quarta-feira, 31 de maio de 2023

PAUL MCARTNEY - LIVE AT THE CAVERN - 1999

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No dia 14 de dezembro de 1999, apenas 300 pessoas privilegiadíssimas, se amontoram no novo Cavern Club, quando Sir Paul McCartney retornou ao palco de onde de certa forma, tudo começou. O sensacional DVD “Paul McCartney Live At The Cavern Club 1999” é o registro deste show, ao mesmo tempo histórico e inacreditável, realizado por Paul e alguns velhos amigos para promover o disco Run Devil Run, que trazia um repertório repleto de rocks enérgicos da década de 1950. Paul McCartney escolheu o pequeno, apertado e enfumaçado palco do clube, para realizar uma verdadeira aula de Rock and Roll.

A banda, acima de qualquer suspeita, diverte-se genuinamente durante todo o show, de uma forma espontânea que chega a chocar em alguns momentos, já que não estamos habituados a ver ícones como David Gilmour, Ian Paice e o próprio McCartney com uma intimidade tão grande. É como se o grupo que toca todo final de semana naquele seu boteco favorito fosse formado por alguns dos maiores músicos da história. O repertório é uma sucessão de rocks agitados, passando por hinos dos Beatles, como "I Saw Her Standing There", e clássicos que marcaram época, como "Honey Hush", "Lonesone Town", "Blue Jean Bop", "Fabulous" (com o grupo entrando totalmente errado e recomeçando a canção sob a batuta de Paul) e "Twenty Flight Rock". Nada se compara ao prazer de assistir esse filme para quem verdadeiramente gosta de rock. É bom demais poder ver músicos experientes e lendários se divertindo como se fossem crianças.

Paul comanda o espetáculo, claro, e parece ter novamente quinze anos. Gilmour revela um outro lado, soando mais agressivo na maneira de tocar do que aquela que nos acostumamos a ouvir nos álbuns do Pink Floyd e em sua carreira solo, soltando-se de tal maneira no palco que chega até a dançar. Mick Green esbanja simplicidade nas bases e nos solos. Wingfield viaja de volta aos anos 1950 e traz na bagagem uma época mágica, onde o piano marcava presença e tornava os primeiros registros do rock ainda mais irresistíveis. E Paice segura tudo lá atrás com o talento que só um dos maiores bateristas da música pode ter. Como extras, cenas da gravação de "Run Devil Run" e dois clipes do disco. “Paul McCartney Live At The Cavern Club 1999” é um DVD excepcional, obrigatório, clássico. Mostra todo o despojamento de ícones que atravessaram décadas, reunidos em um palco, como adolescentes que acabaram de descobrir o rock. Talvez seja esse o segredo dessas carreiras únicas: uma paixão pela música tão grande que vai além do tempo, renovando-se a cada dia. Aqui, a gente assiste o filme inteiro, com ótima resolução de áudio e vídeo.

BADFINGER - WALK OUT IN THE RAIN ★★★★★★★★★★★★

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"Magic Christian Music", lançado em 9 de janeiro de 1970, pela Apple Records, foi o segundo álbum de estúdio da banda inglesa Badfinger. A banda já havia lançado o álbum Maybe Tomorrow em 1969 com o nome The Iveys. Assim, "Magic Christian Music" foi o primeiro álbum com o novo nome, Badfinger.  Três faixas do disco fazem parte do filme The Magic Christian, que também dá título ao álbum. No entanto, Magic Christian Music não é um álbum oficial do filme.

As três faixas de Badfinger usadas no filme - "Come and Get It", "Rock of All Ages" e "Carry on Till Tomorrow" - carregam a mais forte "conexão com os Beatles". Foram produzidas por Paul McCartney, sendo que "Come and Get It" também foi composta por McCartney, e as cordas de "Carry on Till Tomorrow" foram arranjadas e conduzidas pelo produtor dos Beatles, George Martin. As outras faixas do álbum foram produzidas por Tony Visconti e Mal Evans.

A bela, triste e doce "Walk Out In The Rain" é a 3ª faixa do lado 2 do LP e a 10ª do CD. Foi composta e cantada por Pete Ham e produzida por Mal Evans. Pete Ham: vocais principais e de apoio, e violão; Tom Evans: violão, baixo e vocais de apoio; e Mike Gibbins: bateria e vocais de apoio.

sábado, 27 de maio de 2023

THE BEATLES SINGING THEIR SONGS TITLES ★★★★★★★

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PAUL McCARTNEY - RUN DEVIL RUN - 1999 ★★★★★★★★

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A PEDIDOS - THE BEATLES - TICKET TO RIDE ★★★★★★

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WINGS OVER AMERICA - TIME TO HIDE - SENSACIONAL!

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"Time To Hide" foi a primeira faixa composta por Brian Hines - nome de batismo de Denny Laine - a fazer parte de um álbum do Wings. Está no álbum 'Wings At Speed Of Sound'. Foi incluída no repertório da banda na parte norte-americana da turnê "Wings Over America" de 1976. Paul McCartney: Backing vocals, baixo e órgão Hammond; Linda McCartney: Sintetizador Moog e backing vocals; Denny Laine: Guitarra, gaita e vocal principal; Jimmy McCulloch: Guitarra e Joe English: Bateria.

WINGS OVER AMERICA - MEDICINE JAR - SENSACIONAL!

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“Medicine Jar” aparece nos álbuns “Venus And Mars” e “Wings Over America”, além de várias versões piratas. "Medicine Jar" foi uma das primeiras canções gravadas pelo grupo Wings de Paul McCartney a apresentar outro membro em todos os vocais principais. É uma música antidrogas cantada e composta pelo guitarrista principal Jimmy McCulloch (ex-Thunderclap Newman) com Colin Allen, que é um baterista na banda Stone The Crows com McCulloch. Stone The Crows gravou "Medicine Jar" em 1973, mas se separou antes que pudessem lançá-la; McCulloch ingressou no Wings no ano seguinte. A letra fala sobre os perigos das drogas – as mesmas que iriam levar McCulloch à morte, em 27 de setembro de 1979, com apenas 26 anos por overdose de heroína.

quinta-feira, 25 de maio de 2023

THE BEATLES - LET IT BE - 1970 ★★★★★★★★★★★★★★★

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No dia 8 de maio de 1970, "Let it be", o penúltimo álbum gravado e o último lançado pela ordem cronológica da discografia dos Beatles, chegou às lojas do Reino Unido. Quase 1 mês depois de Paul McCartney ter anunciado o fim do grupo. "Let it be" foi o décimo terceiro e último álbum de estúdio lançado pelos Beatles. O esforço deveria ser uma continuação do espírito de volta ao básico que o grupo adotara desde "Lady Madonna" em fevereiro de 1968. Esse single havia marcado um afastamento da elaborada experiência de estúdio dos Beatles em 1966 e 1967, com um retorno para o rock mais direto, e grande parte do Álbum Branco e do Yellow Submarine seguiram de maneira semelhante. Em janeiro de 1969 no Twickenham Film Studios, os Beatles começaram a trabalhar no que era conhecido inicialmente como o projeto Get Back: o conceito era uma chance do grupo voltar às suas raízes, com talvez um retorno às performances ao vivo pela primeira vez desde 29 de agosto de 1966.

Comprometidos em completar um último filme para a United Artists, mas sem inclinações para repetir Help! ou A Hard Days Night, os Beatles cumpriram seu contrato com "Let it be", um documentário com cores desbotadas de noventa minutos do grupo nos ensaios no Twickenham Film Studios, nas gravações no Apple Studios e ao vivo no topo do escritório da Apple em Saville Row, Londres. Essas três sequências foram filmadas em janeiro de 1969, mas o filme só estreou em maio de 1970, quando uma caixa com o álbum e um livro foi preparada para o lançamento. O plano era fazer um álbum chamado "Get Back" e filmar o processo de gravação para um documentário para televisão. Havia a possibilidade de incluir uma apresentação ao vivo e uma série de locais foi considerada. O filme e o álbum resultantes exigiram concessões. Em vez de ser um documentário sobre criatividade musical, "Let it be" se tornou um disco de desintegração musical. Para terminá-lo, Paul assumiu as rédeas, pressionando e estimulando quando necessário, enquanto John e George se amuaram, revelando abertamente seu ressentimento. Conflitos por causa do álbum contribuíram ainda mais para o rompimento do grupo. O americano Allan Klein, que tinha se tornado empresário deles, não estava satisfeito com a qualidade das fitas que o engenheiro Glyn Johns tinha editado, então trouxe outro americano, o produtor Phil Spector, para reforçar a produção. Quando Paul ouviu o que Spector fez com sua “The Long And Winding Road” pediu que sua forma original fosse restaurada. Depois que seu pedido foi ignorado, Paul disse "chega".

"Let it be" é um disco fragmentário. Como foi o último álbum lançado, muitas vezes presume-se que tenha sido o último a ser gravado. Mas, depois das brigas que caracterizaram "Let it be", os Beatles gravaram ainda "Abbey Road", sob a produção de George Martin que sempre considerou seu favorito. Quando "Let it be"foi lançado, os Beatles já tinham se desfeito e Paul já tinha lançado seu primeiro álbum solo, apesar de o grupo só ter acabado oficialmente em dezembro de 1970, depois do processo de Paul contra os outro Beatles, a Apple e Allen Klein. "Let it be" chegou ao topo da parada de álbuns na Inglaterra e nos EUA logo depois do seu lançamento em 8 de maio de 1970. Os pedidos antecipados de quase 4 milhões de cópias nos EUA foram os maiores até então.

Em novembro de 1968 os Beatles já estavam quase entrando em colapso. Apesar do Álbum Branco estar sendo considerado um dos melhores discos do grupo, o clima de tensão das gravações geraram desavenças. John Lennon estava mais interessado em sua 'new life' com Yoko Ono e seus álbuns experimentais, George Harrison também começou a embarcar na onda de discos solo, Ringo decidiu se aventurar a fazer cinema. Só Paul McCartney ainda tinha o sonho de manter o grupo unido, e numa tentativa desesperada da façanha, teve a ideia do projeto 'Get Back'. Como já foi dito, "Let it be" nasceu com o título de "Get Back", que além do nome da música, mostraria o grupo como eles eram mesmo: gravando sem a ajuda de overdubs, efeitos de estúdio e orquestras contratadas - Exatamente o contrário do que foram seus últimos álbuns.
A falta de direção e o desinteresse geral logo fez o projeto mudar de rumo. O que seria a ideia de mostrar os Beatles voltando as origens, deu lugar a um documentário de como se separaram. John Lennon odiou o fato de ter que estar num estúdio frio às 8 da manhã e se mostrar alegre e pronto para ensaiar e compor. George não aguentou mais o domínio de Paul e chegou a abandonar o grupo para retornar uma semana depois. Ringo estava lá, atrás da bateria, mas nada animado. Apenas Paul tinha o interesse em manter o projeto vivo. A presença constante de Yoko Ono se tornou insuportável ao ponto de Lennon e Harrison chegarem às vias de fato.

As gravações começaram em janeiro de 1969 no Twickenham Film Studios durante a primeira das 3 semanas de filmagem, mas logo se mudaram para os estúdios da Apple, onde ganhariam o reforço de Billy Preston nos teclados (trazido por George Harrison para amainar os ânimos). Em 30 de janeiro fizeram o famoso concerto, que se resumiu a subirem no telhado do prédio da Apple e tocarem algumas músicas para quem estivesse passando pela rua.

Em fevereiro o técnico de som Glyn Johns trabalhou nas fitas e apresentou o projeto do disco 'Get Back', mas foi rejeitado. Logo depois, desistiram de vez da ideia de lançar o que achavam ser uma porcaria e engavetaram. Para consertar o erro, ainda gravaram o que seria o último álbum e canto de cisne dos Beatles: "Abbey Road", e logo após John Lennon saiu definitivamente do grupo. Paul, George e Ringo ainda trabalhariam juntos em janeiro de 1970, mas foi em março do mesmo ano que o então famoso produtor Phil Spector entrou em cena. Após uma intensiva semana de remixagens, ele apresentou o reformulado e entitulado álbum "Let it be"Totalmente diferente da proposta original, o disco veio como uma salada. Continha as gravações do estúdio da Apple, as gravaçoes de 1970, o show no telhado e uma remixagem de uma música antiga de John, além de alguns comentários tirados do filme. Para horror de McCartney, algumas faixas tiveram a rotação alterada, foram editadas na sua duração e o pior... sua canção '"The Long and Winding Road" recebeu arranjo de orquestra, sem seu consentimento e aprovação. Estranhamente, "Don´t Let Me Down",uma música de John gravada nas sessões não foi incluída no disco, mas lançada em single quase um ano antes com 'Get Back' do outro lado.

O disco originalmente foi lançado em vários países em uma box de luxo contendo ainda um livro com centenas de fotos do grupo, mas essa caixa logo foi substituída pela versão normal. Em junho de 1970, "Let it be" alcançou o 1º lugar, onde ficou por 3 semanas. O filme "Let it be" foi lançado também em maio de 1970, junto com o álbum, um ano após ser gravado. A ideia do filme era mostrar a banda gravando e criando um álbum em estúdio, mas quando começaram as gravações, os Beatles já estavam atolados em meio a uma série de conflitos internos e quando o filme foi lançado, cada um já tinha tomado seu rumo. "Let it be" - o filme, é então reconhecido como "o documentário sobre o fim da banda". As câmeras captaram discussões, desinteresse e uma áspera discussão entre Paul McCartney e George Harrison. A parte final do documentário é o mini-show realizado no telhado do estúdio em Saville Row. As filmagens começaram em 2 de janeiro de 1969 e terminaram no final do mesmo mês. Algumas músicas gravadas durante as filmagens jamais foram lançadas oficialmente pelo grupo. As 28 horas de gravação foram editadas em 90 minutos de filme e várias músicas ficaram de fora tanto do filme quanto do álbum. "Let it be" foi dirigido por Michael Lindsay-Hoog, que também já tinha dirigido os vídeoclipes de "Rain", "Paperback Writer", "Hey Jude" e "Revolution".

JOHN LENNON - #9 DREAM - MARAVILHOSA!★★★★★★★★

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"# 9 Dream" foi composta, gravada e lançada por John Lennon pela primeira vez em 1974 em seu álbum Walls and Bridges. Foi o segundo single do álbum tendo "What You Got" como lado B. "# 9 Dream" é baseada em um sonho de Lennon, e no sonho, alguns 'espíritos' estão cantando "Ah! Böwakawa poussé, poussé" e chamando por seu nome. A razão do "# 9" é puramente fixação que Lennon tinha por esse número. JOHN LENNON E O NÚMERO 9.
Lennon gostou tanto do arranjo de cordas que fez para a versão de Harry Nilsson de “Many Rivers to Cross", do álbum Pussy Cats, que decidiu incorporá-la à nova música que estava trabalhando. "# 9 Dream" era uma refrescante ponte entre o pop psicodélico dos Beatles e o soul atmosférico que viria a seguir, antecipando o som de artis­tas futuros, de Hall and Oates a Bon Iver.

May Pang (a namorada do fim-de-semana perdido) - participou dos backing vocals de "Dream". Ela diz em seu site, que haviam dois títulos de trabalho para a música: "So Long Ago" e "Walls & Bridges". Pang também afirma que a frase repetida em coro: "Ah! Böwakawa poussé, poussé", veio a Lennon de um sonho e não tem nenhum significado específico. Pang acrescentou que Al Coury da Capitol Records inicialmente protestou contra o uso da palavra "buceta" (pousse - PUSSY) no refrão, mas depois que Lori Burton, esposa do engenheiro de estúdio Roy Cicala, sugeriu que deveria ser cantada como "poussê", como se em uma língua estrangeira, as letras foram mantidas. No entanto, para aqueles que acreditam na teoria da conspiração de que Lennon teria vendido sua alma, "Ah! Böwakawa poussé, poussé" seriam palavras de invocação do inominável. Lennon escreveu e arranjou a música em torno de seu sonho, daí o título e a atmosfera dando a sensação de realmente estar num sonho, incluindo o uso de violoncelos no refrão.
Participaram da gravação: John Lennon - vocal e guitarra; The 44th Street Fairies (Lennon, May Pang, Lori Burton, Joey Dambra)backing vocals; Ken Ascher – clavineta; Jesse Ed Davis – guitarra; Nicky Hopkins - piano elétrico ; Arthur Jenkins – percussão; Jim Keltner – bateria; Bobby Keys – saxophone; Eddie Mottau – guitarra e Klaus Voormann – baixo. "# 9 Dream" atingiu o número 9 na Billboard Hot 100 (coincidência?) e número 23 na parada de singles britânica.

A banda REM gravou uma versão de "# 9 Dream" lançada como single do álbum beneficente de 2007 “Instant Karma: The Amnesty International Campaign to Save Darfur” O A-Ha tmbém gravou outra versão que aparece no mesmo álbum. O romancista inglês David Mitchell intitulou seu segundo livro de “number9dream” em homenagem a John Lennon. A cantora irlandesa Andrea Corr gravou "# 9 Dream" no seu álbum Lifelines de 2011.

HARRY NILSSON - MANY RIVERS TO CROSS

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THE BEATLES - LET IT BE... NAKED - 2003 ★★★

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Let it Be... Naked é uma versão remixada e remasterizada do álbum Let It Be, lançado em maio de 1970. O projeto foi supervisionado por Paul McCartney, que desde sempre achou que a produção de Phil Spector não representou fielmente as intenções do grupo para o álbum original. Let it Be... Naked  apresenta as canções "nuas" - sem as intervenções de Spector e sem a vibração incidental de destaque do estúdio entre a maioria dos cortes do álbum original.

O álbum é apresentado de uma forma que Paul McCartney considera mais próxima de sua visão artística original: "voltar" para o som do rock and roll de seus primeiros anos, em vez dos overdubs orquestrais e enfeites que foram adicionados por Spector na produção final do álbum Let It Be. McCartney em particular esteve sempre insatisfeito com o estilo de produção dos remixes de Spector, especialmente por sua canção "The Long and Winding Road", que ele acreditava ter sido arruinada pelo processo. A atitude de McCartney contrasta com a de Lennon mais de duas décadas antes. Em uma entrevista para a revista Rolling Stone em 1971, Lennon defendeu o trabalho de Spector, dizendo: "Ele recebeu um monte de merda mal gravada, e ele fez algo de que quando ouvi, não vomitei".

Mas McCartney nunca se conformou com o resultado final. Durante anos ele viveu contrariado com o que aconteceu naquele disco. O resultado final, lançado com o nome “Let It Be”, trazia, em especial as cordas, coros e harpas em “The Long And Winding Road”, transformada de uma balada intimista num arranjo quase “brega”. Embora tenha vendido muito, “Let It Be” não agradou tanto nem aos fãs nem à imprensa e nem aos próprios envolvidos. Paul, teria que esperar três décadas para conseguir viabilizar a edição sem cortes que ele sonhava. Em 2000, McCartney encontrou-se casualmente com o diretor do filme “Let It Be”, num mesmo vôo. Michael Lindsey-Hogg, que rodara o documentário de 1969, lamentava o fato de o filme não estar disponível em VHS ou DVD. No meio da conversa, McCartney teve a ideia de remixar a trilha sonora para um eventual lançamento. Procurou Harrison, que deu o aval, mas não se envolveu – principalmente por já estar perdendo a batalha para o câncer que o levaria em novembro de 2001. Assim, no início do ano seguinte, McCartney mergulhou, com uma equipe de produtores, nas gravações originais de 1969.
O processo foi complicado. Como o clima entre os Beatles durante as gravações era muito ruim (agravado pela presença de Yoko Ono), era raro haver uma faixa que pudesse ser considerada “perfeita”. Utilizando técnicas digitais, os produtores fizeram, em alguns casos, colagens de takes diferentes da mesma canção. Chegaram a corrigir digitalmente uma desafinada de Lennon. Há algum tempo, um dos engenheiros afirmou numa entrevista que foram limados "todos os ruídos que normalmente acompanham as gravações de estúdio, os feitos pela própria equipe de filmagem, e até o som do vento nas gravações feitas na cobertura do estúdio da Apple". Ou seja: de "Naked" mesmo, o CD não traz nada, muito pelo contrário...

Então Let it Be... Naked foi lançado em 17 de novembro de 2003, trazendo a versão do álbum como McCartney queria. Nesta "nova" versão contendo dois CDs, certas faixas como Maggie Mae foram retiradas. Foi adicionado a música Don´t Let me Down. A orquestra em The Long and Winding Road foi retirada deixando a música numa versão mais "crua" e Let it Be foi apresentada em outra versão de estúdio.

O segundo CD contém conversas entre os integrantes da banda e algumas partes de ensaios de algumas músicas. A curiosidade desse CD seria um trecho onde John Lennon ensaia a música que seria conhecida como Imagine, que não passa de um trecho isolado de menos de vinte segundos, que muito vagamente lembra o clássico de Lennon, perdido numa colagem de 22 minutos de duração com conversas e ensaios realizados durante as sessões de estúdio, que somente os fãs mais ardorosos vão poder apreciar, haja visto nenhuma música estar completa!

O álbum recebeu críticas mistas. Algumas elogiaram: "No geral um pouco mais forte (do que Let It Be) ... um álbum mais elegante, mais liso". Enquanto outras diziam: "não essencial (...) embora impecavelmente apresentado". A Rolling Stone observou que "enquanto as melhorias sonoras para o álbum como um todo são inegáveis, novatos devem ainda obter o original".

THE BEATLES - WATCHING RAINBOWS - 1969

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sábado, 20 de maio de 2023

I AM SAM - UMA LIÇÃO DE AMOR - 2001

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A primeira vez que o filme/trilha "I AM SAM - Uma lição deAmor" apareceu aqui no Baú foi no dia 25 de outubro de 2009 por sugestão da amiga Lara Selem. De lá para cá, muitos amigos sempre pedem para atualizar o link com a trilha sonora singular e magnífica. Desta vez o pedido veio de Charalli. Aí está, abração.

O filme “I AM SAM” – A Força do Amor” é a história de Sam Dawson (Sean Penn), um homem com uma deficiência mental que educa a sua filha Lucy (Dakota Fanning) com a ajuda de um grupo de amigos extraordinários. No entanto, quando Lucy faz sete anos e começa a ultrapassar intelectualmente o seu pai, uma assistente social tenta retirar a criança de Sam. Diante de tal situação, o pai luta contra o sistema legal e forma uma aliança com Rita Harrison (Michelle Pfeiffer), uma advogada que aceita o caso num desafio aos colegas de profissão. Juntos, Sam e Rita lutam para convencer a assistência social a deixar a criança novamente com o pai. Nessa luta, emerge a força incondicional do amor. Na espetacular trilha sonora, só feras como Nick Cave, Sherryl Crow, Black Crowies e Grandaddy, Ben Harper entre outros. O filme inteiro é cheio de referências aos Beatles e o que é melhor: todas as faixas são de autoria de John Lennon e Paul McCartney.
01. AIMEE MANN & MICHAEL PENN - Two of us
02. SARAH MCLACHLAN - Blackbird
03. RUFUS WAINWRIGHT - Across the universe
04. WALLFLOWERS - I'm looking through you
05. EDDIE VEDDER - You've got to hide your love away
06. BEN HARPER - Strawberry fields forever
07. SHERYL CROW - Mother nature's son
08. BEN FOLDS - Golden slumbers
09. VINES - I'm only sleeping
10. STEREOPHONICS - Don't let me down
11. BLACK CROWES - Lucy in the sky with diamonds
12. CHOCOLATE GENIUS - Julia
13. HEATHER NOVA - We can work it out
14. HOWIE DAY - Help!
15. PAUL WESTERBERG - Nowhere man
16. GRANDADDY - Revolution
17. NICK CAVE - Let it be

VÁLIDO SOMENTE ATÉ 27/5
Aqui, a gente confere o trailer e mais embaixo a curiosa versão de Revolution com a banda GRANDADDY - formada na California em 1992.

THE BEATLES - WHEN I'M SIXTY-FOUR (Official Video)

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GEORGE HARRISON & CARL PERKINS - EVERYBODY'S TRYING TO BE MY BABY / YOUR TRUE LOVE - 1986 - HD

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THE BEATLES - EVERYBODY'S TRYING TO BE MY BABY

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sexta-feira, 19 de maio de 2023

PAUL McCARTNEY & WINGS - MUMBO - SENSACIONAL!

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"Mumbo" é a faixa de abertura do álbum de estreia dos Wings, Wild Life. Em uma tentativa de capturar a espontaneidade das apresentações ao vivo, cinco das oito canções do disco foram tomadas pela banda pela primeira vez, incluindo esta. "Mumbo Jumbo" indica linguagem ou ação sem sentido ou confusa. Vem do nome dado pelos europeus do século XVIII a um ídolo adorado por algumas tribos africanas.
“Mumbo” surgiu quando o quarteto Wings estava tocando e o co-engenheiro Tony Clark apertou o botão de gravação. McCartney, ao perceber, gritou "Take it, Tony" e começou a improvisar possíveis letras aos berros. "Mumbo é apenas um grande grito sem palavras", disse McCartney. “Uma ideia maluca, porque era apenas 'Whuurrrgghh A-hurrgghhh!' e nós mixamos de volta, então ficou tipo ' Louie Louie '. Todo mundo está pensando: Quais são as palavras disso? Só espero que eles não peçam a partitura. O que ninguém nunca fez, felizmente". “Mumbo” também ganharia uma “irmã” instrumental em Wild Life: “Mumbo Link”, posicionada no final do LP. O nome só apareceria no relançamento do álbum em CD. O riff conta com apenas 47 segundos de duração. Da gravação da faixa original, participaram: Paul McCartney: vocal, baixo e guitarra; Denny Laine: guitarra; Denny Seiwell: bateria e percussão; e Linda McCartney: órgão e piano. A apresentação da música pelo Wings em 22 de agosto de 1972 em seu show em Antuérpia, Bélgica, é a 5ª faixa do álbum ao vivo Wings Over Europe. McCartney lançou o disco em 2018 como parte do boxset de edição limitada Wings 1971-73.