que a acompanham sempre. Finalmente, quem era o chefe?
Na verdade, ninguém. Cada um trouxe o seu próprio fundo musical. Eu queria músicos ecléticos. Todos tocaram com artistas tão diversos como Betty Carter, Erykah Badu, Joni Mitchell e Herbie Hancock. Paul também me deu a oportunidade de confrontar-me com um guitarrista extraordinário, Eric Clapton. Eu amo esse cara! Ele é ainda mais autista do que eu! Todos nós tínhamos uma linguagem comum e os arranjos vieram naturalmente. A maioria das canções deste álbum foram gravadas em um ou dois takes.
Neste álbum, a voz de Paul McCartney está quase irreconhecível...
É diferente, é verdade. Parece algo saído de um vinil pós-1940. Paul cantando em um microfone que foi usado por Nat King Cole. Eu toquei e tive arrepios ouvindo essa melancolia, essa fragilidade. E então, em algumas faixas, como "My Valentine", ele escreveu para a gravação, sua voz tornou-se um pouco blues, poderosa como um crooner (cantor romântico).
Você acha que Paul McCartney é um músico de jazz?
É Paul McCartney: músico que sempre compôs músicas com estruturas complexas. Na época dos Beatles, ele influenciou muitos músicos de jazz: Duke Ellington, Count Basie, que olharam para "Michelle" e "Help" - ou Ella Fitzgerald, cuja interpretação de "Something" é sublime. Eu mesma gravei "For No One", no meu último álbum, 'Quiet Nights'. Quem teria imaginado que um dia eu me juntaria a ele no piano?
terça-feira, 29 de maio de 2012
O INCRÍVEL SALTO DO JOÃO DO PULO
João Carlos de Oliveira, conhecido como "João do Pulo", nasceu em Pindamonhangaba, no dia 28 de maio de 1954 e morreu no dia 29 de maio de 1999, em São Paulo. Foi um dos grandes atletas brasileiros recordista mundial do salto triplo. Em 1973, quebrou o recorde mundial júnior de salto triplo no Campeonato Sul-Americano de Atletismo com a marca de 14,75 m. Em 1975, nos Jogos Pan-Americanos da Cidade do México conquistou a medalha de ouro no salto em distância com a marca de 8,19 m e em 15 de outubro, também a medalha de ouro no salto triplo, quando, literalmente voou para a incrível marca de 17,89 m, quebrando o recorde mundial desta modalidade em 45 cm, e que pertencia ao soviético Viktor Saneyev. Teve a carreira de atleta brutalmente interrompida em 22 de dezembro de 1981, quando sofreu um acidente automobilístico. Sua perna direita teve que ser amputada e seu desempenho como atleta estava acabado. Ainda assim, consseguiu formar-se emEducação Física e entrou na vida política sendo eleito deputado estadual em São Paulo pelo Partido da Frente Liberal, em 1986, e reeleito em 1990. João do Pulo morreu em 1999 devido a cirrose hepática e infecção generalizada, solitário e com dívidas financeiras. Seu recorde mundial somente foi batido quase dez anos depois pelo americano Willie Banks com 17,90 m em Indianápolis em 16 de junho de 1985.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
O NOVO TOPO DO NOSSO BLOG PREFERIDO
Geralmente, de semana em semana, troco a "capa" ou o "topo" do nosso blog preferido, para passar a ideia de algo que está sempre atualizado. Além de eu mesmo, ser o primeiro a enjoar. Na sexta-feira, eu já estava na agência quando meu amigo redator, meu dupla e cumpadi, Marcão chegou. Ele viu as fotos das moças lambuzadas de chocolate e perguntou para o que era. Disse que era para substituir a da moça da língua de morango. Questionei com ele se poderia entrar alguma frase legal de apoio. Na mesma hora, sem pestanejar, ele lançou: "The Beatles-me ou devoro-te". Eu adorei e achei genial. Infelizmente, passei o fim-de-semana sem computador, de forma que só agora, posso compartilhar essa delícia de capa com todos vocês. Valeu, Marcão. Abração a todos!
THE BEATLES - BECAUSE - GENIAL
"Because" é uma canção dos Beatles composta por John Lennon, creditada a dupla Lennon & McCartney, e lançada no álbum Abbey Road de 1969. A gravação ocorreu no dia 1 de agosto de 1969, e foi concluída em 5 de agosto de 1969. John Lennon, certo dia, estava ouvindo Yoko Ono, que havia estudado piano clássico na juventude, tocar a sonata para piano n° 14, opus 27, de Beethoven, conhecida como "Sonata ao Luar". Ao ouvi-la, ele teve uma idéia: pediu para Yoko tocar os acordes invertidos, do fim para o começo. John inspirou-se na harmona resultante e compôs "Because". Na música, John Lennon, Paul McCartney e George Harrison cantam em coro harmônico, tal como fizeram em Yes It Is e This Boy. Para o resultado final, as vozes foram três vezes sobrepostas (overdub), criando um efeito de nove vozes. John Lennon canta e toca guitarra. George Harrison canta e toca sintetizador moog, Paul McCartney canta e toca baixo. Ringo Starr estava presente durante as gravações, mas a sua participação, que se limitou a fazer a marcação do andamento, não foi registrada. George Martin participou tocando um modelo de espineta (espécie de cravo). No CD Anthology 3 lançado em 1996, a música é apresentada só com as vozes, sem nenhum instrumento. O mesmo se dá na abertura do CD Love, lançado em 2006.
JOHN FOGERTY - 67 ANOS
Hoje é aniversário do grande John Fogerty. 67 anos. Esse homem é considerado por muitos, um gênio. É cantor, compositor, guitarrista e foi o fundador e líder da banda Creedence Clearwater Revival. Também é considerado pela Rolling Stone um dos 40 maiores guitarristas de todos os tempos. Para quem quiser conferir a postagem especial do Baú do Edu sobre o John Fogerty, o link é: http://obaudoedu.blogspot.com/2010/03/john-fogerty-um-homem-e-sua-guitarra.html. Os links de download não estão mais valendo. Abração a todos. Abração John Fogerty!
STEVIE WONDER - SONGS IN THE KEY OF LIFE
"Songs In The Key Of Life" é um álbum do Stevie Wonder, lançado em 1976 que levou mais de dois anos da concepção ao lançamento, e hoje é considerado como um dos melhores e mais criativos momentos da carreira de mais de quarenta anos do artista. Lançado em 9 de outubro, a produção foi campeã de vendas no mundo todo. Ela entrou em primeiro lugar na parada de álbuns da Billboard, e lá permaneceu por 14 semanas, além de continuar no Top 40 por um total de 44 semanas. No Reino Unido, o disco chegou a número 2, e se manteve nas paradas por mais de um ano. Este incrível sucesso de vendas se consolidou quando Stevie Wonder ganhou, em 1976, o Grammy de Melhor performance vocal masculina e o de melhor álbum do ano. "Songs in the Key of Life foi um nome que tirei de um sonho que tive", diz Stevie Wonder. "Representa a singularidade do momento". Para os fãs que querem conhecer mais a fundo a história desse álbum, Classic Albums é um ótimo documentário que traz todos os passos de sua concepção e as repercussões surgidas com seu lançamento. Este álbum está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.
UM POUCO DA QUESTÃO DOS DIREITOS AUTORAIS
A empresa responsável por cuidar dos direitos autorais, como o próprio nome já diz, visa gerenciar apenas a obra do compositor. Sendo assim, George e Ringo não teriam direito aos lucros de canções compostas por Paul e John. O gerenciamento da venda de discos e seus lucros é um outro processo que não está ligado à companhia de direitos autorais.Em 1963, quando foi criada a Northern Songs, que seria a empresa responsável pelos direitos autorais dos Beatles, Nem Brian Epstein nem os Beatles sabiam muito bem como trabalhar com isso. A princípio, a empresa era divida em 50% pertencendo a Dick James e os outros 50% a John, Paul e Brian.Ainda nesse mesmo ano, Lennon e McCartney fecharam um contrato e entregariam à Northern Songs todas as suas canções por um período de três anos e os lucros seriam pagos à empresa LenMac, de Paul e John (ambos com 40% cada) e Brian (com os 20% restantes). Mais tarde, a LenMac virou MacLen (lembrando que esses lucros eram referentes apenas aos direitos autorais das composições de John Lennon e Paul McCartney). Em 1965, a Northern Songs tornou-se pública com a emissão de 5 milhões de ações na Bolsa. Com isso, Dick James e o seu parceiro de sempre Emanuel Charles Silver ficaram cada um com 37,5 por cento das ações, John e Paul ficaram, cada um, com 15 por cento e George e Ringo com 0,8 por cento, cada um.Como os Beatles não tinham o menor jeito pros negócios, em abril de 1966 vendem sua empresa (MacLen) à Northern Songs. Depositando assim, os direitos das canções dos primeiros discos numa empresa cotada na Bolsa. Em 27 de agosto de 1967 Brian foi encontrado morto por overdose e mais tarde, em 1969, a Northern Songs foi vendida para a Associated TeleVision (ATV) sem que os Beatles soubessem. Junto com ela, também foi vendida a MacLen. Desde então, os Beatles nunca mais viram um tostão do dinheiro das canções. Somente em Novembro de 1981, Lord Grade, com 75 anos, depois de um desastre financeiro, anunciou que queria vender a ATV Music, que incluia a Northern Songs. Foi quando Paul McCartney teve a oportunidade de comprar, mas queria que Yoko fosse sua sócia, já que o selo era “Lennon/McCartney”, mas Yoko achou o valor muito alto (20 milhões de libras) e Paul acabou desistindo.Com isso, a ATV (com todas as empresas associadas) foi vendida para um australiano e rebatizada como Associated Communications Corporation ou ACC. Só mais tarde, Michael Jackson comprou a ACC, que incluía várias empresas de direitos autorais de diversos artistas, inclusive as composições Lennon/McCartney. Com isso, Michael Jackson é dono de um catálogo com 263 canções dos Beatles, incluindo algumas que nem chegaram a ser gravadas por eles. Mas vale lembrar que as composições do George e do Ringo não estão nesse catálogo, já que elas pertencem a outras empresas (Harrisongs e Starling, respectivamente) e nunca fizeram parte da Northern Songs. Por Edcarlos da Silva - Fonte: http://beatlescollege.wordpress.com/
UMA LISTA PRA LÁ DE BIZZARA!
O Iron Maiden têm o melhor álbum britânico dos últimos 60 anos, segundo resultado de uma votação da distribuidora de música e vídeo HMV. Na votação, o álbum escolhido foi "The Number Of The Beast", lançado em 1982. A segunda posição também é inusitada: "Violator", do Depeche Mode. Os Beatles tiveram apenas quatro álbuns em destaque entre os 10 primeiros: em terceiro lugar ficou "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", em quarto "Abbey Road", em sexto "Revolver" e na décima posição o "White Album". "The Dark Side Of The Moon" do Pink Floyd alcançou o quinto lugar. O Queen ficou em sétimo lugar com "A Night At The Opera", logo seguido por "(What¿s the Story) Morning Glory?", do Oasis. A obra que levou Adele ao estrelato, "21", ficou em nono lugar.
Os 10 melhores álbuns britânicos nos últimos 60 anos:
Eu héin? Que listinha mais sem coerência.
PAUL McCARTNEY - RAM - 2012
Paul McCartney se isolou do enorme barulho provocado pela dissolução dos Beatles nas montanhas da Escócia e ali criou o segundo álbum de sua carreira solo, "Ram", que foi agora em uma nova versão remasterizada."É um disco que lembra meus dias de hippie e a atitude livre com a qual foi criado", afirma o músico britânico nas notas que apresentam a reedição do disco, publicado originalmente em maio de 1971, e que foi o único creditado conjuntamente a Paul e Linda McCartney. Após a gravação de "Abbey Road", quando a ruptura dos Beatles já era uma realidade, McCartney se refugiou junto com sua esposa em sua fazenda escocesa de Mull of Kintyre. Era Linda quem obrigava seu bloqueado marido a sair da cama, lavar-se e voltar a seu trabalho de músico.
E ela conseguiu. Paul criou primeiro sua estreia como artista solo com o que tornou oficial a separação dos Beatles, o minimalista "McCartney" - reeditado há um ano junto com "McCartney II" -, que saiu ao mercado em abril de 1970. Os fãs continuavam um pouco desconcertados por esse primeiro álbum quando "Ram" chegou às lojas com uma coleção de 12 canções um pouco mais elaboradas, nas quais Macca contou com a ajuda de outros músicos, como os guitarristas David Spinozza e Hugh McCracken e o baterista Denny Seiwell. Entre as canções estava "Uncle Albert/Admiral Halsey", a extravagante e genial soma de vários temas que valeu a seu autor o primeiro número um nos Estados Unidos de sua carreira solo.
Não tiveram tanta sorte outros singles do álbum, como "The Back Seat of My Car" e "Eat At Home", mas "Ram" alcançou o topo das listas de mais vendidas no Reino Unido e chegou ao número dois nos EUA. No entanto, o álbum foi engolido pela enorme polêmica suscitada pela separação dos Beatles anunciada um ano antes e certamente os fãs acharam em "Ram" elementos suficientes para reavivar o fogo. Por exemplo, na contracapa do disco aparecia uma foto de dois escaravelhos copulando que foi interpretada como expressão do estado de ânimo de McCartney em relação aos outros três Beatles, com os quais estava em litígio legal.
"Ram" começava além disso com a música "Too Many People", na qual Paul falava das pessoas que "gostavam de dar muitos sermões", em referência ao "pacifista" John Lennon da época. A resposta de Lennon não demorou e, meses depois, colocou em seu álbum "Imagine" a ofensiva "How Do You Sleep?" dirigida a seu ex-parceiro. Mas Lennon não parou aí. Em sua capa "Ram" exibe uma foto de Paul dominando um carneiro pelos chifres. Lennon incluiu em "Imagine" outra foto campestre na qual está agarrado a um porco pelas orelhas.
Passados os anos e as picuinhas que rodearam a separação do grupo mais famoso da história, "Ram" pode ser escutado agora sem todo aquele barulho que rodeou seu lançamento, com um som cristalino, totalmente remasterizado nos míticos estúdios Abbey Road. A nova edição inclui um disco adicional no qual figura "Another Day", primeiro single da carreira solo de McCartney, uma joia que segue brilhando quatro décadas após ter nascido nas montanhas da Escócia.
sábado, 26 de maio de 2012
sexta-feira, 25 de maio de 2012
THE BEATLES - FREE AS A BIRD 2012 - MUITO BOM!
"Free As A Bird" era essencialmente uma novidade em forma de single para atrair atenção para o projeto Anthology. A novidade era que seria o primeiro single dos Beatles em 25 anos e, ao menos em termos de som, reuniria novamente o grupo mais popular que o mundo já viu.
Houve uma febre de excitação da mídia em torno do lançamento, vitaminada pelo departamento de publicidade da EMI. Como dizia um press release: "O single, cujas cópias estão sob forte segurança fora do Reino Unido, será lançado mundialmente na SEGUNDA-FEIRA, 4 DE DEZEMBRO (de 1995)". Nada podia estar à altura dessas expectativas, mas, nesse caso, "Free As A Bird" era uma música plausivelmente dos Beatles (por volta de 1969), apesar das dificuldades óbvias de ser fruto de um fragmento de uma canção gravada em um toca-fitas cassete. Os eventos que culminaram na gravação começaram em 1 ° de janeiro de 1994, quando Paul telefonou para desejar feliz ano novo a Yoko Ono. Esse gesto reconciliatório gerou mais conversas e depois um encontro, quando Paul participou da inclusão de John no Rock'n'Roll Hall Of Fame. Durante esse tempo juntos, eles discutiram a possibilidade de os Beatles remanescentes trabalharem nas demos caseiras de John. Yoko ofereceu três faixas para avaliação — "Real Love", "Grow Old With Me" e "Free As A Bird". Paul conta: "Gostei imediatamente de 'Free As A Bird'. Gostei da melodia.Tinha acordes fortes, e realmente chamou minha atenção... A parte ótima é que John não a tinha terminado. No bridge ele estava só esboçando os versos que ainda não tinha. Isso significava que tínhamos de inventar algo, e que eu de fato ia trabalhar com John". John provavelmente começou a desenvolvê-la em sua casa em Nova York no final de 1977. Em 4 de outubro do mesmo ano, ele eYoko deram uma coletiva de imprensa no Japão para anunciar que ambos estavam interrompendo suas carreiras para se concentrar na criação de Sean. Diversas canções que ele começou nesse período tratavam de sua vida nova como "dono de casa". Em "I'm Stepping Out", "Watching TheWheels", "Beautiful Boy" e "CleanupTime" ele falou da estranha sensação de liberdade que sentiu ao abandonar a vida de celebridade em função das tarefas domésticas. Como muitas pessoas feridas psicologicamente no começo da vida, John buscava atenção e a rejeitava quando a recebia. Em entrevista à Rolling Stone em 1970, seu primeiro comentário foi: "Se eu pudesse ser outra coisa que não eu mesmo, eu seria. Não é bom ser artista". Seu comentário final, depois de perguntarem como ele se imaginaria aos 64 anos, seguiu a mesma linha. "Espero que sejamos um casal de velhinhos simpáticos vivendo no litoral da Irlanda ou algo assim - olhando o nosso álbum de loucuras." Para John, um lar com uma família estável era a única coisa de que nunca desfrutara. Com Sean e Yoko, ele estava determinado a cuidar do que tinha. "Free As A Bird" foi escrita para expressar sua satisfação em estar livre das exigências da vida de celebridade e da pressão artística de ter de competir com seus eus anteriores. John estava, como ele mesmo canta, "home and dry"! Para a parte do meio da música, John tinha apenas o par de frases "Whatever happened to/The life that we once knew?", versos que recordam a crença manifestada em "Help!", "Strawberry Fields Forever" e "In My Life" de que a infância tinha sido o momento mais idílico de sua vida. Os versos acrescentados por Paul subvertem essa linha de pensamento, transformando-o no desejo por uma relação restaurada - presumivelmente a dele com John. A gravação ocorreu em fevereiro e março de 1994 no estúdio de Paul em Sussex, com crédito de produção compartilhado entre os Beatles e Jeff Lynne, antigo vocalista e guitarrista da Electric Light Orchestra. O cassete original de John foi passado para fita, e o som, remasterizado digitalmente. "Depois tomamos a liberdade de reforçar a música com diferentes mudanças de acorde e arranjos diferentes", conta George Harrison. O projeto foi tratado como se John ainda estivesse vivo, e ele e Paul ainda mexessem nas músicas inacabadas um do outro. "Nós inventamos uma situação de férias", diz Paul. "Eu telefonei para Ringo e disse: vamos fingir que John saiu de férias, mandou uma fita e disse 'terminem para mim'." George Martin, que produziu todos os outros singles dos Beatles, deu uma bênção cautelosa, mas sentiu que faltava dinamismo porque eles não tinham conseguido separar o piano e a voz na fita cassete com sucesso e colocá-los em uma marcação de tempo rígida para facilitar o overdub. "Eles esticaram e comprimiram e reviraram até que virasse uma batida de metrônomo em tempo de valsa comum. O resultado é que, para esconder as partes ruins, eles tiveram de remendar bem para que o produto final fosse um som denso e homogêneo e quase sem interrupção", ele conta. "Free As A Bird" chegou ao número 2 das paradas britânicas e ao número 6 nos EUA.
Fonte: "The Beatles - A história por trás de todas as canções" - Steve Turner
Fonte: "The Beatles - A história por trás de todas as canções" - Steve Turner
Música mavilhosamente linda que é, Free as a Bird não poderia ser lançada sem um vídeo clipe simplesmente maravilhoso e à altura. O vídeo possui uma técnica de direção de fotografia inovadora, pois a câmera segue todo o tempo na primeira pessoa, tomando lugar da ave (Bird) que voa livre por Liverpool e Londres, mostrando toda a trajetória da banda e os lugares por onde os Fab Four passaram ao longo da infância e durante o tempo que estiveram juntos. Referências a Penny Lane, Paperback Writer, A Day in The Life, Eleanor Rigby e Helter Skelter são facilmente vistas, mas existem ao todo quase 100 referências à música dos Beatles ao longo do vídeo, que foi produzido por Vincent Joliet e dirigido por Joe Pytka. Como não poderia ser diferente, o vídeo ganhou o Grammy Award for Best Short Form Music Video em 1997.
IMPERDÍVEL! UNDER THE INFLUENCE
Esse disco é uma maravilha para fãs curiosos que não conhecem ou nunca ouviram as versões originais das músicas que os Beatles regravaram. UNDER THE INFLUENCE -THE ORIGINAL VERSIONS OF THE SONGS THE BEATLES COVERED. O nome já diz. Um álbum indispensável para os velhos fãs, para o novos, ou apenas apreciadores da boa música pop. É curioso ouvir essas gravações originais (algumas bem raras!) e observar como os Beatles eram espertos na escolha do repertório e estavam tão na frente do seu tempo na hora de gravá-las. É sempre bom lembrar que quase todas essas músicas estão completando ou tem mais de 50 anos. Algumas faixas são excelentes como Please Mr. Postman, Baby It’s You e Slow Down. Outras são meio chatinhas como Chains, Boys e A Taste Of Honey. Mas, de tudo, o que mais impressiona mesmo é o tanto que os Beatles eram bons e como suas versões são tão melhores que qualquer das versões originais. De qualquer forma, tire suas conclusões. Vale à pena.
PARA BAIXAR O DISCÃO, CLIQUE:
“UM PESTINHA SACANA” – BAD BOY
"Bad Boy" é um clássico do Rock and Roll composto e gravado por Larry Williams no Radio Recorders em Hollywood, no dia14 de agosto de 1958. Participaram da gravação: o próprio Williams nos vocais e piano, Earl Palmer, bateria, Rene Hall na guitarra, Jewell Grant no sax barítono, Plas Johnson no sax tenor, e Ted Brinson no baixo. O compacto de Williams trazia "She Said Yeah" no lado B, regravada depois pelos Rolling Stones e The Animals, e 200 anos depois por Paul McCartney no indefectível Run Devil Run. "Bad Boy" foi uma das várias canções de Larry Williams que os Beatles gravaram durante os primeiros anos. Junto com "Dizzy Miss Lizzy", "Bad Boy" foi gravada pelos Beatles em 10 de maio de 1965, (aniversário de Larry Williams) e foi originalmente planejada para ser lançada exclusivamente nos EUA. No entanto, "Dizzy Miss Lizzy" fechou o lado B do álbum Help!. "Bad Boy" apareceria no "Beatles VI" em junho de 1965. E finalmente foi lançada no Reino Unido no álbum "A Collection of Beatles Oldies" em dezembro de 1966. "Bad Boy" também aparece no álbum "Past Masters, Volume One" de 1988. A gravação dos Beatles apresenta John Lennon arrasando no vocal principal e destruindo sua guitarra rítmica, Paul McCartney no baixo, George Harrison com a guitarra "dobrada" e Ringo Starr na bateria e pandeiro. A banda canadense de rock progressivo "Rush" também gravou uma versão com arranjo meio Led Zeppelin.
ODAIR JOSÉ RIDES AGAIN!
Cantor diz que o brega não é vertente, muito menos seu estilo musical. Produzido por Zeca Baleiro, ele lança ‘Praça Tiradentes’, seu 35° álbum.
Odair José tem um repertório de mais de 400 músicas lançadas, o suficiente, segundo ele, para uma estabilidade financeira que permite gravar apenas o que gosta - uma liberdade autoral que poucos artistas podem alegar honestamente que têm. Justamente por isso, ficou cinco anos sem produzir um disco de inéditas. Estimulado (e convencido) por Zeca Baleiro, músico e amigo, ele lançou neste mês "Praça Tiradentes", seu 35° álbum."Existe inspiração do compositor. Eu estou lançando um CD depois de cinco anos. Já gravei 34 discos e fiz mais de 400 músicas. Não preciso ficar recriando minha história", assevera ele.Em 1970, Odair apimentou a dor de cotovelo, senso comum nas canções românticas, ao falar sobre anticoncepcional e prostitutas. É autor de sucessos como "Cadê você", que voltou a ser hit em 90 na voz da dupla Leandro e Leonardo. Por todos os feitos na cultura popular, foi chamado de “cantor das empregadas domésticas” e “Bob Dylan da Central do Brasil”. Nenhum dos codinomes o agrada.“Nunca entendi essa comparação. Bob tem letras fantásticas, está acima de 10 Chicos Buarques. Eu não tenho essa capacidade. Faço boleros, assim como os Beatles e o Roberto Carlos. Se Paul McCartney fosse brasileiro, também teria sido tachado de brega.”Na visão do cantor, suas composições não alcançaram apenas um extrato social. Usou como matéria-prima os temas de uma época e se define como “cronista da realidade”. Para ele, difícil não é compor com requinte. “O complicado mesmo é fazer o povo sair cantando e não esquecer o que você produziu. Música elaborada é muito mais fácil de fazer.”Embora não se incomode em ser reconhecido como um dos reis do brega, não acha que o adjetivo seja sinônimo de uma vertente musical. Na visão do cantor, ele e os demais foram jogados em um balaio sem sentido e preconceituoso. Intelectuais e críticos desqualificaram o trabalho que fazia por conta da penetração de suas canções na baixa renda.“Brega é uma coisa mal feita, sem qualidade, e isso tenho certeza não faço. Já fui cantor das prostitutas, das empregadas. Eu apenas faço meu trabalho e sempre quero que seja bem feito. Minha música é simples, entendida e aceita por um público também simples. É muito mais difícil ser cantor de brega do que de bossa nova.“Sem formação específica, Odair aprendeu a ser músico e compositor sozinho, ou “na rua”, onde acredita ter sido formado. Ao cantar em bares e bordéis, conheceu e conviveu com todo tipo de público. Uma de suas canções mais famosas, “Vou tirar você deste lugar”, sucesso nos anos 70, conta a história do que via ao se apresentar em boates no Rio de Janeiro.“Era comum, eu sabia de muitos casos de homens que se apaixonavam por prostitutas e sonhavam em se casar com elas, tirá-las dessa vida. Compus baseado no que eu via, ouvia enquanto trabalhava.”Como a maioria dos cantores românticos, defende que é preciso sentir para escrever e tocar, mas nem sempre suas letras refletem um episódio pessoal. Ele afirma que tem um carinho muito especial pelas prostitutas e não nega que também tenha se envolvido com algumas durante a vida, mas garante que seu maior sucesso não é autobiográfico. (No vídeo, Odair comenta sobre seu processo de composição em entrevista ao programa Fantástico em outubro de 1975).“Toquei em tudo quanto é boate no Rio. Naquela época não tive relação com nenhuma moça porque eu era apenas o cara do violão. Não tinha dinheiro para ficar com nenhuma delas. Posteriormente, sim.”Produzido pelo persuasivo Zeca Baleiro, quem convenceu Odair a lançar um novo disco de inéditas, o trabalho durou dois anos e apresenta duas parcerias entre os cantores – uma delas volta a falar sobre garotas de programa.“Eu relutei em fazer a melodia dessa música, é a terceira vez que gravo sobre o tema, mas acabei fazendo pela amizade com o Zeca Baleiro, que já tinha escrito a canção.” A inspiração de Baleiro veio durante uma gravação no programa Altas Horas, na Rede Globo. Zeca e Odair foram os convidados, junto com Bruna Surfistinha.“Assistindo ao Odair cantar 'Vou tirar você deste lugar', com a Bruna lá no programa, achei tudo muito interessante, irônico e acabei escrevendo, mas não fizemos a música para ela”, explica Zeca Baleiro, que define a produção como um disco “super rock and roll.”
“Praça Tiradentes”, nome do novo álbum, lançado no ínicio deste mês, é uma homenagem ao Rio, cidade onde Odair foi morar e tentar a vida como músico aos 17 anos. “É uma pequena biografia, conta minha história.” Com o produto ainda quente no mercado, espera conseguir licença para tocar as novidades nos shows, já que o público sempre clama pelos grandes sucessos.Ele garante que grava, hoje, por prazer e apenas quando sente que tem algo a dizer. “Estou entre os 20 homens que mais fizeram dinheiro neste país. Gosto de fazer shows e ganho com isso, mas o que construí (direitos autorais) deixaria até meus netos com estabilidade. Só produzo quando tenho vontade. Há momentos em que quero ficar calado.”
Esta foi a 2ª vez que Odair apareceu aqui, a 1ª foi no dia 16 de agosto de 2011, com a música "Eu Queria SerJohn Lennon". Para quem quiser conferir, o link é:http://obaudoedu.blogspot.com.br/2011/08/odair-jose-eu-queria-ser-john-lennon.html
quinta-feira, 24 de maio de 2012
BOB DYLAN COMPLETA 71 ANOS. CONGRATULATIONS!
Robert Allen Zimmerman, o gênio mais conhecido como Bob Dylan completa hoje 71 anos. Parabéns, velho Bob. Espero que muitos anos ainda estejam pela frente.
O ENCONTRO DOS BEATLES COM BOB DYLAN
Trecho do livro "The Love You Make" de Peter Brown - A Vida Escandalosa dos Beatles
Em 28 de agosto de 1964, em evento ligeiro mas auspicioso ocorreu no Hotel Delmonico, de Nova Iorque, que iria afetar a cosnciência do mundo: Bob Dylan fez os Beatles experimentarem Marijuana pela primeira vez na vida. Antes disso, eles rejeitavam a macconha até com paixão; no que lhes dizia respeito, os que fumavam maconha eram viciados, para eles na mesma categoria dos viciados em heroína. Pouco depois da conversão feita por Dylan, eles começaram a compor sob o efeito da erva. Dylan lhes forneceu a chave que abriria uma porta para uma nova dimensão na música pop, e eles levaram a juventude do mundo inteiro a cruzar essa porta com eles. John Lennon há muito tempo esperava conhecer Bob Dylan, apesar de não tanto quanto desejava conhecer Elvis Presley. Para John, Elvis era um Deus que atingira um grau indescritível de santidade. Dylan era um contemporâneo, e para John, apenas um outro competidor, apesar da pontada de inveja que John sentia pelo dom que Dylan tinha para construir suas letras. Fazia pouco tempo que John começara a sentir um interesse especial em escrever suas próprias letras; sua primeira canção introspectiva, autobiográfica, foi Ill Cry Instead, feita para a trilha sonora do primeiro filme dos Beatles, A Hard Day’s Night (Os Reis do Iê-iê-iê), mas que não chegou a ser editada.Eles foram apresentados por um amigo comum, o escritor Al Aeronowitz, que foi um dos primeiros jornalistas a verdadeiramente escrever sobre música pop. Aronowitz fizera amizade com John na primavera anterior, em Londres, enquanto escrevia sobre ele para o Saturdey Evening Post. Nessa época John disse a Aeronowitz que gostaria de conhecer Bob Dylan, mas somente “em seus próprios termos”, pois John achava que se tornara seu “ego gêmeo”. Naquele 28 de agosto, depois de ter tocado no Forest Hill Tennis Stadium, e depois das caras sorridentes dos Beatles terem aparecido na capa do Life, John estava pronto. Aeronowitz chegava de Woodstock, com Dylan, numa perua Ford azul, dirigida por Victor Mamoudas, empresário das turnês de Dylan e seu grande amigo pessoal. No lobby do hotel se viram cercados por uma escolta de dois policiais que os acompanhou até o andar dos Beatles.Quando a porta do elevador se abriu, Dylan e companhia ficaram chocados de ver ainda mais policiais, além de uma dúzia de pessoas conversando alegremente e tomando drinques. Deste grupo, que esperava para poder entrar na suíte dos Beatles, faziam parte vários repórteres, disc-jockeys e os grupos The Kingston Trio e Peter, Paul e Mary.Dylan era mais baixo do que os rapazes pensavam. Após desajeitadas apresentações, oficiadas pelo empresário Brian Epstein, a tensão e o embaraço naquele quarto eram palpáveis. Brian levou os convidados até o living, numa tentativa de evitar que a noite naufragasse. Ele perguntou a Dylan e amigos o que gostariam de beber, e Dylan respondeu: “Vinho barato.”Enquanto alguém foi arranjar o vinho, mencionou-se obliquamente que havia algumas pílulas estimulantes em disponibilidade, mas Dylan e Aeronowitz reagiram fortemente contra essa idéia. Ambos eram na época convictamente antiquímicos, especialmente bolinhas. Já os Beatles tomavam esses estimulantes, nem tanto como drogas, mas como um auxílio para segurar a barra de intermináveis compromissos artísticos e sociais. Em lugar das pílulas, sugeriu Dylan, talvez eles gostassem de experimentar algo orgânico e verde, nascido do doce e macio seio da Mãe Terra. Brian e os Beatles olharam uns para os outros com apreensão. “Nunca fumamos maconha antes”. Brian finalmente admitiu. Dylan olhou, sem acreditar, de um rosto para o outro. “Mas e a canção de vocês?”, perguntou. “Aquela em que vocês dizem que ficam altos?”Os Beatles estavam estupefatos. “Que canção?”, John conseguiu perguntar. Dylan disse: “Você sabe...”, e em seguida cantou: “And when I toutch you I get high, I get high, I get high...”John enrubesceu de tanto constrangimento. Dylan se referia ao grande sucesso da primeira fase dos Beatles, I Wanna Hold Your Hand. “As palavras não essas”, disse John. “São ‘I can’t hide, I can’t hide, I can’t hide’...” O embaraço era total. A confusão de Dylan entre I can’t hide e I get high (não consigo entender e fico alto) demonstrava que fora traído pelo subconsciente, ou talvez fosse aquilo que em língua inglesa se chama wishful thinking, e que poderia ser traduzido, com alguma dificuldade, por "pensamento tendencioso".Dylan resolveu quebrar a tensão acendendo o primeiro baseado. Após dar instruções sobre como se devia fumar, passou-o para John, John pegou o bagulho, mas estava com medo de ser o primeiro a experimentar, e passou-o para Ringo, a quem chamou de “meu provador real”. Ringo mandou ver, e queimou o baseado inteiro sozinho, enquanto Dylan e Aeronowitz enrolavam mais uma meia dúzia.Ringo começou a rir primeiro, provocando a liberação dos outros. Tal como a maioria dos que fumam maconha pela primeira vez, eles achavam muita graça nas coisas mais triviais. Dylan ficou olhando durante horas enquanto os Beatles estouravam de rir, Às vezes com algo autenticamente engraçado, mas na maioria dos casos com pouco mais que um olhar, uma palavra ou uma pausa na conversa. Meses depois, “vamos rir um pouco” virou código para “vamos fumar maconha”.
Em 28 de agosto de 1964, em evento ligeiro mas auspicioso ocorreu no Hotel Delmonico, de Nova Iorque, que iria afetar a cosnciência do mundo: Bob Dylan fez os Beatles experimentarem Marijuana pela primeira vez na vida. Antes disso, eles rejeitavam a macconha até com paixão; no que lhes dizia respeito, os que fumavam maconha eram viciados, para eles na mesma categoria dos viciados em heroína. Pouco depois da conversão feita por Dylan, eles começaram a compor sob o efeito da erva. Dylan lhes forneceu a chave que abriria uma porta para uma nova dimensão na música pop, e eles levaram a juventude do mundo inteiro a cruzar essa porta com eles. John Lennon há muito tempo esperava conhecer Bob Dylan, apesar de não tanto quanto desejava conhecer Elvis Presley. Para John, Elvis era um Deus que atingira um grau indescritível de santidade. Dylan era um contemporâneo, e para John, apenas um outro competidor, apesar da pontada de inveja que John sentia pelo dom que Dylan tinha para construir suas letras. Fazia pouco tempo que John começara a sentir um interesse especial em escrever suas próprias letras; sua primeira canção introspectiva, autobiográfica, foi Ill Cry Instead, feita para a trilha sonora do primeiro filme dos Beatles, A Hard Day’s Night (Os Reis do Iê-iê-iê), mas que não chegou a ser editada.Eles foram apresentados por um amigo comum, o escritor Al Aeronowitz, que foi um dos primeiros jornalistas a verdadeiramente escrever sobre música pop. Aronowitz fizera amizade com John na primavera anterior, em Londres, enquanto escrevia sobre ele para o Saturdey Evening Post. Nessa época John disse a Aeronowitz que gostaria de conhecer Bob Dylan, mas somente “em seus próprios termos”, pois John achava que se tornara seu “ego gêmeo”. Naquele 28 de agosto, depois de ter tocado no Forest Hill Tennis Stadium, e depois das caras sorridentes dos Beatles terem aparecido na capa do Life, John estava pronto. Aeronowitz chegava de Woodstock, com Dylan, numa perua Ford azul, dirigida por Victor Mamoudas, empresário das turnês de Dylan e seu grande amigo pessoal. No lobby do hotel se viram cercados por uma escolta de dois policiais que os acompanhou até o andar dos Beatles.Quando a porta do elevador se abriu, Dylan e companhia ficaram chocados de ver ainda mais policiais, além de uma dúzia de pessoas conversando alegremente e tomando drinques. Deste grupo, que esperava para poder entrar na suíte dos Beatles, faziam parte vários repórteres, disc-jockeys e os grupos The Kingston Trio e Peter, Paul e Mary.Dylan era mais baixo do que os rapazes pensavam. Após desajeitadas apresentações, oficiadas pelo empresário Brian Epstein, a tensão e o embaraço naquele quarto eram palpáveis. Brian levou os convidados até o living, numa tentativa de evitar que a noite naufragasse. Ele perguntou a Dylan e amigos o que gostariam de beber, e Dylan respondeu: “Vinho barato.”Enquanto alguém foi arranjar o vinho, mencionou-se obliquamente que havia algumas pílulas estimulantes em disponibilidade, mas Dylan e Aeronowitz reagiram fortemente contra essa idéia. Ambos eram na época convictamente antiquímicos, especialmente bolinhas. Já os Beatles tomavam esses estimulantes, nem tanto como drogas, mas como um auxílio para segurar a barra de intermináveis compromissos artísticos e sociais. Em lugar das pílulas, sugeriu Dylan, talvez eles gostassem de experimentar algo orgânico e verde, nascido do doce e macio seio da Mãe Terra. Brian e os Beatles olharam uns para os outros com apreensão. “Nunca fumamos maconha antes”. Brian finalmente admitiu. Dylan olhou, sem acreditar, de um rosto para o outro. “Mas e a canção de vocês?”, perguntou. “Aquela em que vocês dizem que ficam altos?”Os Beatles estavam estupefatos. “Que canção?”, John conseguiu perguntar. Dylan disse: “Você sabe...”, e em seguida cantou: “And when I toutch you I get high, I get high, I get high...”John enrubesceu de tanto constrangimento. Dylan se referia ao grande sucesso da primeira fase dos Beatles, I Wanna Hold Your Hand. “As palavras não essas”, disse John. “São ‘I can’t hide, I can’t hide, I can’t hide’...” O embaraço era total. A confusão de Dylan entre I can’t hide e I get high (não consigo entender e fico alto) demonstrava que fora traído pelo subconsciente, ou talvez fosse aquilo que em língua inglesa se chama wishful thinking, e que poderia ser traduzido, com alguma dificuldade, por "pensamento tendencioso".Dylan resolveu quebrar a tensão acendendo o primeiro baseado. Após dar instruções sobre como se devia fumar, passou-o para John, John pegou o bagulho, mas estava com medo de ser o primeiro a experimentar, e passou-o para Ringo, a quem chamou de “meu provador real”. Ringo mandou ver, e queimou o baseado inteiro sozinho, enquanto Dylan e Aeronowitz enrolavam mais uma meia dúzia.Ringo começou a rir primeiro, provocando a liberação dos outros. Tal como a maioria dos que fumam maconha pela primeira vez, eles achavam muita graça nas coisas mais triviais. Dylan ficou olhando durante horas enquanto os Beatles estouravam de rir, Às vezes com algo autenticamente engraçado, mas na maioria dos casos com pouco mais que um olhar, uma palavra ou uma pausa na conversa. Meses depois, “vamos rir um pouco” virou código para “vamos fumar maconha”.
Link para A VIDA ESCANDALOSA DOS BEATLES:
MARK CHAPMAN MUDOU DE ENDEREÇO
Mark David Chapman, que assassinou John Lennon na noite do dia 8 de dezembro de 1980, foi transferido de prisão na semana passada, terça, 15. Há 31 anos Chapman cumpria pena na prisão de segurança máxima Attica (Attica State), em Nova York, e foi transferido para a prisão Wende, no mesmo Estado americano. A causa da mudança não foi divulgada. Segundo um porta-voz do órgão do governo responsável pelas prisões em Nova York, os presos podem ser transferidos periodicamente "por razões variadas".
"Se eles estiverem cumprindo uma sentença longa, como o senhor Chapman, há uma grande probabilidade de que isso [a mudança] ocorra, como aconteceu", disse o porta-voz. Chapman, que atirou em Lennon em frente ao edifício Dakota, onde o cantor morava com Yoko Ono, cumpre sentença desde 1981. Ele tentou por seis vezes obter liberdade condicional, mas teve seu pedido negado em todas as oportunidades. Chapman pode entrar com o pedido a cada dois anos desde 2000, quando completou a pena mínima de 20 anos. Caso não receba o benefício da liberdade condicional, Chapman ficará em prisão perpétua. Em 2010, a justiça americana recusou pela última vez o pedido de liberdade, afirmando que o crime cometido por Chapman foi "premeditado, sem sentido e um ato egoísta com consequências trágicas". Na ocasião, Yoko Ono enviou uma carta à penitenciária pedindo para que ele não fosse libertado. A próxima audiência para condicional está marcada para agosto deste ano.
Assinar:
Postagens (Atom)