quarta-feira, 30 de agosto de 2023

PAUL McCARTNEY - HERE TODAY - 1982

Nenhum comentário:

"Here Today" é uma canção de Paul McCartney de seu álbum de 1982, Tug of WarMcCartney escreveu a música sobre seu relacionamento com e seu amor por John Lennon, que tinha sido assassinado dois anos antes. Ele afirmou que a música foi composta sob a forma de uma conversa imaginária que poderia ter tido com o parceiro do tempo dos Beatles. A canção foi produzida por George Martin e, embora não lançada como single, alcançou # 46 na Billboard Mainstream Rock Charts. Em uma entrevista de 2004, no The Guardian, McCartney disse que, devido à natureza honesta e emocional da música, para ele era "um choro, um desabafo" quando a escreveu. A estrutura da música em si é escrita como um diálogo entre Lennon e McCartney. McCartney diz que Lennon costumava "meter-se" em McCartney, mas muitas vezes não queria dizer isso, e isso é emulado na conversa hipotética onde os dois discutem sobre se eles realmente se conhecem ou não. A canção é sobre McCartney estar realmente tentando falar com John, mas percebendo ser inútil, agora que ele se foi. A gravação começou no verão de 1981 no sótão do moinho na casa de Sussex de McCartney. Ele e George Martin ficaram discutindo se usariam ou não o mesmo quarterto de cordas de "Yesterday". Concordaram que sim. George Martin, produziu e forneceu o acompanhamento orquestral, executado por um quarteto de cordas no AIR Studios em Londres em 30 de novembro de 1981. A mixagem foi feita no Odyssey Studios em Londres em 9 de dezembro de 1981.

Paul McCartney frequentemente canta a música ao vivo, e ela aparece nos álbuns ao vivo Back in the WorldBack in the USAmoeba Gig e Good Evening New York CityEnquanto canta a música, McCartney tende a ficar emocionado: "Pelo menos uma vez em turnê, essa música simplesmente me pega. Estou cantando e acho que estou bem, e de repente percebo que é muito emocionante, e John era um grande amigo e um homem muito importante na minha vida, e sinto falta dele, sabe?". Paul McCartney – vocal e violão; Jack Rothstein – violino; Bernard Partridge – violino; Ian Jewel – viola; e Keith Harvey – violoncelo.

JOHN LENNON - LOVE - 1970 ★★★★★★★★★★★★★★★★

Nenhum comentário:

A lindíssima "Love" foi composta e gravada por John Lennon originalmente para seu primeiro álbum solo - John Lennon / Plastic Ono Band (1970). O tema da música é mais otimista do que a maioria das músicas de Lennon na época.

Lennon pensou em lançá-la como single, mas preferiu "Mother". No entanto, "Love" recebeu uma atenção considerável na época de estações de rádios que hesitaram em tocar "Mother". "Love" apareceu mais tarde na coletânea The John Lennon Collection (1982), e foi lançada como um single promocional para a coleção. A versão é um remix da faixa original, que difere mais notavelmente por ter a introdução do piano e outro (tocado por Phil Spector) mixado no mesmo volume do resto da música; na versão original do álbum, essas partes começam muito mais silenciosas e vão aumentando de volume. O lado B era "Gimme Some Truth", mas rotulado como "Give Me Some Truth". Uma versão alternativa de "Love" aparece na box John Lennon Anthology (1998), bem como no álbum Acoustic (2004).
Quando "Love" foi lançada como single em 1982, a foto na capa foi da mesma sessão de The John Lennon Collection que a fotógrafa Annie Leibovitz fez no dia 8 de dezembro de 1980.

ALVARO ORTEGA - NOT A SECOND TIME*****

Nenhum comentário:

terça-feira, 29 de agosto de 2023

BRIAN SETZER - THE KNIFE FEELS LIKE JUSTICE - 1986

Nenhum comentário:

The Knife Feels Like Justice foi o álbum de estreia de Brian Setzer, lançado em 1986 pela EMI America. Em contraste com o som rockabilly de sua banda anterior Stray Cats, este álbum enfatiza um som de rock de raiz, no estilo de uma de suas maiores influências, John Cougar Mellencamp. Setzer utilizou o produtor de Mellencamp, Don Gehman, e seu baterista, Kenny Aronoff, para as gravações de estúdio. O álbum alcançou a posição 45 na parada de álbuns da Billboard dos EUA em abril de 1986. Um videoclipe para a faixa-título foi filmado em Pueblo , perto de Taos, Novo México. A faixa "The Knife Feels Like Justice" abre o álbum de forma brilhante, "Radiation Ranch" é a 5ª faixa - "Um Rockão dos infernos!".

JOHN MELLENCAMP - PAPER IN FIRE 💥💥💥💥💥

Um comentário:

John Cougar Mellencamp ou, simplesmente, John Cougar ou ainda John Mellencamp é um cantor, compositor e guitarrista norte-americano. Já vendeu mais de 40 milhões de discos em sua extensa carreira, iniciada nos anos 1970. Teve 22 músicas no Top 40 Americano e foi indicado para 13 Grammy Awards, ganhando um pelo trabalho em "American Fool". Fazendo um estilo que mescla rock, folk e country de raiz, o artista destaca-se por suas letras engajadas e de cunho social, sendo por muitas vezes comparado com Bruce Springsteen. "Paper in Fire" foi lançada por Mellencamp em 15 de agosto de 1987 como o primeiro single de seu nono álbum de estúdio The Lonesome Jubilee. A música foi um sucesso comercial, alcançando a 9ª posição na parada Billboard Hot 100. Também liderou a parada Billboard Mainstream Rock Tracks e a Canadian Singles Chart, e figurou em várias paradas de singles europeias. John Cougar está com 71 anos.

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

BOB MARLEY & THE WAILERS - I SHOT THE SHERIFF - LIVE - 1977 ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐

Um comentário:

"I Shot the Sheriff" foi composta por Bob Marley e lançada em 1973 no álbum Burnin' de sua banda The Wailers.

Sentindo-se perseguido, Marley escreveu a música de protesto sobre autodefesa. O protagonista viu o “Xerife” mirando pare ele e então atirou primeiro. A violência armada não foi cega: ele não “atirou no delegado”. Talvez, ele não atirasse indiscriminadamente contra todas as pessoas uniformizadas, apenas contra aquelas que queriam tirar sua vida. Numa reviravolta do destino, a ex-namorada de Marley, Esther Anderson, afirmou em 2012 que a letra, "O xerife John Brown sempre me odiou / O por que eu não sei / Toda vez que planto uma semente / Ele diz: Mate-a antes que cresça", na verdade tinha a ver com controle de natalidade e uso da pílula. E que Marley supostamente substituiu a palavra “médico” por xerife. Em 1974, a lenda Eric Clapton gravou uma cover de "I Shot the Sheriff" e a incluiu em seu LP de 1974, 461 Ocean Boulevard, dando um lado soft rock à faixa de reggae de Marley. Alcançou o primeiro lugar na Billboard Hot 100.

ERIC CLAPTON - I SHOT THE SHERIFF - 1974

Um comentário:

domingo, 27 de agosto de 2023

A MORTE DE BRIAN EPSTEIN

Nenhum comentário:

Ele nunca apareceu em capas de discos, não compôs refrões famosos nem arrancou gritos e suspiros de fãs ensandecidas. Sem Brian Epstein, entretanto, talvez você jamais tivesse ouvido falar em John Lennon e “iê, iê, iê” seria apenas uma simples expressão sem sentido. Brian nasceu em 19 de setembro de 1934, em Liverpool e começou a ganhar a vida trabalhando em uma loja de discos. Epstein era homossexual (em uma época que isso era crime) e isso só se tornou público tempos depois de sua morte. A homossexualidade de Brian era conhecida somente entre os mais próximos, inclusive os Beatles. Devido a uma maior proximidade que tinha com John Lennon surgiram rumores que os dois tiveram um breve caso numa viagem que fizeram juntos para a Espanha em abril de 1963. Pouco depois de começar a empresariar os Beatles, Brian começou a tomar anfetaminas. Para ele era o único meio de manter-se acordado até altas horas durante as exaustivas turnês.
Mais tarde, se envolveu no uso de outras drogas como a maconha e LSD. Pouco antes de sua morte, Brian foi internado na clínica Priory tentando se livrar do uso de anfetaminas e da insônia.

Sua última visita ao estúdio de gravação de "seus rapazes", foi em 23 de agosto. No dia seguinte ele partiu para sua casa no campo em Uckfield (Sussex) para férias. Chegando em Uckfield, resolveu voltar a Londres. No dia 27 de agosto de 1967, Brian Epstein foi encontrado morto em seu quarto, aos 32 anos.

No laudo, constava "morte acidental" por overdose de Carbitol, um medicamento para insônia. No dia de sua morte, os Beatles estavam em Bangor meditando com o Maharishi Mahesh Yogi quando souberam da notícia e ficaram visivelmente chocados. O corpo de Brian encontra-se sepultado no Cemitério Judaico Kirkdale, Liverpool.
Sobre a morte de Brian, John Lennon disse: "Estávamos no País de Gales com o Maharishi. Havíamos acabado de assistir à sua primeira palestra quando recebemos a notícia. Fiquei chocado, todos nós ficamos, e fomos falar com o Maharishi. ‘Ele morreu’, dissemos, e ele, como um idiota, dizia em tom paternal, ‘Esqueçam, fiquem felizes, sorriam’, e foi o que fizemos. Senti o que qualquer um sente quando uma pessoa íntima morre: algo dentro de nós dizendo de forma descontrolada, ‘ainda bem que não fui eu’. Não sei se você já passou por isso, mas muitas pessoas próximas a mim morreram e eu pensei ‘Que droga! Não há nada a fazer’. Sabia que estávamos em uma enrascada. Estava assustado, pois não tinha nenhuma ilusão de que pudéssemos fazer qualquer outra coisa a não ser tocar, e pensei ‘Estamos acabados’. Eu gostava de Brian e tivemos uma relação estreita durante anos, por isso não quero que nenhum estranho seja nosso empresário, simplesmente isso. Gosto de trabalhar com amigos. Eu era o mais próximo de Brian, tão próximo quanto se pode ser de alguém que leva um estilo de vida ‘gay’, e você não sabe o que ele faz por fora. De todos os Beatles, eu era o mais próximo de Brian e realmente gostava muito dele. Nós tínhamos plena confiança nele como empresário. Para nós, ele era o especialista. Bem, no começo ele tinha uma loja e achávamos que qualquer um que tivesse uma loja sabia o que fazer. Ele costumava encantar e seduzir a todos, mas, às vezes explodia, tinha acessos de raiva e tinha crises de poder e, então, sabíamos que iria desaparecer por alguns dias. De tempos em tempos, entrava em crise e todo o negócio parava, pois ficava prostrado na cama, tomando soníferos por dias a fio. Às vezes desaparecia, porque fora espancado por algum estivador em Old Kent Road. No início, não sabíamos o que realmente acontecia, mas, mais tarde, descobrimos a verdade. "Nunca teríamos conseguido chegar ao topo sem sua ajuda e vice-versa. No começo de nossa carreira tanto Brian quanto nós contribuímos, nós tínhamos o talento e ele fazia as coisas acontecerem. Mas ele não tinha força suficiente para nos controlar. Nunca conseguiu que fizéssemos algo que não queríamos”.

THE BEATLES - YOU'VE GOT TO HIDE YOUR LOVE AWAY

Nenhum comentário:


"You've Got to Hide Your Love Away" foi composta por John Lennon e lançada no álbum Help!, de 1965. Foi inspirada em Bob Dylan e faz referência ao empresário Brian Epstein - responsável pelo sucesso do começo da carreira dos Beatles. Devido a uma maior proximidade que tinha com John Lennon surgiram rumores que os dois tiveram um romance quando foram para Espanha em abril de 1963. A homossexualidade de Brian não veio a público até anos após a sua morte em 1967. O título supostamente evidencia este fato: You've Got to Hide Your Love Away - Você tem que esconder seu amor. Seja como for, é uma das pérolas mais preciosas já gravadas pelos Beatles.
"You've Got to Hide Your Love Away" foi gravada em um dia para a trilha de "Help!", e sua apresentação durante o filme, com os Beatles relaxando na casa onde os quatro moram, é um dos pontos altos da película. Foi a primeira gravação dos Beatles a apresentar somente instrumentos acústicos, e marcou também uma das poucas vezes que Lennon, sempre dolorosamente crítico quanto à sua habilidade como cantor, não duplicou sua voz, como fazia desde de que descobriu esse truque de estúdio.
"You've Got to Hide Your Love Away" foi a primeira música dos Beatles desde 'Love Me Do' a apresentar um músico de foraFoi John Scott, que gravou as flautas tenor e alto para a música. Ele recebeu seis libras (17 dólares na época) e nenhum crédito. Os Beatles deram uma direção geral a Scott e deixaram que ele elaborasse um arranjo próprio. Scott se lembrava de que os rapazes estavam de bom humor na época. "Ringo estava cheio de alegrias matrimoniais. Ele tinha acabado de voltar de sua lua de mel". Disse ele.
"You've Got to Hide Your Love Away" foi gravada no dia 18 de fevereiro de 1965 em Abbey Road. Foi produzida por George Martin e teve Norman Smith como engenheiro de som. John Lennon - vocal e violão de 12 cordas; Paul McCartney - baixo; George Harrison - violão clássico; Ringo Starr - tarola escovada , pandeiro e maracas; e John Scott - flautas baixo e alto.

Embora os Beatles não tenham lançado como single, ("não é comercial", Lennon disse), o grupo de folk inglês The Silkie, que tinha contrato com a companhia de Brian Epstein, a emplacou no Top 10 nos Estados Unidos, e os Beach Boys fizeram uma cover no álbum Beach Boy's Party, de 1965. De lá prá cá, muita gente bebeu água nessa fonte: Percy Faith and his orchestra em 1965; Jan & Dean em 1966; The Grass Roots em 1966 ; Waylon Jennings and the Waylors em 1967; The Pozo-Seco Singers em 1968; Enuff Z'nuff em 1985; Elvis Costello em 1994; A versão de Joe Cocker, em 1991, poderia ter ficado boa, mas não passou de uma tentativa de um repeteco de With a Little Help From My friendsEddie Vedder fez uma cover fraquíssima em 2001 para a trilha do filme I Am Same o Oasis gravou uma cover em 1994 ou 95, que também é muito ruim.

THE BEATLES MEETS ELVIS - ENCONTRO DE GIGANTES

Nenhum comentário:

Desde que os jovens garotos de Liverpool, que um dia se tornariam Os Beatles, começaram a se interessar verdadeiramente por música, Elvis foi sem dúvida, uma de suas primeiras referências. Quando as coisas começaram a ficar melhores, e eles começaram a ganhar algum dinheiro, todos vislumbraram uma chance de algum dia poderem se encontrar com o Rei do Rock. Esse dia chegou na noite de 27 de agosto de 1965. Mas ao contrário de qualquer expectativa, esse encontro não foi uma festa. Os Beatles estavam apreensivos e Elvis estava inseguro e se mostrou na defensiva o tempo inteiro.
O encontro entre as duas maiores estrelas da música pop do século XX, foi marcado para aquele dia 27 de agosto de 1965, depois de muitos telefonemas entre Brian Epstein e o Coronel Tom Parker. A visita dos Beatles ao rei do rock aconteceu em sua casa, em Bel Air. Não existem muitas evidências, até hoje, de qualquer produto áudio/visual relevante. A única imagem alusiva ao encontro de Elvis com os Beatles é uma foto em que John Lennon aparece saindo da casa de Elvis. Anos mais tarde apareceu uma outra onde Elvis aparece segurando um baixo e John sua rickenbaker. No documentário The Beatles Anthology, de 1996, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, dizem que jamais tocaram com Elvis, e que somente John o fizera. Ringo, disse ter jogado futebol com Elvis. Hahaha.

Para lembrar os 58 anos do famoso encontro entre os maiores gigantes da música pop, a gente confere com exclusividade, um trecho do excelente livro “The Beatles – A Biografia” de Bob Spitz.

"Coisas estranhas abundavam em Los Angeles. Primeiro, a polícia se recusou a cooperar com os Beades, dizendo que "não poderia se responsabilizar pela segurança deles". Depois, Phil Spector os convidou a ir à sua mansão e fez uma apresentação de drogas e armas. Ambas as circunstâncias proporcionaram alguns momentos incômodos para os rapazes, mas nada que pudesse competir com a visita a Elvis. Havia mais de um ano que Brian e o Coronel Parker estavam tentando agendar um encontro entre seus megaastros, tendo apenas os egos — gigantescos egos — deles como empecilho. "Ávido para proteger o prestígio de seus artistas", nenhum dos empresários queria piscar primeiro quanto à decisão de quem aceitaria o convite do outro. Afinal, os Beatles cederam, concordando em fazer uma visita ao rei.Elvis tinha acabado de voltar de Honolulu, onde havia filmado Feitiço havaiano (Blue Hawaii), e estava encafuado com a máfia de Memphis numa casa alugada em Bel-Air. Quando os Beatles chegaram, um pouco depois das 10 horas da noite, em 27 de agosto, eles estavam "rindo [...] histéricos", parte pelo nervosismo, do qual todos sofriam, parte pelos baseados que tinham compartilhado no carro. A casa era muito, muito grande e extravagante — "como uma boate", pensou John. Lá dentro, Elvis estava acomodado soberanamente em um enorme sofá em formato de ferradura — o rei, maior que o mundo, com uma blusa vermelha por baixo de uma jaqueta preta justa e calças pretas. Com um braço, ele enlaçava sua rainha, Priscilla Beaulieu, e em volta estavam seus fiéis escudeiros: Joe Esposito, Marty Lacker, Billy Smith, Jerry Schilling, Alan Fortas e Sonny West. Talvez mais do que todos, John ficou abalado pela visão de seu ídolo de infância. Antes que ele comprasse um violão, antes do skiffle, antes de Paul, George e Stu, antes de sua própria odisseia pop, John tinha escutado "Heartbreak Hotel" e descobrira que "aquilo era o máximo para mim". Agora, John recorria a brincadeiras, encenações, e a falar sem parar como se fosse o inspetor Closeau. "Ah, entom esse é você!", ele brincou, tentando fazer um sotaque e olhando distraidamente para o anfitrião por sobre os óculos. Os outros Beates estavam atônitos, olhando em volta para o cenário ao estilo de Las Vegas, com mesas de bilhar e carteado, além de roletas que entulhavam o lugar. Uma.jukebox bem-abastecida ronronava num canto. A sala era banhada por uma luz vermelha e azul, o que criava a aparência de uma boate barata. Ninguém sabia o que fazer ou dizer. Após um breve e embaraçoso silêncio, Elvis os chamou para se sentar ao lado dele, mas se cansou dos olhares vazios dos Beatles — "Era a adoração de um herói de alto nível", admitiu Paul - e começou a zapear nervosamente pelos canais do aparelho de televisão, que tinha o tamanho de uma parede. "Se vocês vão ficar aí parados só olhando pra mim, eu vou pra cama", bufou Elvis, jogando o controle remoto na mesa de café. Virando-se para a namorada, ele disse: "Por hoje é só, certo, Cilla? Não queria que isto aqui acabasse como um bando de súditos visitando o rei. Achei que íamos relaxar, conversar sobre música e tocar um pouco". "Isso seria ótimo", disse Paul, sugerindo que tentassem tocar uma música da "outra Cilla" — Cilla Black —, e nesse momento surgiram guitarras e um piano branco, além de bebidas. "Nós plugamos os instrumentos, tocamos e cantamos... "You’re My World'", lembra-se John. Soltando-se aos poucos, eles emendaram alguns dos sucessos de Presley - "That's All Right (Mama)" e "Blue Suede Shoes", com Elvis levando a melodia e Paul improvisando ao piano -, e encerraram com "I Feel Fine". A essa altura, John havia passado para um tom mais espinhento. "Ê assim que isso deverria ser", ele arremedou não se sabe quem, "uma pequena rreuniom caseirra com alguns amigos e um poco de musique." Chris Hutchins, que relembrou a visita em sua crônica de 1994, Elvis Meets The Beatles, escreveu que além do falso sotaque francês, John cutucou Elvis grosseiramente — e nada menos que na frente de seus amigos —, mencionando sua falta de pegada, os compactos melosos que lançara depois de servir o exército, e sua série de filmes-pipoca. "Pode ser que eu grave algumas coisas e derrube vocês", disse Elvis, dando de ombros, sentindo-se pressionado a responder. Ninguém conseguia dissipar as "sutilezas incómodas [...] e a alegria superficial" que pontuaram a noite até um pouco depois das 2 da madrugada, quando os Beades finalmente partiram. "Agradeço pela música", disse John, indo embora, e então gritou: "Longa vida ao Rei!" No dia seguinte, a multidão de jornalistas famintos que cobria a turnê atacou o assunto do encontro histórico, que foi exposto à imprensa — e organizado, em grande parte, para agradar aos dois empresários — por Tony Barrow. Os jornalistas foram abas-tecidos com volumes generosos de citações de cada um dos Beates, que tropeçaram uns nos outros na pressa de cumprimentar o ídolo. Apenas em particular, John viria a admitir como realmente se sentiu. "Foi um monte de baboseira", ele concluiu. "Foi como visitar Englebert Humperdinck".*
*cantor popular anglo-indiano que fez muito sucesso nos anos 60 e 70.

sábado, 26 de agosto de 2023

MARGOT ROBBIE - ACONTECEU EM HOLLYWOOD ⭐⭐⭐

Nenhum comentário:

Quando Quentin Tarantino lançou em 2019 o excelente "Era Uma Vez em Hollywood", Margot Robbie já era uma grande estrela - tendo atuado em quase vinte filmes e sendo produtora de vários deles - foi a "primeira e única escolha" de Tarantino para interpretar a atriz Sharon Tate. O filme estreou no Festival de Cinema de Cannes de 2019 com aclamação da crítica e foi um enorme sucesso comercial com uma receita bruta mundial de 400 milhões de dólares. Margot Robbie nasceu em Dalby, em Queensland na Australia, em 2 de julho de 1990. Como atriz, já foi indicada a dois Oscars, quatro Globos de Ouro e cinco BAFTAs. Em 2017, a revista Time a nomeou uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, e em 2019, ela foi classificada entre as atrizes mais bem pagas do mundo pela Forbes.
Em 2023, Margot estrelou e produziu a comédia fantasia "Barbie", dirigido por Greta Gerwig. Na semana de estreia, o filme faturou US$ 500 milhões de bilheteria. Para dar vida à boneca mais famosa do mundo, Robbie embolsou 12,5 milhões de dólares, se tornando a atriz mais bem paga de Hollywood

Como já foi dito, Once Upon a Time in HollywoodEra Uma Vez em Hollywood, de 2019, é uma comédia dramática, escrita e dirigida por Quentin Tarantino. Produzido pela Columbia Pictures, Heyday Films e Visiona Romantica, é uma coprodução internacional entre os Estados Unidos e o Reino Unido, estrelada por Leonardo DiCaprio, Brad Pitt e Margot Robbie. O enredo se passa em Los Angeles no final dos anos 60, em uma história alternativa na qual um ator de televisão - Rick Dalton (DiCaprio) e seu dublê - Cliff Booth (Pitt), embarcam em uma odisseia para criarem um nome na indústria cinematográfica de Hollywood.

O ator vive em um bairro nobre de Los Angeles e é vizinho da bela estrela do cinema Sharon Tate (Robbie). Toda a vizinhança é observada pela gangue do lunático Charles Manson, a chamada "Família Manson". Todos conhecem o gosto pela violência nos filmes de Tarantino. E todos conhecem o final trágico de Sharon Tate. É aí que está a grande surpresa do filme, o final totalmente inusitado: quando se espera que os lunáticos de Manson, executem a chacina que entrou para a história... eles é que se ferram! Dez. Nota dez!

JOHN LENNON - YOU ARE HERE - 1973 - SENSACIONAL!

Nenhum comentário:


"You Are Here" é uma canção romântica escrita por John Lennon para Yoko OnoFoi lançada como a penúltima faixa do álbum Mind Games, de  Lennon, em 2 de novembro de 1973 nos Estados Unidos16 de novembro de 1973 no Reino UnidoMagoado pela reação pública e crítica contra Some Time In New York City, Lennon se afastou da política radical e do ativismo. Deixou de gravar por um bom tempo e continuou sua luta para permanecer nos Estados Unidos.

Em maio de 1973, ele e Yoko Ono mudaram-se de Greenwich Village para um apartamento de 12 quartos no Dakota, perto do Central Park de Manhattan. O casal estava se separando, entretanto, ela se ocupou gravando os álbuns Approximately Infinite Universe e Feeling The SpaceLennon trabalhou em uma série de ideias para músicas que gravou em forma de demo, mas estava ciente de que sua confiança como músico havia sofrido um abalo. Faltava a criatividade ilimitada que impulsionou seus primeiros trabalhos solo, mas ele começou a criar um conjunto de canções sólidas, mas pouco inspiradas. Usando muitos dos mesmos músicos que Ono empregou em Feeling The Space, Lennon entrou no estúdio Record Plant de Nova York para começar a trabalhar no álbum. Mind Games foi concluído em um período de cerca de duas semanas, produzido pelo próprio Lennon. A banda foi creditada como Plastic UFOno BandJohn Lennon: vocals e guitarra; David Spinozza: guitarra; Peter E ‘Sneaky Pete’ Kleinow: guitarra de pedal de aço; Ken Ascher: teclados; Gordon Edwards: baixo; e Jim Keltner: bateria. Novamente os backing vocals ficam por conto do coral Something Different.

Várias das músicas, inevitavelmente, eram sobre Ono e estavam entre as mais eficazes do álbum. "Out The Blue", "Aisumasen (I'm Sorry)" e "I Know (I Know)" detalharam seu arrependimento por perdê-la, enquanto "One Day (At A Time)" e "You Are Here" exploraram o tema de dois amantes infelizes destinados a ficar juntos.

"You Are Here" foi uma das canções de amor mais sinceras, melancólicas e poéticas de Lennon. O título foi retirado de uma exposição de arte que ele realizou na Robert Fraser Gallery, em Londres, em julho de 1968. A exposição foi publicamente dedicada à sua então namorada Yoko OnoA peça central da mostra era uma tela circular branca na qual estavam escritas as palavras “Você está aqui”. Lennon e Elephant's Memory usaram camisetas com a frase em 1972, durante a promoção do álbum Some Time In New York City, sugerindo que ele ainda gostava da frase.

Na letra, Lennon preocupava-se com a união de duas culturas, duas pessoas, como uma só. Continham uma reformulação da máxima de Rudyard Kipling de que “Oriente é Oriente, e Ocidente é Ocidente, e nunca os dois se encontrarão”. Lennon afirmava que dois se encontrarão: “De terras distantes, uma mulher, um homem / Deixe os quatro ventos soprarem”. Também havia ecos de um antigo ensinamento: “Onde quer que você vá, você está aqui”.

PAUL McCARTNEY - FINE LINE ★★★★★★★★★★★

Nenhum comentário:

"Fine Line" é uma música de Paul McCartney, lançada como primeiro single do excelente "Chaos and Creation in the Backyard" de 2005, que vendeu um milhão e meio de cópias em todo o mundo. Alcançou o número 20 no Reino Unido e número 31 nos Estados Unidos, mas chegou ao número 1 no Japão"Fine Line", foi a faixa escolhida por Paul e o produtor Nigel Godrich para abrir o discão e já dizendo a que veio, mostrando que esse é um álbum com o selo "McCartney" de qualidade.
"Fine Line" conta com um belo arranjo de Joby Talbot e mostra características que atravessarão todo o disco como as marcantes participações das cordas de Millenia Ensemble. "Chaos And Creation In The Backyard", foi o 20º álbum de estúdio de Paul McCartney. O disco de 13 faixas foi co-produzido por Godrich/McCartney e gravado em Londres e Los Angeles entre 2003 e 2005. Por sugestão de George Martin, a produção ficou a cargo de Nigel Godrich, colaborador de Beck e Radiohead. Paul toca praticamente todos os instrumentos, marcando de certa forma o retorno ao formato do álbum McCartney (1970), e sua sequência McCartney II (1980). Não deixe de conferir a superpostagem  de 10 de novembro de 2017.


PAUL McCARTNEY - TOO MUCH RAIN ★★★★★★★★★★★

Nenhum comentário:

“Too Much Rain” é a sétima faixa do álbum de Chaos and Creation in the Backyard, lançado por Paul McCartney em 2005. Foi gravada no George Martin's Air Studios no centro de Londres com o produtor Nigel Godrich. Foi inspirada no tema do filme "Modern Times" de 1936, escrito por Charlie Chaplin e comumente conhecido como “Smile”.
Em 1936, Charles Chaplin estrelaria um de seus mais populares filmes “Modern Times”. Para esta produção, Chaplin compôs especialmente a melodia da canção "Smile", sendo que a letra só seria adicionada à música em 1954, pelos compositores John Turner e Geoffrey Parsom. Assim como fizera com Golden Slumbers do álbum Abbey Road, Paul McCartney escreveu a letra de "Too Much Rain" baseada no espírito de Smile: “Smile though your heart is aching, Smile even tho i’ts breaking, When there are clouds in the sky, You'll get by” (Sorria, embora, seu coração esteja doendo. Sorria mesmo que ele estiver se repartindo. Quando há nuvens no céu, você irá prosseguir). Em "Too Much Rain", Paul diz "Smile when your eyes are burning, Laugh when your heart is filled with pain. Sigh when you think about tomorrow, Make a vow that its not going to happen again. Its not right, in one life, too much rain” (Sorria quando seus olhos estiverem ardendo, ria quando seu coração estiver cheio de dor. Suspire, quando você pensar no amanhã. Faça uma promessa que isso não se repetirá. Não é certo, em uma só vida, chuva demais". A inspiração, além de Smile, vem de acontecimentos verdadeiros na vida de Paul McCartney. Assim como "How Kind of You", a letra de "Too Much Rain" reflete suas perdas recentes, como as mortes de Linda e George Harrison.

A HORA E A VEZ DA MACONHA - SERÁ QUE VAI?*

Nenhum comentário:

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

IMAGEM DO DIA - GEORGE HARRISON - 1963?

Nenhum comentário:

GEORGE HARRISON - FASTER - 1979 ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐

Nenhum comentário:


"Faster" é uma música de George Harrison de seu 8º álbum de estúdio, George Harrison de 1979Foi inspirada no ano em que Harrison esteve afastado da produção musical em 1977/78, durante o qual ele viajou pelo mundo seguindo o Campeonato Mundial de Fórmula 1, e em sua amizade com pilotos como Jackie Stewart Niki LaudaEmbora igualmente aplicáveis ​​a outras profissões, as letras abordam as dificuldades em alcançar e manter o sucesso no automobilismo, particularmente na Fórmula 1.
Na Grã-Bretanha, "Faster" foi lançado como o terceiro single do ábum e estava disponível em um disco de imagens retratando os rostos de vários pilotos ex-campeões mundiais. O single arrecadou fundos para um fundo de pesquisa sobre o câncer criado pelo piloto sueco Gunnar Nilsson em 1978. Também homenageou o compatriota de Nilsson, Ronnie Peterson, que morreu em consequência de ferimentos sofridos durante o Grande Prêmio da Itália de 1978. Harrison gravou um filme promocional para o single, que inclui cenas que ele mesmo filmou no Grande Prêmio do Brasil em São Paulo, em fevereiro de 1979. O filme alterna entre essas e outras imagens de corridas e Harrison dublando a música enquanto está sentado no banco de trás de uma limusine, com Jackie Stewart como seu motorista. As últimas cenas foram filmadas em 28 de maio, após o fim de semana do Grande Prêmio de Mônaco de 1979, ao qual Harrison compareceu com Ringo Starr.

E não deixe de conferir de jeito nenhum a superpostagem GEORGE HARRISON - A PAIXÃO DO BEATLE PELA FÓRMULA 1 publicada originalmente em 12 de setembro de 2015, agora revista e atualizada.

HELOÍSA MILLET - A GAROTA DA ABERTURA DO FANTÁSTICO - 1976

Nenhum comentário:


Heloísa Millet foi uma atriz e bailarina clássica brasileira que surgiu no cenário artístico nacional ao participar em 1976 do corpo de dança da abertura do programa Fantástico, da Rede Globo, onde foi descoberta por Ziembinski, que a convidou para atuar na telenovela Estúpido Cupido (1976). Posteriormente, atuou nas novelas Espelho Mágico, Te Contei?, Feijão Maravilha, Marron Glacê, Elas por Elas, Terras do Sem Fim, de 1981, e no humorístico Estúdio A.... Gildo, com Agildo Ribeiro, em 1982. Em 1983, estrelou o musical A Chorus Line, produzido por Walter Clark, no papel de "Diana Morales". Ainda na televisão, participou como bailarina de vários quadros especiais de dança e musicais no próprio Fantástico, entre 1978 e 1979. No cinema, fez os filmes O Rei e os Trapalhões (1979) e As Tranças de Maria (2003).
Depois de dois casamentos, com o produtor musical Carlos Moletta (1969-1973), e com o maestro Edson Frederico (1975-1976), ao final da década de 1990 afastou-se da televisão, depois de se casar novamente, com um fazendeiro de Goiás, onde viveu até mudar-se para Delfim Moreira, em Minas Gerais, onde passou a residir e se dedicar à pintura. Morreu em 18 de janeiro de 2013, aos 64 anos, vítima de câncer, e foi enterrada no Rio de Janeiro.