quarta-feira, 31 de julho de 2013
ÚLTIMO DIA DA PROMOÇÃO - NÃO DEIXE DE PARTICIPAR
Hoje, à meia-noite termina a promoção do mês de julho onde os freqüentadores que fizeram comentários durante o mês, participarão de um sorteio amanhã 1/08 correndo o risco de um deles ser o feliz ganhador do superlivrão “CAN’T BUY ME LOVE – Os Beatles, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos” de Jonathan Could. Por isso, quem ainda não está participando, trate de se apressar. É hoje só! VAMO LÁ NEGADA!
OS BEATLES SÃO MAIS POPULARES QUE JESUS CRISTO!
Tavez, nesses tempos com tanta tecnologia, seja difícil para os mais novos entender completamente o tamanho do incrível poder da Beatlemania naqueles anos. No auge de sua popularidade, na primavera de 1966, boa parte do público americano demonstrou como esse amor avassalador poderia se transformar em ódio muito rapidamente. Em 04 de março de 1966, esta citação de John Lennon, apareceu em uma entrevista feita pela repórter Maureen Cleave no London Evening Standard para uma matéria "Como Vive um Beatle? Eu vivo assim - John Lennon".
Quando Lennon disse isso, este pequeno trecho fazia parte de toda uma explanação sobre o cristianismo. Na Inglaterra não houve problemas, porém quase cinco meses depois, em 29 de julho, uma revista teen americana, "Datebook", publicou novamente a citação fora do contexto como parte de uma matéria de capa intitulada "Os Dez Adultos Que Você Mais Odeia".
O inferno começou. Estações de rádio no sul baniram a música dos Beatles. Em 31 de julho, os noticiários da BBC exibiram cristãos fanáticos em Birmingham, no Alabama, queimando discos dos Beatles em uma grande fogueira, da mesma forma que os nazistas queimavam livros. E a coisa só foi piorando. No dia 6 de agosto, Brian foi aos Estados Unidos para tentar contornar os problemas causados pelos comentários de John. Temia-se que a turnê no país tivesse que ser cancelada. Até essa data, 30 estações de rádio americanas já haviam excluído os Beatles de suas programações.
Os discos dos Beatles foram proibidos de ser executados também na África do Sul, sob a alegação de que os comentários, supostamente antirreligiosos, de John feriram o regime do apartheid. O veto durou cinco anos e, quando expirou, os Beatles já haviam se separado. Depois de vários dias sob pressão e muita tensão, finalmente os Beatles chegam nos Estados Unidos no dia 11 de agosto de 1966, fazendo uma escala em Boston e, chegando em Chicago às 16h18.
Quase toda a imprensa e todas as três redes de televisão estavam esperando a banda em Chicago, e não falavam de outro assunto que não fosse a declaração sobre Jesus. Os Beatles tiveram de fazer um entrevista coletiva, transmitida ao vivo, no 27º andar do Astor Towers Hotel, onde ficaram hospedados. John estava visivelmente constrangido, pois estava sendo obrigado a se desculpar por algo que os americanos haviam tirado do contexto.
John Lennon alegou ter sido mal interpretado, e se explicando logo depois: "Olhe, não sou antideus, nem anticristo, nem antireligião" disse ele. "Eu não quis dizer que os Beatles são melhores que Deus ou Jesus. Apenas usei o nome dos Beatles, pois para mim é mais fácil falar sobre os Beatles. Eu poderia ter citado a 'TV' ou o 'cinema' ou 'carros de corrida' ou qualquer outra cois que fosse popular e teria me saído bem dessa. Sim, eu acredito que Deus é como uma usina de força, que ele é um poder supremo, que não é nem bom nem ruim, nem de direita nem de esquerda, nem branco nem preto, Ele simplesmente É. Eu não disse aquilo que dizem que eu disse e, realmente, me arrependo de tê-lo dito. Eu não pretendia que minhas palavras fossem um desprezível comentário antirreligioso. Por tudo que tenho lido e observado, parece-me que o cristianismo está enfraquecendo, perdendo contato", declarou John, ao que um repórte respondeu: "O DJ de Birmingham, no Alabama, um dos que deu início a toda essa repercussão, exige que você peça desculpas". "Pois não, peço desculpas", respondeu John.
Em 13 de agosto, a estação de rádio Station KLUE, de Longview, aderiu - tardiamente - à onda de manifestações contra os Beatles e organizou uma queima pública de discos da banda. O diretor da estação declarou: "Estamos pedindo aos adolescentes da região para que tragam seus discos e quaisquer outros símbolos da popularidade dos Beatles, para serem queimados em uma fogueira pública, na noite de sexta-feira, 13 de agosto". O dia e o mês do cachorro-louco. Eu, héin?
terça-feira, 30 de julho de 2013
THE BEATLES - PAPERBACK WRITER - DEMAIS!
“Paberback Writer” foi lançada como Lado A de um single que tinha "Rain" como Lado B, alcançou o topo das paradas britânica e americana. Mais tarde, foi incluída nos álbuns “Hey Jude”, “The Beatles 1962–1966”, “Past Masters, Volume Two” e “1”.
Primeiro single dos Beatles cuja temática não era o amor ("Nowhere Man" tinha sido a primeira canção), "Paperback Writer" contava a história de um romancista implorando a um editor que aceite seu livro de mil páginas. A composição da canção é creditada a Lennon/McCartney, embora muitos acreditem que a canção tenha sido escrita apenas por Paul. Entretanto, em entrevista na década de 90, ele esclareceu a questão: "Eu cheguei à casa de John e lhe falei sobre a ideia de escrever uma canção sobre um autor, como uma carta para um editor. Então, nós fomos à sala de música dele e colocamos a melodia. Posteriormente, John e eu nos sentamos e terminamos a canção, mas ela foi creditada a mim porque a ideia original era minha". "Paperback Writer" foi surpreendente na época por ser um single pop com um tema tão incomum e uma levada tão boa.
Paul disse que sempre gostou do som das palavras "paperback writer" e decidiu criar sua história em torno da expressão. O estilo epistolar da canção surgiu durante uma viagem de carro. "Assim que cheguei, disse a ele que queria que escrevêssemos uma música como se fosse uma carta", ele conta.Tony Bramwell recorda que a inspiração para boa parte da letra veio de uma carta real mandada a Paul por um aspirante a escritor.
As brochuras tinham causado uma revolução editorial, tornando os livros acessíveis a pessoas que teriam considerado as edições de capa dura caras demais. O poeta Royston Ellís, primeiro autor publicado que os Beatles conheceram quando tocaram para acompanhar sua poesia em 1960, está convencido de que Paul se agarrou à expressão “paperback writer” a partir das conversas dos dois. "Apesar de eu escrever livros de poesia na época, se me perguntassem o que eu queria ser, eu sempre dizia um 'escritor de brochuras' porque era o que você tinha de ser se quisesse atingir o grande público", conta Ellis, que se tornou escritor de guias de viagem e romances comerciais. "Minha ambição era ser um escritor que vendesse seus livros e ganhasse dinheiro com isso. Era o meu equivalente para a ambição deles de fazer um single que vendesse um milhão."
Assim como muitas composições de Paul, a letra era guiada mais pelo som das palavras do que pela lógica da narrativa. Interpretada literalmente, é sobre um autor que tinha escrito um livro baseado em um romance sobre um escritor de brochuras. Em outras palavras, é um romance baseado em um romance sobre um homem escrevendo um romance que, por sua vez, é presumivelmente baseado em um romance sobre um homem escrevendo um romance. O "homem chamado Lear" provavelmente é uma referência a Edward Lear, pintor vitoriano que, apesar de nunca ter escrito um romance, escreveu poemas e canções nonsense que John começou a ler quando críticos especularam que o autor o havia influenciado em In His Own Write. O Daily Mail recebe uma menção porque era o jornal que John lia. As matérias do Daily Mail mais tarde serviriam de inspiração para duas músicas de Sgt Pepper.
A principal inovação musical em "Paperback Writer" era o uso do recurso "boost" no baixo, que possibilitou que o instrumento ganhasse um raro protagonismo na banda. Através de algumas inovações no estúdio feitas pelo engenheiro de som Ken Townsend, o baixo se tornou o instrumento mais proeminente da faixa, na linha do que faziam instrumentistas que acompanhavam Otis Redding e Wilson Pickett. Os backing vocais foram inspirados por Pet Sounds, dos Beach Boys. John e Paul receberam uma cópia do disco antes que ele fosse lançado. "Paperback Writer" foi um single número 1 em vários países, incluindo a Inglaterra, os Eua, Alemanha e Austrália.
TOM PETTY AND THE HEARTBREAKERS - I WON'T BACK DOWN
Em 1988, Tom Petty tornou-se membro da família Wilbury. Parte essencial do supergrupo Traveling Wilburys, que ainda tinha: George Harrison, Bob Dylan, Roy Orbison e Jeff Lynne. Só barras pesadas! Os Wilburys lançaram o seu primeiro álbum no final de 1988 e o seu som tornou-se modelo para a carreira-solo de Petty a partir de então. "Full Moon Fever", foi produzido pelo genial criador da Electric Light Orchestra - Jeff Lynne, com o apoio dos Heartbreakers. O ábum possui um som limpo e está cheio de harmonias vocais brilhantes, teclados e guitarras e até hoje ainda é considerado um disco admirável, atraente e iImprescindível em qualquer discoteca do bom Rock and Roll. Chegou ao número 03 nos Tops americanos, foi tripla platina e gerou sucessos como "I Won't Back Down", "Runnin'Down a Dream", "Free Fallin'" e “A Face in the Crowd".
LEE EASTMAN - PAI DE LINDA McCARTNEY
Lee Eastman, nascido Leopold Vail Epstein, aos 12 de janeiro de 1910, foi um respeitado advogado de Nova York que teve entre seus clientes grandes astros do show business, como David Bowie e Billy Joel, além de ser responsável pelo espólio do escritor Tennessee Willians. Foi também um dedicado colecionador de obras de arte. Era filho do russo Louis Epstein e de Stella (Freyer) Epstein (nada a ver com o conhecido Brian Epstein) e único irmão de Emmaline e Rose. Casou-se com Louise Linder, herdeira do imenso patrimônio da Lindner Department Store. Juntos, tiveram quatro filhos, dentre eles John Eastman e Linda Eastman, que mais tarde seria conhecida como Linda McCartney, a falecida esposa de Paul McCartney. Portanto, Lee é avô materno dos quatro filhos do casal McCartney: Heather, filha de Linda adotada por Paul, a fotógrafa Mary, a estilista Stella e o músico e escultor James
O escritório de advocacia Eastman & Eastman foi responsável pela ação que tratava da separação oficial dos Beatles como representante de Paul McCartney. Pouco antes da dissolução da banda, Lee Eastman assumiu a função de gerente de negócios, então a ação que tratou da separação judicial da banda foi conduzida pelo seu filho John Eastman.
Em 1969, período em que a empresa dos Beatles, Apple Corps, atravessava sérios problemas, Eastman e Allen Klein foram convocados para tomar as rédeas da empresa e da carreira da banda. John Lennon ficou impressionado com o conhecimento que Klein obtinha sobre as letras das suas músicas e isso, naturalmente, fez com que Klein favorecesse os interesses de John. George e Ringo também se juntaram a John na preferência por Klein na condução da Apple, enquanto Paul optava pelos serviços de Eastman. Como era minoria, prevaleceu a vontade dos outros Beatles e Klein assumiu o controle da Apple e também das carreiras pessoais de John, George e Ringo. Pouco tempo depois a improvável parceria Eastman/Klein chegava ao fim e eles passaram a agir de lados opostos. Klein e a maioria contra Eastman e o solitário Paul McCartney. Klein obteve grande sucesso com os Beatles e juntos faturaram mais dinheiro durante o seu curto período com a banda do que nos tempos de Brian Epstein. É claro que em pouco tempo a máscara caiu e Klein deixou a Apple levando alguns punhados de milhões de dólares.
Enquanto isso tudo andava bem para o lado dos Eastman, já que administrar a carreira solo do Beatle mais rico de todos rendeu também bons dividendos para Lee Eastman e seu filho. Os McCartney também não tinham do que reclamar. Em 1984, Paul citou exemplos de conselhos recebidos por Lee Eastman para justificar parte do sucesso dos Investimentos da MPL. Ele orientou Paul a atuar também como editor musical. Paul estimou que metade dos seus rendimentos vieram das gravações e a outra metade de direitos autorais das músicas que comprou. O pai de Linda McCartney faleceu no dia 30 de julho de 1991, de câncer.
segunda-feira, 29 de julho de 2013
MUSSUM – ESSE CARA ERA ENGRAÇADIS
Outro artista brasileiro famoso que também partiu no dia 29 de julho, só que em 1994 foi Antônio Carlos Bernardes Gomes, muito mais conhecido pelo nome artístico “Mussum”. Como músico foi membro do grupo de samba “Os Originais do Samba” e como humorista, do grupo “Os Trapalhões”. Mussum foi considerado por muitos o mais engraçado dos Trapalhões. No programa, popularizou o seu modo particular de falar, acrescentando as terminações "is" ou "évis" a palavras arbitrárias (como forévis, cacíldis, coraçãozis) e pelo seu inseparável "mé" (que era sua gíria para cachaça). Mussum morreu em 29 de julho de 1994, aos 53 anos, não resistindo a um transplante de coração, e foi sepultado em São Paulo. Deixou um legado de 27 filmes com Os Trapalhões, além de mais de vinte anos de participações televisivas.
domingo, 28 de julho de 2013
THE BEATLES - MAD DAY OUT - UM DIA NA VIDA
O dia 28 de julho de 1968 (domingo) entrou para a história como “MAD DAY OUT”, um dia em que os Beatles saíram completamente da rotina (as gravações do álbum branco) para passarem o dia sendo fotografados por alguns fotógrafos comandados pelo experiente Don McCullin em em St Pancras Gardens, em Londres.
Precisavam fazer essas fotos porque sabiam que seu material de divulgação para o novo disco da Apple estavam velhas, e mostravam uma imagem “ultrapassada”. Várias dessas fotos foram usadas para a promoção de novos singles e o próximo álbum, o “Branco”.
Naquele dia, eles fizeram o que tinham de fazer: relaxaram, e aceitaram bem às sessões com tantos fotógrafos. Todos se comportaram bem e a imagem que passavam era a de que estavam felizes. Os Beatles escolheram Don McCullin (veterano de guerras) como fotógrafo oficial. Mas também havia mais outro grupo de fotógrafos: Tom Murray, Tony Bramwell, Ronald Fitzgibbon e Stephen Goldblatt.
Com seu estilo característico, McCullin usou cerca de 15 rolos de filme para registrar a banda da Old Street até a área de Limehouse, voltando até a casa de Paul no bairro St. John’s Wood. Embora a existência das fotos fosse conhecida por muitos, quase todas essas imagens permaneceram inéditas. Para a geração que viveu aqueles anos, elas despertam lembranças comoventes de uma antiga juventude. Para os mais jovens, apresentam o vislumbre da história concentrado em um único dia.
No dia 12 de novembro de 2010 foi lançado o livro “Mad Day Out”, repleto de fotografias dos Beatles naquele dia. Muitas delas inéditas! A edição é limitadíssima. Foram apenas cem cópias acondicionadas dentro de uma embalagem especial que imita uma caixa de bombons, produzida em cetim estampado. Os livros são numerados e assinados a mão pelo autor, o renomado fotógrafo e cineasta Stephen Goldblatt. “Mad Day Out” tem 110 páginas, e custa a bagatela de U$ 495.
JOHN LENNON - MIND GAMES - 1973
Em julho de 1973 Lennon voltou aos estúdios Record Plant para novas gravações. Desnecessário dizer que sua vida pessoal estava um verdadeiro caos na época. A briga judicial com o governo Nixon seguia em frente, com John tentando de todas as formas permanecer nos Estados Unidos. Seu relacionamento com Yoko estava desgastado. As pressões que havia sofrido por ter se casado com ela tinham atingido um grau simplesmente insustentável. Na realidade o casal estava prestes a entrar em um rompimento duradouro. Talvez por isso seu novo disco trazia uma capa no mínimo inusitada. Nela Lennon aparece minúsculo ao lado de um perfil enorme de sua esposa. Claramente se percebe que ele se distancia dela. Segundo alguns a capa mostrava exatamente o que sentia Lennon durante a produção do disco. Um homem comum ao lado de uma "montanha". Para os cínicos porém tudo o que esse retrato representava era a eterna submissão do ex-beatle à mulher que o dominava completamente, em todas as ocasiões. Ali estava aquele homenzinho ao lado de sua dama dominante, maior que a paisagem ao redor.
Em “Mind Games” Lennon resolveu assumir todas as responsabilidades, assinando a produção, composição e arranjo do álbum. Convocou novos músicos aos estúdios e batizou a banda de The Plastico UFOno Band. A brincadeira tinha sua razão de ser. Poucas semanas antes da gravação ele afirmara que havia visto um disco voador da sacada de seu apartamento. Daí o uso da sigla UFO. O evento jamais foi esclarecido. Não se sabe ao certo se o cantor realmente viu algo ou se estava simplesmente viajando em uma de suas alucinações com LSD. De qualquer maneira ele resolveu que não queria deixar o fato passar em branco e por isso renomeou a banda com essa pequena referência ufológica. Musicalmente "Mind Games" não trazia grandes surpresas em relação ao outros discos da carreira solo de Lennon. Novamente o tema único de suas composições era seu relacionamento com Yoko, seus pensamentos mais pessoais em forma musical. Praticamente todas as faixas são ligadas a isso, de uma forma ou outra, direta ou indiretamente, com pequenas e esporádicas exceções. Yoko está em todas as músicas. Lennon se declara apaixonado, pede desculpas, a venera, a compara com as maravilhas da natureza e por aí vai. O fato é que realmente parecia que Lennon só tinha pensamentos para sua esposa e por isso o disco é recheado de citações à japonesa.
As letras continuavam feitas em primeira pessoa, bastante autorais. Esse fato aliado a uma produção que foi acusada na época de ser desleixada (o velho problema de arranjos da discografia solo de Lennon) fez com que apenas uma única faixa se destacasse nas paradas, justamente a canção titulo, "Mind Games" que foi excessivamente divulgada nas rádios por insistência da EMI. As demais músicas passaram em branco nas principais paradas musicais e com o tempo se tornaram as mais obscuras canções da discografia de John Lennon. Uma injustiça pois possuem melodias bonitas. Não são excepcionalmente bem arranjadas, mas possuem uma riqueza de melodia que era bem característico do cantor. Rocks são poucos, Lennon parecia muito empenhado em cantar seu romance com Yoko e por isso não sobrou muito para o estilo que o lançou ao estrelado. Apenas "Tight As" e "Meat City" possuem algum vigor roqueiro mas é só isso. "Mind Games" é acima de tudo uma obra de um autor profundamente apaixonado pela mulher de sua vida. Se não é uma obra prima de Lennon, passa longe de ser banal, pois pelo menos traz um instantâneo de sua vida em um momento particularmente confuso. Só mesmo Lennon para ter inspiração para tantas músicas românticas enquanto queriam lhe expulsar dos Estados Unidos. Não deixa de ser um feito e tanto. Pablo Aluísio.
sábado, 27 de julho de 2013
SGT. PEPPER'S - O PIOR FILME DE TODOS OS TEMPOS?
O empresário da música, produtor de discos e filmes, Robert Stigwood – hoje com 75 anos de idade – tem muito a ver com os Beatles. A história começa assim: nos anos 60, ainda jovem foi assistente de Brian Epstein (1934-1967). Nos anos 70, Stigwood tornou-se bem estabelecido como produtor de discos que se aventurava pelo cinema. Fez de um filme modesto e de temática social - uma explosão de bilheteria graças à trilha dos Bee Gees: “Embalos de Sábado à Noite” (1977). Filme e trilha arrecadaram milhões e milhões. Robert Stigwood foi além. Transformou um musical da Broadway em outro produto cultuado: “Grease – Nos Tempos da Brilhantina”. (1978). E ousou. Os filmes ainda estavam em fase final de produção e ele teve uma idéia genial: transformar um ícone dos Beatles – o álbum “Sargent Pepper´s Lonely Heart Club Band” – em filme. Imaginou ganhar uma montanha de dinheiro, é claro. Stigwood chamou os Bee Gees, Peter Frampton, a banda Earth, Wind and Fire, Alice Cooper e até o Aerosmith. E ainda apareciam em pontinhas Etta James, Johnny Rivers (sim, ele mesmo), Wilson Pickett e Minnie Riperton.
Tudo parecia dar certo. Mesclou músicas também do álbum “Abbey Road”. A receita parecia ideal. Nesse meio tempo, o filme “Embalos de Sábado à Noite” explodiu nas bilheterias e a trilha dos Bee Gees mais ainda. A banda pressentiu que estava numa canoa furada. Mesmo baseado no álbum mais bem sucedido dos Beatles, o filme desandava visivelmente nas gravações. Para piorar, o produtor Stigwood quis tirar o foco de Peter Frampton, que fazia o papel principal de Billy Shears. E é claro passar os holofotes para os Bee Gees, que faziam o papel dos irmãos Henderson. Os Bee Gees recusaram. Queriam na verdade sair do filme. Mas o contrato obrigou-os a terminá-lo. Restou rezar para que o dano fosse o mínimo possivel, pois o sanduíche musical ficou realmente indigesto antes de o público consumí-lo. Realmente, o filme é tão ruim, que tem gente que nem se lembra que ele foi feito. O produtor, diretor e atores preferem esquecê-lo… E realmente, até mesmo o fracasso nas bilheterias do mundo parece esquecido.
Ninguém se lembra que aparecia no filme um então jovem ator novato chamado Steve Martin. Sim, o talentoso comediante. Mesmo alguém que viu o filme nem passa pela cabeça que George Harrison, Paul McCartney e Linda McCartney estão lá numa aparição relâmpago. Até Tina Turner aparece no filme. O resultado? Um dos piores filmes da história do cinema. E não se inclui nem mesmo entre aqueles de tão ruins que é bom de assistir para dar boas risadas. O filme “Sargent Pepper´s Lonely Heart Club Band” não tem nada a ver com o memorável álbum dos Beatles (a não ser as músicas).
O fracasso retumbante de “Sargent Pepper´s” no mundo fez com que Robert Stigwood deixasse meio de lado o genero musical-filme e produzisse aventura, drama de guerra. Ainda tentou “Grease 2″ e “Staying Alive – Embalos 2″, ambos de 1982 e continuações dos dois sucessos seus, mas sem obter a mesma explosão de bilheteria. Em 1995, Stigwood foi um dos produtores de “Evita”. Mas seu nome jamais foi associado a um sucesso. Hoje, ele está semi-aposentado. E deve dar graças ao fato de o público ter se esquecido do fracasso de “Sargent Pepper´s”, o filme. No entanto, com o passar dos anos, tornou-se "cult" e, hoje em dia é difícil encontrar uma cópia boa.
Apesar de todos os pesares, o filme tem momentos inesquecíveis como o (ainda) jovem Steven Tyler e seu Aerosmith arrasando na cover de "Come Together", dos Beatles. Ótimo sábado para todos!
sexta-feira, 26 de julho de 2013
ESPECIAL - MICK JAGGER 70 ANOS
Diante da proximidade dos 70 anos de vida, tentaram de tudo para convencer Mick Jagger a escrever uma autobiografia. Quando o colega de Rolling Stones Keith Richards lançou a sua, em 2010, o retorno financeiro e midiático foi colossal. Mas Jagger nem levou isso em consideração. Disse apenas que não. Alegou que seu público, talvez, não tivesse tanto interesse em um livro de memórias. É que, a despeito da trajetória repleta de detalhes picantes e controversos, o líder e vocalista dos Stones conserva certa discrição quando o assunto é ele próprio. Bem "diferente do personagem incendiário e despudorado que tomou para si nos últimos 50 anos, tempo em que a banda está na ativa.
Jagger completa sete décadas hoje e, mesmo que se recuse a botar lenha nos rumores sobre a vida pessoal, o roqueiro nunca conseguiu se esconder. Ao procurar notícias sobre ele na internet, é fácil ler sobre uma antiga obsessão pela atriz Angelina Jolie, uma mecha de seu cabelo que será leiloada e que, para manter a notável boa forma, ele prefere sair para dançar a frequentar academias. Além disso, são inúmeras as biografias sobre os Stones, algumas centradas apenas no vocalista. É o caso da não autorizada Mick Jagger (Companhia das Letras, 624 páginas), escrita pelo inglês Philip Norman e publicada ano passado. Em uma passagem do livro, o autor lembra que, quando a banda iniciante mandou uma demo com covers de rhythm & blues para a gravadora Decca, ouviu como resposta que eram bons, mas que, com aquele cantor, não chegariam a lugar nenhum. Erraram. Até porque Jagger reinventou o conceito de cantor, moldando o que viria a ser o protótipo do rockstar.
Mick Jagger resolveu antecipar as comemorações pelo aniversário em quase duas semanas. No sábado, 13 de julho, o astro reuniu alguns amigos em um clube Londrino. A namorada, a estilista americana L’Wren Scott, 24 anos mais jovem, estava Lá, é claro. 0 colega de banda Ron Wood e alguns dos sete fihos também. Para um roqueiro do porte dele, a festa até que acabou cedo, por volta de lh30 do dia seguinte. Há um detalhe, porém: naquela mesma noite, os Stones haviam tocado no Hyde Park.
Agraciado como "sir" pela coroa em 2001, pelos serviços prestados à música, Jagger tem hoje um património estimado em 200 milhões de libras (valor próximo a R$ 700 milhões). Mês passado, disse em entrevista que ser roqueiro era algo "que lhe exigia pouco intelectualmente" e que poderia ter se dedicado a ser professor ou jornalista. Não rolou. O rock agradece. Os fãs também.
Os motivos que levaram o ro¬queiro ao topo há algumas décadas, e fizeram com que ele se mantivesse lá, esbarram todos em um conceito-chave: atitude. Se os Rolling Stones são uma fábrica de ganhar dinheiro, boa parte da culpa é do vocalista. Letrista de canções que se tornaram hinos do século 20 e dono de vozeirão que recorre à tradição negra norte-americana, Mick Jagger sempre exibiu no palco uma performance repleta de energia e lascívia. O rebolado fez escola. Os trejeitos e o visual contribuíram para que, no início, sua banda exibisse certa aura marginal. Keith Richards, amigo de Jagger desde 1961, definiu o colega como "insuportável". No livro Life, confidenciou que não entrava no camarim dele havia 20 anos.
“Sem querer parecer convencido, mas eu canto todas as músicas no mesmo tom em que elas foram feitas. Meus agudos ainda estão lá, talvez melhores do que antes, porque eu não fumo mais nem bebo tanto". "Eu não quero ser um rockstar para sempre, tocando em Las Vegas para velhinhas".
Disse jagger nos anos 1970. Ainda jovem, comentou também que preferiria "morrer a estar tocando Satisfaction aos 45 anos". O futuro chegou para ele e, ao que parece, tem sido bem mais generoso do que previa o jovem Jagger. No festival de Glastonbury, no último mês, os Stones reafirmaram o motivo de estar há 50 anos no topo. O Daily Mirror registrou que, mesmo após duas horas de show e um infinidade de clássicos incontestáveis, Jagger estava "pronto para mais". Os Stones estão oficialmente de férias. Não há, no site da banda, nenhuma data de show marcada para breve. Contudo, desde o começo do ano, há rumores de que eles podem inaugurar, em dezembro, o novo estádio do Palmeiras, em São Paulo. Surgiu, depois, um indício de que Brasília poderia ser o próximo destino dos britânicos. No fim de maio, uma ima¬gem da banda apareceu nos telões do estádio Mané Garrincha seguida de um "aguardem".
Sendo um dos membros fundadores dos Rolling Stones, Mick Jagger esteve presente em toda a discografia da banda inglesa, iniciada em 1964, com o lançamento de The Rolling Stones (em abril, na Inglaterra) e England’s new hit makers (no mês seguinte, nos EUA). Somando todos os trabalhos oficiais (sem contar álbuns ao vivo e coletâneas), são 24 álbuns nos EUA e 22 na Inglaterra. Já os trabalhos de Jagger sem Keith Richards, Ron Wood e Charlie Watts apresentam soma bem menor. Foram apenas quatro álbuns solo. Dois deles, She's the boss (1985) e Primitive cool (1987), feitos durante a turbulenta década de 1980, época na qual os Stones enfrentavam um declínio criativo e eram assediados pela sonoridade new wave. Jagger, inclusive, recusou-se a fazer tumê com a banda após o lançamento do fraco Dirty work (1986), e concentrou-se em seu segundo disco próprio. Os álbuns são retratos fiéis da música pop daquele tempo, com participações de luxo (os guitarristas Jeff Beck e Pete Townshend, o pianista Herbie Hancock e o baterista Ornar Hakim). Em 1993, é lançado Wandering spirit, com a coprodução de Rick Rubin (já era um dos mais respeitados produtores do mundo) e participação de Flea (Red HotChiliPeppers), Lenny Kravitz e do tecladista Billy Preston. O resultado também não empolga, mas mostra um artista limpo da "ressaca da década de 1980", com arranjos mais modernos e sintonizados com o pop/rock do início dos anos 1990 (mas alheio aos movimentos grunge e britpop, que já eclodiam). Oito anos depois, Goddess in the doorway foi o maior investimento em sua carreira, mas, ironicamente, com o menor retorno comercial, contando com participações de luxo, como Bono (U2), Lenny Kravitz, Rob Thomas (MatchboxTwenty), Wyclef Jean, Joe Perry (Aerosmith) e Pete Townshend. Gravado após a exaustiva turnê dos Stones do álbum Bridges to babylon (1997), o álbum apresenta bons momentos, como Godgave me everything, Joy e Visions ofparadise. Em 2004, Jagger e Dave Stewart (Eurythmics) foram os responsáveis pela trilha sonora do filme Alfie. A faixa Old habits die hard levou o Globo de Ouro de melhor canção. Contando novamente com Dave Stewart, e ainda Joss Stone, Damian Marley e A.R. Rahman, Jagger liderou o grupo Super Heavy, flertando com o pop e vários ritmos jamaicanos. O tra¬balho teve fria recepção da crítica e vendas modestas. Os destaques são Miracle worker, SuperHeavy e OneDay Ovenight.
A fama de galanteador assumido, reafirmada ao longo de toda a vida por Mick Jagger, não combina muito com a imagem de "pai de família". Mesmo assim, nos bastidores, o roqueiro construiu uma família numerosa. São sete filhos, frutos de quatro relacionamentos diferentes. Admirador de belas mulheres e par constante de modelos e atrizes, Mick namora há pouco mais de uma década a designer americana L'Wren Scott, 24 anos mais nova que ele. Apesar do compromisso longo, os dois não devem se casar. É que Mick, que já disse "sim" oficialmente duas vezes, declarou que casamento não é pra ele.
Ainda casado com Bianca, o intrépido artista já saía com a atriz e modelo Jerry Hall. Após o nascimento de Elizabeth Scartlett Jagger (em 1984) e James Leroy Augustin Jagger (em 1985), o casal se une oficialmente em 1990. Após o casamento, a dupla teve mais dois herdeiros: Georgia May Ayeesha Jagger (era 1992) e Gabriel Luke Bauregard Jagger (em 1997).
O duradouro relacionamento de Jagger e Hall desmoronou quando ela descobriu que o roqueiro havia tido um filho com a modelo brasileira Luciana Gimenez. Lucas Maurice Morad Jagger comemorou, há pouco, 14 anos de idade e é o caçula do clã. Agora, o rolling stone tem que se acostumar a outro papel, aquele que revela que a idade realmente chegou: o de vovó. Sir Mick Jagger é avô de quatro netos.
Uma passagem controversa da biografia do astro dá conta de que o vocalista também seduziu alguns homens. O caso mais conhecido é o cantor e compositor David Bowie. De acordo com o livro Mick - The wild life and mad genius of Jagger, lançado em 2012, o cantor admite que teve um romance com Bowie, pois a relação entre ambos era de admiração total, e que um era "sexualmente obcecado pelo outro". Angela Bowie (esposa de David Bowie até 1980) afirmou ter flagrado o marido e Jagger dormindo nus na mesma cama no início da década de 1970. Rumores afirmam que a música, Angie, lançada pelos Stones em 1973, seria para ela. O fato, entretanto, não é confirma¬do por ambos. (Gabriel de Sá e Tomaz de Alvarenga).
OS HERDEIROS
Karis Jagger Hunt, 42 anos, filha da atriz e cantora Marsha Hurt, a primogênita teria sido renegada pelo pai ao nascer, mas se aproximaram pouco depois. Casada e mãe de dois filhos, ela é assistente de produção de cinema.
Jade Jagger, 41 anos, modelo e designer de jóias, é a única filha do casamento entre Jagger e Bianca. Também deu duas netas ao roqueiro.
Elizabeth Scarlet Jagger, 27 anos Primeira de quatro filhos do casamento com Jerry Hall e conhecida como Lizzie, é modelo de sucesso.
James Leroy Augustin Jagger, 27 anos, seguindo a tradição artística da família, o primeiro homem da prole tornou-se modelo e ator.
Georgia May Ayeesha Jagger, 21 anos, é mais uma modelo carregando o sobrenome célebre, Georgia é bastante requisitada para campanhas de nomes importantes.
Gabriel Luke Bauregard Jagger, 15 anos, é o filho mais novo de Jagger com Jerry Hall.
Lucas Maurice Morad Jagger, 14 anos, filho de Luciana Gimenez e morando no Brasil, o garoto costuma passar as férias com o pai. Os dois são sempre flagrados juntos pelos paparazzi.
Assinar:
Postagens (Atom)