quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

FOTO DO DIA - THE BEATLES

2 comentários:
Clique na foto para ampliar

“Edu, obrigado por compartilhar conosco durante tanto tempo as matérias sobre nossos inesquecíveis Beatles. Algumas matérias lá abordadas foram inéditas para mim. Isto sem falar na obra do 2º grupo mais bacana do mundo: Badfinger. Acho que um blog desses deve trazer uma paz de espírito incrível, pois você pode compartilhar com outras pessoas todos os assuntos sobre os quais escreve com tanta propriedade.
Que você tenha um 2011 sem crises, com muitas festas, felicidades & muito dinheiro.
Ah! por favor, considere-me como um candidato à caixa de 4 CDs do John”!
Inimá José Gonçalves

"Oi, Edu! Sempre amei os Beatles e suas músicas sempre fizeram parte da minha vida. Não me considero beatlemaníaca porque não sou uma expert , mas vou acabar ficando pois esse seu blog está me transformando! Na net tem muita coisa dele, eu sei, mas nada como os tesouros do teu baú e a forma mágica como voccê escreve sobre eles! Só posso dizer: obrigada! Bejos! Um 2011 com paz e amor como diria o Ringão!
Etyanne

”Pelo bom gosto, maravilhas. Feliz 2011!
Passei aqui lendo. Vim lhe desejar um Tempo Agradável, Harmonioso e com Sabedoria. Nenhuma pessoa indicou-me ou chamou-me aqui. Gostei do que vi e li. Por isso, estou lhe convidando a visitar o meu blog. Muito Simplório por sinal. Mas, dinâmico e autêntico. E se possivel, seguirmos juntos por eles. Estarei lá, muito grato esperando por você. Se tiveres tuiter, e desejar, é só deixar que agente segue.
Um abraço e fique com DEUS”.
http://josemariacostaescreveu.blogspot.com/
José María Souza Costa

“Thanks, Beatle People! Acho que apesar de tudo, terminamos o ano bem! O Baú do Edu vai muito bem, obrigado! Apesar de tudo, estamos vivos e ainda temos certa saúde para continuar tentando. Apesar de tudo, meu trabalho está ótimo e estou vivendo meu melhor momento profissional. Que venha 2011! Estaremos prontos! Eu e os Beatles!”
Edu Badfinger

THE BEATLES - REVOLUTION - EXCEPCIONAL!

2 comentários:


RINGO STARR - NEVER WITHOUT YOU

Um comentário:

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

ARQUIVOS DO FUNDO DO BAÚ - Nº 15

3 comentários:
Excelente artigo publicado na revista "Afinal" de 15 de março de 1988

É só rock “n” roll – e que maravilha!
Sérgio Vaz

Nesta era de fibra de vidro, continuo procurando por uma pérola, escreveu Bob Dylan em Dirge, de 1974. Seu amigo George Harrison poderia perfeitamente assinar embaixo a mesma declaração de princípios. Seu novo LP, Cloud Nine, que a WEA lançou no final de fevereiro no mercado brasileiro, é um disco extraordinário por diversos motivos – mas, principalmente, porque ele dispensou os aparatos modernosos, virou as costas para tudo que se inventou de tecnopop, despojou-se até (ainda bem) do seu fanatismo místico, e foi direto ao centro da questão, o princípio elementar, a pérola: o velho e bom rock”n”roll. Com direito, é claro, a uma ou outra balada. Tudo limpo, límpido, transparente, feito com competência, garra, paixão, alguma angústia, alguns piques de alegria, maturidade. Nada de massa sonora. Não há massas sonoras – essa praga dos anos 70 que em muitos casos insiste em sobreviver até este final de anos 80 - , nem efeitos de alquimias eletrônicas. “No meu tempo”, disse ele, “usávamos guitarras reais, teclados reais, baterias reais e pessoas reais.”
Deu certo – e não deu certo apenas porque George conseguiu, com este Cloud Nine, criar o melhor trabalho de seus 17 anos pós-Beatles, ao lado de All Things Must Pass, o primeiro, o álbum triplo de 1970. Deu certo também porque, como nunca tinha acontecido nestes anos todos, fez um tremendo sucesso. Em meados de um mês o LP – lançado na Inglaterra e nos EUA em outubro do ano passado – vendeu um milão de cópias e deu a ele seu primeiro disco de platina. (Depois da separação dos Beatles, apenas Paul McCartney tinha conseguido isso.) O que prova que, afinal de contas, havia muito mais gente do que se suspeitava interessada em pérolas e não em fibra de vidro.
É interessante que George tenha conseguido tudo isso – um trabalho belíssimo, marcante, a unanimidade da crítica americana e européia, a consagração popular – quando já ninguém falava dele, depois de cinco anos de absoluto silêncio (Gone Troppo, seu LP anterior, foi malhadíssimo, não vendeu nada e não tocou no rádio; “pra que fazer música se não vai tocar?”, ele se perguntou, durante esse intervalo de cinco anos). Parece mais uma peça que se ajusta perfeitamente nesse quadro estranho que é sua carreira. Durante oito anos como Beatle (e cada dia da época em que ele era um Beatle equivalia a dez anos, como ele diz agora), ele foi massacrado pelo poder e pelo talento transbordante da dupla central; para cada 13 composições de Lennon & McCartney, ele conseguia gravar uma sua. No álbum Branco, de 1968, por exemplo, conseguiu o feito inédito de gravar quatro músicas de sua autoria – só que contra 26 de Lennon & McCartney. Talvez por isso, pelo fato de ter tido criatividade represada, ele tenha partido, ainda em 1970, o ano da dissolução do conjunto, para o exagero do álbum triplo – lançando poucos meses depois, em 1971, outro álbum triplo, The Concert for Bangladesh, ainda que dividindo a cena com amigos como Bob Dylan. Depois desse começo copioso e competente, no entanto, o compsitor entrou meio em recesso, lançando apenas duas ou três boas canções em cada um dos LPs que se seguiram, até Gone Troppo, 0 11º da carreira solo. Eram, na maioria, trabalhos pouco criativos, sem brilho, e encharcados de misticismo.
Os cinco anos de silêncio – longe do carrossel, como diria John Lennon – fizeram um tremendo bem a George Harrison. (Coincidente ou emblematicamente, John Lennon também teve exatos cinco anos de silêncio entre Rock”n”Roll e seu retorno no esplendor da maturidade em Double Fantasy, de 1980.) Depois de cuidar de plantas em sua mansão e andar perdendo dinheiro produzindo filmes, George resolveu reunir alguns velhos amigos no estúdio que tem em sua casa: Ringo Starr na bateria, Eric Clapton na guitarra (“nós nos entendemos bem, até dividimos a mesma mulher”), Elton John no piano, Gary Wright (ex-Spooky Tooth) nos teclados e Jeff Lynne (ex-ELO) na guitarra, baixo, produção e co-autoria de várias músicas. O resultado foi um dos grandes discos da história do rock. Bob Dylan – citado no verso “it’s all over now, baby blue”, na deliciosa When We Was Fab – seguramente concorda. John Lennon – homenageado na mesma música com citações de seu I Am the Walrus – seguramente concordaria.

GEORGE HARRISON - THIS IS LOVE

JOHN LENNON ANTHOLOGY - BOX

Um comentário:
Confira aqui a lista de quem está correndo sério risco de ganhar a box John Lennon - Anthology com 4 CDs e um livreto. O sorteio será no dia 31 de dezembro e o vencedor será conhecido no dia 1º. Se seu nome não aparece aqui, ainda dá tempo! Mande um e-mail para eduardobadfinger@gmail.com com seu endereço completo. Boa sorte a todos!

Ângelo Bruno Garcia, João Batista Demonte Neto, Carlos Maia, Evandro Luis Mezadri, Eveline de Castro Rocha, Cassia Fracacio, Antonio Carneiro, Leonardo Polaro, Alysson Vitorino, Julio Cesar, Valdir Bernardo Junior, Carlos Alberto Marangon, Willian Tybor, Suzana Moreira, Eveline Rocha, Graziela Falk, Eduardo Sales Oliveira, Lara Selem, João Carlos Washington De Mendonça, Dinorvan Fanhaimpork, Carlos Cesar Silva Maia, Danielle Starkey, Marco Tadeu Perut, Jonas Ferreira Bonfim Neto, Marco Miranda, Polyanna Prado, Inimá Gonçalves, Ricardo Machado, Andrez "leitão" Martins, Vânia Cecília, Michellen Leal, Frederico Queiroz, Thais Ferreira Pilotto, Eric Henrique Marangnon e Eduardo kruger.

JOHN LENNON - STAND BY ME

PEDIDOS - PAUL McCARTNEY - COMING UP

Um comentário:




“Coming Up” foi gravada durante o verão de 1979 como compacto. E novamente foi outro megasucesso da carreira de Paul McCartney. Um mês depois, saiu o "album "McCartney II", Coming Up era o carro-chefe do discão duramente criticado. Para promover o single, Paul não economizou. O vídeo de “Coming Up” que explodiu no mundo inteiro, inclusive no Brasil, foi exibido nas principais emissoras do planeta. Nunca, até então, um astro-pop havia investido tanto. O clip foi gravado em março de 1980. O cineasta Keef McMillan usou uma nova mesa computadorizada para fazer Paul aparecer como dez pessoas diferentes ao mesmo tempo! Inteligentemente, Paul batizou a suposta “banda” de “THE PLASTIC MACS” Paul fez Buddy Holly, Frank Zappa, Ron Mael, Andy Mackay, Ginger Baker , e ele mesmo como o Beatlezinho na época da Beatlemania. Eu adoro "Coming Up". Não tenhu a menor dúvida em afirmar que, talvez já tenha ouvido "Coming Up" mais de 2.000 vezes! "Coming Up" foi a última canção de Paul McCartney que Lennon ouviu. E odiou, claro. Agora, a gente confere Paul ao vivo no Knebworth em 1990. Abração!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

JOHN LENNON - ONE DAY (AT A TIME)

Um comentário:



"Para mim, "Mind Games" foi o melhor disco de John Lennon. No Matter What!

SORTEIO IMPERDÍVEL DE FIM DE ANO

Um comentário:
No dia 31 de dezembro de 2010, o Baú do Edu vai sortear entre todos os amigos e seguidores (cadastrados), um presente muito especial: "JOHN LENNON - ANTHOLOGY" - Box com 4 CDs lançado em 1998. Aproveito para mandar um recado a todos os seguidores: não conheço a grande maioria de vocês! Para se cadastrar e concorrer aos prêmios e promoções do nosso blog, basta enviar um e-mail com nome e endereço completo para eduardobadfinger@gmail.com
Boa sorte a todos!!!

John Lennon Anthology: um box set lançado em 1998 com 4 cds e um livreto, contendo demos caseiras, takes alternativos de estúdio e canções inéditas gravadas por John Lennon, aqui estão reunidos toda a trajetoria de sua carreira solo a partir de "Give Peace a Chance" (1969) até os discos (sessões) Double Fantasy & Milk and Honey. A antologia foi compilada e co-produzida por Yoko Ono, em quatro discos, representando as quatro eras da carreira de Lennon: "Ascot", "New York City", "The Lost Weekend" & "Dakota".

JOHN LENNON - JEALOUS GUY

BELCHIOR - MEDO DE AVIÃO

Um comentário:
Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, o Belchior, nasceu em Sobral, Ceará, em 26 de outubro de 1946. Durante a infância foi cantador de feira e poeta repentista. Estudou musica coral e piano com Acaci Halley. Foi programador de radio em Sobral, e em Fortaleza começou a dedicar-se a musica, após abandonar o curso de medicina. Ligou-se a um grupo de jovens compositores e músicos – Fagner, Ednardo, Rodger, Teti, Cirino e outros – conhecidos como o Pessoal do Ceará. De 1965 a 1970 apresentou-se em festivais de musica no Nordeste e em 1971, quando se mudou para o Rio de Janeiro, venceu o IV Festival Universitário da MPB, com a musica "Na hora do almoço", cantada por Jorge Melo e Jorge Teles, com a qual estreou como cantor em disco, um compacto da etiqueta Copacabana. Em São Paulo, para onde se mudou, compôs musicas para alguns filmes de curta metragem, continuando a trabalhar individualmente e às vezes com o "pessoal do Ceará". Em 1972, Elis Regina gravou sua composição Mucuripe (com Fagner). Atuando em escolas, teatros, hospitais, penitenciárias, fábricas e televisões, gravou seu primeiro LP em 1974, na Chantecler. O segundo, Alucinação, consolidou sua carreira, lançando canções de sucesso como "Velha roupa colorida", "Como nossos pais" (depois regravadas por Elis Regina) e "Apenas um rapaz latino- americano". Outros êxitos incluem "Paralelas" (lançada por Vanusa em 1975), "Galos, noites e quintais" (regravada por Jair Rodrigues) e "Comentário a respeito de John" (homenagem a John Lennon) – (essa canção foi interessante na época até porque Lennon seria assassinado no ano seguinte) e o sucesso "Medo de avião" (em homenagem aos Beatles). Em 1983 fundou sua própria produtora e gravadora, Paraíso Discos, e em 1997 tornou-se sócio do selo Camerati. Em 2009, a Rede Globo noticiou um suposto desaparecimento do cantor. Segundo a Globo, o cantor havia sido visto pela última vez em Abril de 2009, ao participar de um show do cantor tropicalista baiano Tom Zé, realizado em Brasília. Turistas brasileiros afirmam terem-no encontrado no Uruguai em julho do mesmo ano. As suspeitas foram confirmadas quando Belchior foi encontrado no Uruguai, de onde concedeu entrevista para o programa Fantástico, da Rede Globo. Na entrevista, o cantor revelou não haver desaparecido e estar preparando, além de um disco de canções inéditas, o lançamento de todas as suas canções também em espanhol. Agora a gente confere o sucesso “Medo de Avião” – vídeo clipe exibido no Fantástico trinta anos atrás. Abração!

PAUL McCARTNEY - HOPE OF DELIVERANCE

Um comentário:

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

ARQUIVOS DO FUNDO DO BAÚ Nº 14

3 comentários:
Recordar é viver! Essa, foi simplesmente sensacional! Foi publicada na "Ilustrada" da Folha de São Paulo no dia 6 de novembro de 1985, uma quarta-feira. Lembro como se tivesse sido ontém. Deu um bafafá danado! Os fofoqueiros de plantão, na época, disseram até que dias depois das "declarações" de McCartney, ele e Julian Lennon estavam numa mesma festa e que Julian tentou agredi-lo. Foi impedido pelos seguranças, claro. Espero que gostem! Abração!

Paul chama Jonh de “porco manipulador”
Das Agências Internacionais

O ex-beatle Paul McCartney, 43, declarou, em Londres, à revista feminina “Woman”, que seu ex-companheiro de conjunto e parceiro na grande maioria das canções dos Beatles, John Lennon, assassinado, aos 40 anos, no dia 8 de dezembro de 1980 por um fanático, era “um porco manipulador”. Segundo McCartney, Lennon “não foi nenhuma espécie de santo, ele era na verdade um depreciador”.
McCartney disse também que o ex-amigo se havia tornado ciumento e o aconselhara certa vez a não dar em cima de sua mulher, Yoko Ono, 52. Esta, ao inteirar-se, em Nova York, do teor da entrevista, declarou-se “atordoada” e acrescentou que reservaria seus comentários para quando tivesse lido o artigo.
Luther Lennon
”Era um porco manipulador, o quee ninguém jamais imaginou. Agora, depois de morto, tornou-se Martin Luther Lennon”, disse McCartney, aludindo ao líder negro norte-americano Martin Luther King, assassinado em 1968 por um racista. “John sempre foi apresentado como o bom moço dos Beatles, e eu como o bastardo que destruiu o conjunto. As coisas não se passaram assim. Ninguém nunca se deu conta do hipócrita que foi Lennon. Fiquei sabendo que ele declarou ter participado da composição da música “Eleanor Rigby” (um dos seus sucessos do grupo). Sim, em mais ou menos meio verso”, disse o ex-beatle na entrevista.
Paul McCartney sempre negou ter sido o responsável pela separação do conjunto em 1970. Quanto às declarações que deu ontem a revista "Woman", ele mesmo as justificou na entrevista, alegando que não podia esconder a raiva que sentia por tudo que Lennon disse sobre ele.
"Muzak"
"Ninguém se lembra de quanto John me magoou ao dizer que minha música era "muzak" (música ambiental de elevadores, escritórios e lugares públicos), disse McCartney, referindo-se à música que John Lennon lhe dedicou em seu LP solo "Imagine", "How do You Sleep at Night?". Ali ele afirma que o som de McCartney é "muzak" para os seus ouvidos, além de dizer que a única coisa que o ex-parceiro fez foi "yesterday" (brincadeira com o duplo sentido da palavra, que em inglês quer dizer ontem e que é também o título de outro sucesso do grupo).
John Winston Lennon e James Paul McCartney conheceram-se em Liverpool no dia 15 de janeiro de 1956 e o primeiro, então com 15 anos, convidou o outro, com 13, a tocar em seu conjunto, o Quarry Men. O guitarrista George Harrinson e um baterista, Pete Best, se juntarão a eles dois anos depois. O conjunto mudará o nome para Moondogs e, em seguida, Silver Beatles. Em 1962, sai o Pete Best e entra Ringo Starr (pseudônimo de Richard Starkey). Já com o nome de Beatles gravam neste mesmo ano seu primeiro compacto simples. Eles tornaram-se o grupo de rock mais famoso de todos os tempos, com composições como "Michelle", "Help", "Yesterday" e outras, e a dissolução do grupo até hoje não foi claramente explicada. Depois da separação, John continuou sua carreira com a mulher Yoko Ono; e Paul com a mulher Linda Eastman, formou a banda Wings, que o acompanha em seus discos.

A perfeição conflitiva
André Singer
Analista político da Folha

Paul McCartney resolveu falar. Depois de anos de silêncio, o beatle bem comportado decidiu expor as mágoas acumuladas ao longo de duas décadas de competição com o amigo e parceiro John Lennon. Provavelmente McCartney está certo quando menciona a paranóia, as tentativas de ofuscamento e irascibilidade de Lennon. Lennon se considerava o líder dos Beatles. Em geral, grupos têm líderes. Único problema: McCartney também se sentia predestinado à liderança e ao brilho normalmente reservado a apenas uma figura de cada grupo de rock.
Foi o encontro conflitivo de Lennon e McCartney que produziu uma obra artística forte e duradoura, apesar de pop e consumível, e em parte por isso mesmo. Todas as caractrerísticas de Lennon pertencem também a McCartney: egocentrismo, competitividade acentuada, autoritarismo, impaciência com os companheiros de trabalho etc. Mas nada disso teria maior significado se os dois não fossem possuidores de sensibilidades e talentos complementares.
Lennon agressivo, desmistificador, irônico e amargo. McCartney romântico, lírico, doce superficial. Sozinhos fizeram essas coisas boas. Juntos, excepcionais! A maioria das composições foi individual, mas o arranjo, a execução, a soma final dos estilos nas faixas intercaladas dos discos, os pequenos e grandes toques sugeridos em cada canção fizeram os Beatles.
Os Beatles trafegaram por todas as águas e sua força foi fazer a paródia de todos os estilos. Para isso, Lennon e McCartney precisavam ser o par de oposições que foram. Conflitos e mágoas foram o produto guardado até agora nos bastidores por McCartney, mas já tinham sido expostos por Lennon em diversas entrevistas e canções. São importantes para a história deles. Para nós, “gossip”.

O pólo masculino e feminino
Martinas Suzuki Jr.
Editor da Ilustrada

Assim como na tragédia grega Apolo e Dionísio eram princípios que se opunham mas que se completavam, e só nesta tensão realizava à integra da Arte, os garotos John e Paul formaram o arco teso de arquétipos longamente sedimentados na imagem da criação artística. John Lennon: o dono do verbo, o guerreiro, o herói, portanto princípio masculino: Paul McCartney: a música, o timbre agudo, a formalidade delicada, portanto o princípio feminino.
Ulisses e Sereia, ânimo e anima: o destino trágico de John foi o corolário da condição mítica do homem épico; o destino de burguês bem-sucedido de Paul é harmônico com a ociosidade do mundo que vive em função das musas. John reclamava de seu parceiro, na perspectiva máscula do discurso da transformação; Paul, agora solta o verbo feminino como uma comadre ressentida. O casal rompeu-se para sempre e nós, que já vivemos uma década mais inocente do rock “n” roll, ficamos sem entender direito a estranha separação destes amantes que, pensávamos, eram os aliciadores das paixões, os que nos ensinaram o fragmento amoroso de pegar na mão e a coragem de dizer sim, sim, sim.

GEORGE HARRISON - THE PIRATE ALBUM

Um comentário:

THE BEATLES - LOVE ME DO

Um comentário:

domingo, 26 de dezembro de 2010

SORTEIO IMPERDÍVEL DE FIM DE ANO

5 comentários:
No dia 31 de dezembro de 2010, o Baú do Edu vai sortear entre todos os amigos e seguidores (cadastrados), um presente muito especial: "JOHN LENNON - ANTHOLOGY" - Box com 4 CDs lançado em 1998. Aproveito para mandar um recado a todos os seguidores: não conheço a grande maioria de vocês! Para se cadastrar e concorrer aos prêmios e promoções do nosso blog, basta enviar um e-mail com nome e endereço completo para eduardobadfinger@gmail.com
Boa sorte!!!

John Lennon Anthology: um box set lançado em 1998 com 4 cds e um livreto, contendo demos caseiras, takes alternativos de estúdio e canções inéditas gravadas por John Lennon, aqui estão reunidos toda a trajetoria de sua carreira solo a partir de "Give Peace a Chance" (1969) até os discos (sessões) Double Fantasy & Milk and Honey. A antologia foi compilada e co-produzida por Yoko Ono, em quatro discos, representando as quatro eras da carreira de Lennon: "Ascot", "New York City", "The Lost Weekend" & "Dakota".

JOHN LENNON - CRIPPLED INSIDE

DO YOU WANT TO KNOW A SECRET?

Nenhum comentário:
Só para lembrar! Rsrsrs!

BADFINGER - NO MATTER WHAT

3 comentários:
João Carlos disse:
"Sou dos que acreditam que um blog é uma pessoa de verdade.Quanto entro prá conhecer um blog percebo (ou tento) quem está ali pilotando.Foi via o Beatles Brasil que descobri o Baú e aparecia sempre mas evitava comentar.Até porque aos 54 anos achava que já estava velho prá isso mas foi no Baú que descobri que não.Muito pelo contrário,o testemunho de um fã coroa e nordestino talvez ajudasse mais a difundir e incentivar os fãs mais jovens dos 4 Cavaleiros do Apóscalypso. E acertei. Não sofri nenhum tipo de censura ou discriminação e mais ainda recebi o carinho do piloto. Tudo de bom Edu, que você merece. Muito obrigado por tudo e...manda mais!"
João Carlos W. de Mendonça - 24/12/2010

Edu disse:
"Acho que a 1ª vez que o João Carlos deixou um comentário aqui foi quando coloquei o álbum "Good Evening New York City" de Paul McCartney para download. Suas críticas foram bem duras. Fiquei meio puto, mas publiquei assim mesmo. Depois, fiz uma postagem sobre a banda "Brazilian Bitles" e ele novamente acabou com eles. Dessa vez não publiquei. Achei que pareceria incoerente. Aí foi ele que se emputeceu e ficou uns três meses sem comentar nada. Até que apareceu a oportunidade de me desculpar e começamos a ficar amigos, até porque adoramos Badfinger! Quando aconteceu o pior em fevereiro, o João Carlos e a Lara foram os que mais me deram força para continuar. Hoje, ele é o principal colaborador do nosso blog preferido. Obrigadão, JC! Aquele abração para você e todos os amigos que fazem o Baú do Edu! Que venha 2011. Estaremos prontos!"

BADFINGER - NO MATTER WHAT

YOKO ONO - WE'RE ALL WATER

Um comentário:
Mao Tsé-Tung foi um político e líder comunista revolucionário chinês. Nasceu em Shaoshan, em 26 de Dezembro de 1893 e morreu em Pequim, em 9 de Setembro de 1976). Liderou a República Popular da China desde a sua criação em 1949 até sua morte. Sua contribuição para o marxismo-leninismo, estratégias militares, e suas políticas comunistas são conhecidas coletivamente como Maoísmo. Mao continua sendo uma figura controversa na atualidade, na China é visto oficialmente como um grande revolucionário, estrategista, mentor político e militar e salvador da nação. Muitos chineses acreditam também que, através de suas políticas, ele lançou os fundamentos econômicos, tecnológicos e culturais da China moderna, transformando o país de uma ultrapassada sociedade agrária em uma grande potência mundial. Além disso, Mao é visto por muitos como um poeta, filósofo e visionário. Inversamente, no Ocidente, Mao é acusado de com seus programas sociais e políticos, como o Grande Salto Adiante e a Revolução Cultural, causar grave fome e danos a cultura, sociedade e economia da China. Políticas de Mao e os expurgos políticos de 1949-1975, provocaram a morte de 50 a 70 milhões de pessoas. Mao Tsé-Tung é visto como uma das figuras mais influentes na história do mundo moderno, e foi nomeado pela Time Magazine como uma dos 100 personalidades mais influentes do século XX.

WE'RE ALL WATER - YOKO ONO

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL, EVERYBODY!

2 comentários:

THE BEATLES - HAPPY CHRISTMAS

2 comentários:

JENGLE BELL ROCK - THE RUBBER BAND

Um comentário:




É tão legal que parece que são os Beatles. Jingle Bell Rock é o nome de uma das mais populares canções de Natal (autor desconhecido). Foi gravada originalmente por Bobby Helms em 1957 com grande sucesso. Ao longo dos anos a canção recebeu várias versões diferentes de vários artistas. Essa do vídeo foi gravada em 1994 por uma banda dinamarquesa cover dos Beatles - RUBBER BAND - o projeto chamou-se de THE BEATMAS. Eles fizeram uma combinação genial das clássicas canções de Natal com os sucessos dos Beatles. E ficou muito legal! O único defeito desse álbum é só ter 12 músicas!

1. Jingle Bell Rock
2. Santa Claus Is Coming to Town
3. Rockin' Around the Christmas Tree
4. Last Christmas
5. Feliz Navidad
6. I Saw Mommy Kissing Santa Claus
7. Jingle Bells
8. Rudolph the Red-Nosed Reindeer
9. Mary's Boy Child
10. White Christmas
11. Silent Night
12. Bairn Is Born in Beatlehome
DOWNLOAD:
http://www.4shared.com/file/43WUl3dS/Xmas__The_Beatmas_obaudoedublo.html

THE BEATLES - HAPPY CHRISTMAS

Nenhum comentário:

THE BEATLES - RUBBER SOUL

Um comentário:
O sexto álbum dos Beatles sinalizou uma nova direção musical. Nele, a banda se distancia ainda mais da técnica dos cinco discos anteriores e inicia o segundo estágio de sua carreira. Rubber Soul contém alguns dos maiores clássicos dos Beatles, como “Norwegian Wood” e “GIRL”, que soam tão atuais hoje quanto em 1965. Depois do lançamento deste disco, e da constatação de que não conseguiriam reproduzir seu conteúdo ao vivo, os Beatles decidiram não mais se apresentar para o público, para se concentrar nos discos de estúdio. Agora, os Beatles já estavam consolidados como Pop-Stars e mandavam no estúdio. Os melhores horários de gravação eram reservados à eles, opinavam e aprovavam as capas e se davam o luxo de escolher o nome dos discos.

A própria capa é um caso a parte. Mostra os Beatles numa foto levemente deformada, com caras nada felizes, prova de que naquela época eles começavam um pouco a sepreocupar com a imagem bem comportada feita por encomenda por Brian Epstein. Rubber Soul começou a ser gravado em Outubro, para estar nas lojas em Dezembro, e mais uma vez os Beatles lutavam contra o tempo, no meio de turnês e tudo mais, mesmo assim, o álbum é brilhante do início ao fim, como uma coletânea de singles. Além das 14 músicas gravadas para o disco, eles ainda se deram tempo de de escolher duas para o próximo compacto: 'Day Tripper / We Can Work it Out', não incluídas no LP.

As experimentações no estúdio começavam a aparecer, intrumentos exóticos foram usados, e as letras tornaram-se mais coesas e abrangentes. John Lennon, deu um pulo como letrista. A faixa que seria a primeira instrumental dos Beatles - a música "12-Bar Original" foi excluída.


Foi a primeira vez que um álbum dos Beatles teve capa e nome semelhantes na Inglaterra e nos EUA. Porém o Rubber Soul americano continha uma seleção de músicas um pouco diferente da versão britânica. Trazia duas músicas do álbum anterior (Help!) e não trazia quatro músicas do Rubber Soul britânico. As músicas que não foram incluídas no Rubber Soul americano foram mais tarde lançadas no álbum Yesterday...And Today. Nos Estados Unidos, o álbum vendeu 1,2 milhões de cópias em nove dias após seu lançamento.

Na mesma época do lançamento do álbum, foi lançado o compacto com"We Can Work It Out" e "Day Tripper". "We Can Work It Out" foi composta por John e Paul e tornou-se na época a que mais tempo levou para ser gravada (12 horas). Este compacto se tornou o que mais rapidamente vendeu, superando “Can't Buy Me Love" que tinha o recorde anteriormente.

Aqui você confere o mini documentário que acompanha o álbum na versão 2009 remasterizada!

THE BEATLES - BEATLES FOR SALE

Nenhum comentário:
A capa do álbum já diz tudo: os Beatles, que foram fotografados sérios e circunspectos, estavam cansados dos shows incessantes e do circo de celebridades. Com a pressão de ter que entregar o disco antes do Natal, fizeram o que melhor encontraram! As gravações foram em Abbey Road, de agosto a outubro de 1964.

Com pouco tempo para escrever novas canções, eles tiveram que apelar para a velha fórmula de covers. Em vez de canções de grupos de garotas ou clássicos da Motown, eles resgataram criações dos antigos pioneiros do rock, os lendários nomes que os contagiaram nos anos 50 e cujas canções incendiavam as noitadas de Liverpool e Hamburgo. O grande Carl Perkins sempre foi idolatrado por George Harrison e aparece no “BEATLES FOR SALE” em duas covers: Honey Don’t (com Ringo) e Everybody’s Trying To Be My Baby (com George comandando). Buddy Holly também foi outra influência marcante na sonoridade dos Beatles e ganha um tributo com Words Of Love, cantada por John e Paul. Chuck Berry é homenageado em Rock and Roll Music, cujo vocal apaixonado de Lennon redefiniu a canção. Paul resgatou a junção de Kansas City (Jerry Lieber e Mike Stoller) com Hey, Hey, Hey, Hey (Litlle Richard), que ele cantava no Cavern. Talvez, a pior escolha para o disco foi Mr. Moonlight, de Dr. Feelgood and the Interns. Uma música estranha que eles costumavam tocar no início da carreira.

John Lennon continuava a abrir o coração e compôs suas músicas mais intimistas até então. I’m a Loser é um folk rock com letra defensiva, mas reveladora. O mesmo aconteceu com I Don’t Want to Spoil the Party, onde o magoado John não queria ser o chato da festa. Levando-se em consideração que 'I´ll Follow The Sun' já havia sido escrita anos antes, 'What You´re Doing' torna-se a única contribuição de Paul para este disco. Realmente 1964 foi o ano de John Lennon, e, assim como em 'A Hard Day´s Night', Paul pouco produziu neste ano como compositor, porém, fez coisas brilhantes como 'And I love Her' e 'Can´t Buy Me Love'. Paul canta e George usa mais uma vez sua Rickenbaker de 12 cordas. Every Little Thing, de Lennon, novamente seria regravada pelo grupo de rock progressivo YES, no seu primeiro álbum de 69. No Reply, também de John, tinha potencial para ser um single de sucesso, mas os Beatles deixaram a música para alavancar o LP. O grande hit de BEATLES FOR SALE foi Eight Days a Week, basicamente outra criação de John. Sua efervescência passava a falsa impressão de que o líder dos Fab Four andava feliz da vida, mas a situação não era bem essa.

BEATLES FOR SALE - MINI DOCUMENTÁRIO 2009

A seguir, você confere o texto original do LP escrito em 1964 por Derek Taylor, acessor de imprensa dos Beatles.
Este é o quarto LP dos Beatles. “PLEASE PLEASE ME”, “WITH THE BEATLES”, “A HARD DAY’S NIGHT”. Eis os três. E agora... “BEATLES FOR SALE”. Os Beatles à venda. Não quer dizer que os Beatles estejam à venda. Mesmo porque não há dinheiro que pague. Trata-se apenas do LP, e este você pode comprar. O dinheiro não é tudo. Há uma história inestimável entre estas capas. Nenhum de nósestá ficando mais novo. Quando, daqui a 20 anos ou maiscriança, entendidaem música, estiver num piquenique em Saturno, e lhe perguntar quem eram os Beatles - “Você os conheceu à época? - não tente explicar tudo sobre os cabeludos e sua turbulência! Basta à criança tocar algumas faixas deste LP e logo entenderá tudo. Os jovens do ano 2000 extrairão da música mais sensação de bem-estar e ardorque sentimos hoje, porque a mágica dos Beatles, desconfio, não tem limite de tempo nem idade. Ela venceu todas as barreiras. Acabou com todas as diferenças de raças, idades e classes. É venerada pelo mundo inteiro. Este LP tem alguns números agradáveis da música Beatle. Tem, por exemplo, oito novos títulos trabalhados pelos incomparáveis John Lennon e Paul McCartney, e mais 6 números que foram escolhidos da riqueza rítmica da extraordinária década passada, entre elas composições como KANSAS CITY e ROCK AND ROLL MUSIC. Maravilhoso. Muitas horas de trabalho árduo foram gastas na produção deste LP. Não é uma mistura de vale-tudo para ganhar dinheiro.
No mínimo, 3 canções de Lennon & McCartney foram seriamente consideradas como lançamentos de compactos simples, até que John apareceu inesperadamente com “I FEEL FINE”. Estas três foram “EIGHT DAYS A WEEK”, “NO REPLY” e “I’M A LOSER”. Cada uma teria estourado os primeiros lugares, mas estão como adorno e um exemplo para outros artistas. Como em outros Lps, os Beatles levaram mais tempo com o sucesso do que o mercado exige normalmente. Há alguns truques de gravação que os Beatles e seu produtor, George Martin, introduziram, com algumas inovações, tais como: Paul num órgão Hammond, em MR. MOONLIGHT, e, pela primeira vez, George Harrison tocando um velho tambor africano, porque o baterista Ringo estava tocando bongô. O tambor de George continuou na trilha sonora, mas o bongô de Ringo foi retirado depois, na mixagem. Ringo toca tímpano, em EVERY LITTLE THING, e na faixa ROCK AND ROLL MUSIC, George Martin junta John e Paul no mesmo piano. Em WORDS OF LOVE, Ringo aparece tocando caixa. Além disso, é um disco confeccionado em 1964. O melhor do seu tipo no mundo. Há pouca coisa ou nada neste LP que não possa ser reproduzido no palco, embora os estudiosos e críticos da música “pop” saibam que nem sempre é o caso. Ei-lo, afinal. Ainda é o melhor LP, inteiramente definido: John, Paul, George e Ringo - cheio de tudo que fez dos quatro a maior atração que o mundo já conheceu.
Para aqueles que gostam de saber qual o desempenho de cada um neste LP, há detalhes ao lado,nos títulos e nas músicas.

THE BEATLES - A HARD DAY'S NIGHT

3 comentários:



A abertura eletrizante de “Os Reis do Ié-Ié-Ié” - A Hard Day’s Night - 1964 - resume perfeitamente as qualidades do primeiro filme dos Beatles. Dirigido por Richard Lester, os quatro integrantes da banda mais famosa da história aparecem em desabalada carreira, seguidos por uma multidão de fãs alucinados. De repente, num lance genial do destino, George Harrison tropeça nas próprias pernas e sofre uma queda espetacular, retumbante. Os demais integrantes do grupo diminuem o passo e gargalham, deliciados. Ato contínuo, o guitarrista levanta, também sorrindo, e todos retomam a “fuga”, ao som da canção-título. Histeria, irreverência, improvisos e boa música: a essência da Beatlemania em pouco mais de dois minutos.




Filmado a toque de caixa, com período completo de produção (roteiro, filmagem, edição) espremido em 16 semanas, “Os Reis do Iê-Iê-Iê” nasceu como um produto 100% comercial, sem qualquer ambição artística. A idéia da gravadora dos Beatles, a EMI, era apenas aproveitar a fama dos rapazes de Liverpool, adquirida durante a primeira passagem da banda pelos EUA, para vender discos e bilhetes de cinema. Ninguém imaginava que o grupo se tornaria o mais importante da música popular no século XX. Tampouco previam que o filme se tornaria uma referência obrigatória no terreno dos musicais. O medo de que o sucesso escasseasse a qualquer momento acelerou a produção, mas não impediu o jovem cineasta Richard Lester de lançar as fundações do novo gênero (o documentário musical) e criar as sementes do que viria a ser um grande símbolo cultural no fim do século – o videoclipe.

Lester, então um diretor ascendente que tinha apenas um sucesso independente no currículo, atacou o filme com uma abordagem semi-documental muito ousada. Dispondo de apenas US$ 500 mil, ele pôs um roteirista (Alun Owen) para seguir o grupo por um mês e decidiu recriar, em clima de falso documentário, um dia na vida da banda. Owen escreveu alguns diálogos, sempre inspirados naquilo que via, mas deixou espaços para improvisos, algo que John Lennon e os rapazes adoravam. O preto-e-branco das imagens não foi uma escolha estética: as pequenas câmeras portáteis que acompanhavam o quarteto na rua só gravavam em P&B. Não havia um roteiro propriamente dito. Cada músico decorava algumas frases e criava o resto na hora, enquanto o resto do elenco simplesmente seguia os improvisos.

Poderia ter sido um fracasso espetacular, mas não foi. Muito pelo contrário. A opção pelo improviso, associada às técnicas modernas de montagem (os jump cuts, cortes que rasgam a unidade de tempo e espaço dentro das cenas, aprendido nos filmes de Jean-Luc Godard), acabou por capturar muito bem a atmosfera de irreverência e inovação cultural associadas à Beatlemania. As piadas são ótimas (Lennon e Ringo Starr, em particular, se saem bem como atores), e os números musicais que intercalam as cenas dramáticas – em especial as imagens do quarteto brincando num gramado durante “Can’t Buy me Love” – forneceram inspiração e um modelo estético para o futuro nascimento do videoclipe.

Além de ser um musical brilhante, rende uma perfeita sessão dupla com o divertido “Febre da Juventude” (1978). Se o filme dos Beatles acompanha um dia na vida do quarteto de Liverpool, a estréia de Robert Zemeckis no cinema, assumidamente inspirada em “Os Reis do Iê-Iê-Iê”, focaliza as peripécia de um grupo de fãs para conseguir entrar na apresentação de TV gravada pela banda inglesa neste mesmo dia.

THE BEATLES - WITH THE BEATLES

Um comentário:
Com mais dinheiro, George Martin se deu ao luxo de reservar os estúdios de Abbey Road de julho a outubro de 1963, período em que o segundo disco dos Beatles foi gravado. A idéia era seguir a mesma linha de Please Please me. Metade das faixas era composta de covers, a outra metade, originais dos Beatles. Só que agora, em vez do Brill Building, a inspiração veio da Motown. As canções de Lennon & McCartney também eram mais bem acabadas e menos derivativas, trazendo um inconfundível toque pessoal. All I've Got to do, It Won’t Be Long e Not a Second Time, todas de Lennon, eram persistentes e incisivas. Little Child era uma brincadeira R&B de John e Paul, com a gaita de Lennon fazendo a diferença. Já McCartney reciclou Hold Me Tight (rejeitada de Please Please Me) e também criou All My Loving, canção cuja melodia podia agradar pessoas de 8 a 80. George Harrison timidamente saia do casulo e apareceu com sua primeira música em um álbum dos Beatles, chamada Don’t Bother Me. John e Paul escreveram I Wanna Be Your Man especialmente para os Rolling Stones. Quando chegou a vez dos Beatles registrarem a canção, Ringo Starr ficou com os vocais e cantou com energia e entusiasmo. Para não quebrar a regra, havia um cover de um grupo de garotas Devil In Her Heart, do The Donays e uma regravação de um clássico de Chuck Berry, Roll Over Beethoven. E Paul novamente veio com uma canção oriunda do teatro musical. Desta vez era Till There Was You, de Meredith Wilson, da peça The Music Man. Os covers da Motown são bem acima da media, incluindo You Really Got Hold On Me de Smokey Robinson & The Miracles, Please Mr. Postman (The Marvelettes) e Money (That’s What I Want) de Barret Strong. Aqui, Lennon repetiu a dose de Please Please Me e simplesmente tornou sua uma canção que antes era identificada com outro artista. A capa do álbum foi obra de Rober Freeman. A foto dos Beatles, clicados como se fossem meia-lua, também se tornou clássica.

WITH THE BEATLES - MINI-DOC - 2009

THE BEATLES - PLEASE PLEASE ME

2 comentários:
Lançado em 22 de março de 1963, o disco de estréia dos Beatles esbanja frescor e vitalidade. A idéia original era gravar a banda ao vivo no Cavern, em Liverpool. Como as condições técnicas não eram adequadas, George Martin preferiu levar os rapazes para os estúdios de Abbey Road. O álbum todo foi gravado no dia 11 de fevereiro de 1963, com os trabalhões começando às 10 da manhã. O conceito foi mantido. O disco tinha que ser um registro de como os Beatles soavam no palco. Por isso tudo foi feito ao vivo, com poucos overdubs. O álbum mostra como Lennon & McCartney tinham florescido como compositores. Das 14 canções, oito são da dupla. O disco foi “recheado” com Love Me do, PS I Love You, Please Please Me e Ask Me Why, que tinham sido lançadas pouco antes em singles de sucesso. As outras faixas originais são exemplares. Uma delas, I Saw Her Standing Ther, um rock cheio de energia concebido por Paul, logo se tornou Standart. Misery tinha sido escrita para a cantora Helen Shapiro. There’s a Place, de Lennon, era original e personalíssima. A balada Do You Want To Know a Secret foi escrita por Joh e Paul para o amigo Billy J. Kramer e no álbumganhou vocal de George. O s covers mostram que os Beatles estavam muito interessados no som criado pelos compositores americanos do Brill Building, que escreviam para os grupos de garotas. Assim tem Chains (The Cookies), Boys e Baby It’s You (The Shireless). A inclusão de A Taste Of Honey é uma amostra do ecletismo de Paul. A canção veio de uma peça de teatro, mas os Beatles se basearam na gravação de Lenny Welch. Em Anna (Go With Him), Lennon prestou homenagem ao mestre do R&B Arthur Alexander. Porém, ele se superou em Twist And Shoult. Foi a última música a ser gravada. John, que estava se recuperando de um resfriado, deu a performance da sua vida, berrando desbragadamente e fazendo todos esquecerem a versão original dos Isley Brothers A foto da capa de Please Please Me foi feita por Angus Mcbean. A princípio, os Beatles seriam fotografados no zoológico, mas eles simplesmente foram levados para a sede da EMI, em Manchester Square, e fotografados de baixo para cima. Simples, mas icônico. E ficou show!
THE BEATLES - PLEASE PLEASE ME - MINI DOC - 2009

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

RINGO STARR - PHOTOGRAPH - EXCELENTE!!!

3 comentários:

HAPPY CHRISTMAS - WAR IS OVER!

2 comentários:
Atendendo o pedido do amigo e xará Eduardo Sales. Abração!
Happy Xmas (War Is Over) foi escrita por John Lennon, e lançada como single em 1971 pela Apple Records, alcançou a 3ª posição da Billboard, a primeira aparição oficial da música foi em 1975 no disco Shaved Fish. Embora seja uma canção de protesto sobre a Guerra do Vietnã , tornou-se umas das mais famosas musicas de natal fora do eixo das musicas popularmente classicas, e já foi gravada em varias linguas, entrando em muitas compilações de natal. A letra é baseada em uma campanha do final de 1969 organizada por Lennon & Ono, que alugaram varios outdoors e colaram cartazes em doze cidades espalhadas pelo mundo com a frase: "WAR IS OVER! (If You Want It)", as cidades escolhidas foram: New York, Los Angeles, Toronto, Roma, Atenas, Amsterdam, Berlin, Paris, Londres, Tóquio, Hong Kong e Helsinque.

"Happy Xmas (War Is Over)" se tornou um dos maiores sucessos da carreira solo de John Lennon. Foi gravada dois anos depois de composta, no final de outubro de 71, nos estúdios da Record Plant em Nova Iorque com a ajuda do produtor Phil Spector. A gravação apresenta um grande coral de crianças do Harlem Community Choir.

HAPPY CHRISTMAS (War Is Over) - JOHN LENNON & YOKO ONO
O que temos feito para mudar isto? Assista e reflita!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

BADFINGER - PETE'S WALK - AGAIN!

Um comentário:
Marina disse: "Oi, Edu! Muito legal o seu Baú! Foi impressão minha ou no vídeozinho "BADFINGER - PETE'S WALK" aparece você?"
Edu disse: "Querida Marina. Prazer enorme ver você por aqui. Parabéns pela observação! Não foi impressão não. Sou eu sim! Eu e meu amigo Marco Miranda estamos no bar bebendo e fumando quando o Pete passa e nos cumprimenta. Vamos conferir novamente? Abração!


FAIXA DE PEDESTRES VIRA PATRIMÔNIO HISTÓRICO

3 comentários:
Enviado por Antonio Estevam Neiva - Abração!



A faixa de pedestres mais famosa do mundo, localizada em frente ao estúdio londrino Abbey Road, eternizada na capa do álbum homônimo dos Beatles em 1969, foi considerada nesta quarta-feira (22) um patrimônio histórico inglês. A sinalização ganhou o status "grade II", dada apenas a prédios e obras arquitetônicas, afirma o site da BBC. A faixa original em que John, Ringo, Paul, e George atravessaram foi movida por alguns metros há 30 anos devido ao trânsito. "Essa faixa de pedestres londrina não é um castelo ou uma catedral, mas graças aos Beatles e a uma seção de fotos de 10 minutos realizadas em uma manhã de agosto de 1969, ela também tem o direito de ser vista como parte do nosso patrimônio", afirmou John Penrose, ministro do turismo no Reino Unido. Segundo o político, como os estúdios Abbey Road já possuiam a mesma certificação histórica, o local se torna "uma Meca para os fãs mundiais dos Beatles".

THE BEATLES - GET BACK / DON'T LET ME DOWN

2 comentários:
Fonte: "The Beatles - A História Por Trás De Todas As Canções" - Steve Turner

THE BEATLES - GET BACK


Paul declarou que escreveu “Get Back” originalmente “como uma canção política” e fitas demo remanescentes revelam que ele planejava satirizar as atitudes daqueles que achavam que os imigrantes da Inglaterra deveriam ser repatriados. Deveria ser cantada do ponto de vista de alguém que que acha que imigrantes estavam “tirando” seus lugares e, consequentemente, incitava-os a “voltar” para o lugar de onde tinham saído, e suas intenções satíricas podiam facilmente ser mal interpretadas.
Anos depois, Paul ainda tinha que responder perguntas de jornalistas que tinham ouvido versões piratas e queriam saber se ele tinha passado por uma fase racista. “Os versos não eram nada racistas. Se houve um grupo que não era racista, eram os Beatles. Todas as nossas pessoas preferidas eram sempre negras”. Ele disse.
Quando foi gravada, “Get Back” tinha sido transformada em uma música sobre Jojo de Tucson, Arizona e Loretta Martin. Nenhuma história se desenvolve, e o refrão original foi mantido. Por se tratar de um rock, “Get Back” foi entendida como um retorno às raízes musicais, e o anúncio de jornal da Apple que trazia o slogan “Os Beatles como a natureza os queria” parecia confirmar essa idéia, “Get Back” é o novo single dos Beatles, dizia. “É a gravação dos Beatles mais ao vivo impossível, nessa era eletrônica. Não há nada eletrônico nela. Get Back é um puro rock de primavera”. O anúncio continuava citando Paul: “Estávamos sentados no estúdio e a fizemos do nada... começamos a escrever a letra ali mesmo... quando terminamos, nós a gravamos nos estúdios da Apple e a transformamos em uma música para curtir as mudanças”.
Em entrevistas posteriores George Harrison disse que Paul cantava o refrão nos ensaios com um olhar “esquartejador” para Yoko Ono: “Get back to where you once belonged” ou “Volte para o lugar de onde você veio”. Isso tornou-se a paranóia de John Lennon. Ao final da música, Paul agradece os aplausos de Maureen, esposa de Ringo (Thanks, Mo!) e John tem a palavra final por alguns segundos: "Gostaria de agradecer a todos em nome do grupo, e espero que tenhamos passado no teste".

THE BEATLES - DON'T LET ME DOWN


John sempre manisfetou seu medo de ser “let down” (decepcionado) por aqueles em quem confiava. Para esta, e outras canções em que confessava sua preocupação em ser rejeitado, ele se inspirou em outro tema dos Beatles, “If I Fell”. Escrita sobre Yoko e lançada com lado B de “Get Back” em abril de 1969, essa antiga angústia foi manifestada como um grito atormentado depois de encontrar alguém que o amava mais do que qualquer outra pessoa já tinha feito. Influenciado pela arte minimalista de Yoko Ono, ele cortou tudo que era perfumaria, reduzindo seu apelo à forma de um simples telegrama urgente.