terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

A INCRÍVEL E GENIAL ARTE POP DE ANDY WARHOL

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Feio pra dedéu, esquisito, realmente estranho, que teve doenças graves na infância, e mais lembra a figura de um extraterrestre - ANDY WARHOL era tudo isso e muito mais. Só que, absolutamente GENIAL! É o artista mais conhecido do univeso da POP ART e um dos mais polifacetados de toda essa onda. A figura de Andy Warhol por si só remete aquilo que de fato é: a peruca prateada espetada em forma de vassoura, óculos grandes e redondos que por vezes usava, o próprio vestuário ou mesmo seus modos transformaram o artista e sua arte em um só.

Warhol nasceu em Pittsburgh, Pensilvânia em 1928. Nos primeiros anos de estudo, teve coreia, uma doença do sistema nervoso que provoca movimentos involuntários das extremidades, que se acredita ser uma complicação da escarlatina e causa manchas de pigmentação na pele. Tornou-se hipocondríaco, desenvolvendo um medo terrível de hospitais e médicos. Muitas vezes de cama quando criança, tornou-se um excluído entre os seus colegas de escola, ligando-se fortemente com sua mãe. Quando estava confinado à cama, desenhava, ouvia rádio e colecionava imagens de estrelas de cinema ao redor de sua cama. Warhol depois descreveu esse período como muito importante no desenvolvimento da sua personalidade, do conjunto de suas habilidades e de suas preferências. Aos 17 anos, em 1945, entrou no Instituto de Tecnologia de Carnegie, em Pittsburgh, hoje Universidade Carnegie Mellon e graduou-se em design.
Foi para Nova York e começou a trabalhar como ilustrador de importantes revistas, como Vogue, Harper's Bazaar e The New Yorker, além de fazer anúncios publicitários e displays para vitrines de lojas. Começou aí uma carreira de sucesso como artista gráfico ganhando diversos prêmios como diretor de arte do Art Director's Club e do The American Institute of Graphic Arts.

Os anos 1960 marcaram uma guinada na sua carreira de artista plástico e passou a se utilizar dos motivos e conceitos da publicidade em suas obras, com o uso de cores fortes e brilhantes e tintas acrílicas.

Reinventou a POP ART com a reprodução mecânica e seus múltiplos serigráficos, temas do cotidiano e artigos de consumo, como as reproduções das latas de sopas Campbell's e a garrafa de Coca-Cola, além de retratos de estrelas famosas como Marilyn Monroe, Liz Taylor, Jaqueline Kennedy, Elvis Presley, Pelé, Che Guevara, Mao Tsé-Tung, Brigitte Bardot, e até símbolos icônicos da história da arte, como a Mona Lisa. Estes temas eram reproduzidos serialmente com as mais diversas variações de cores. Além das serigrafias, Warhol também se utilizava de outras técnicas, como a colagem e o uso de materiais descartáveis, não usuais em obras de arte.
Em 1968, Valerie Solanas, fundadora e único membro da SCUM (Society for Cutting Up Men - Sociedade para eliminar os homens), invadiu o estúdio de Warhol e o feriu com três tiros, mas Warhol sobreviveu e se recuperou, depois de ser submetido a uma cirurgia que durou mais de cinco horas. Solanas havia dado a Warhol o roteiro de uma peça teatral de sua autoria, mas pediu o roteiro de volta e Warhol disse que o havia perdido. Este fato é tema do filme "I shot Andy Warhol" (Eu atirei em Andy Warhol), dirigido por Mary Harron, em 1996. Em 1969 Andy Warhol fundou a revista de fofocas "Interview".
Andy Warhol também foi financiador e mentor intelectual da banda The Velvet Underground. Em 1967, forçou a entrada de sua amiga Nico, cantora e modelo alemã, para a banda. Houve rejeição e conflito por parte do grupo e o nome do primeiro álbum foi The Velvet Underground and Nico, excluindo Nico, de certa forma. Logo depois da gravação do álbum White Light/White Heat, Andy Warhol se afastou e Nico foi expulsa da banda.
A importância de Andy Warhol para a arte e, principalmente, para a cultura pop é algo imensurável. Warhol deixou sua marca não apenas no mundo das artes visuais, mas também na indústria da música. Ele conheceu dezenas de músicos durante sua exposição à cena noturna de celebridades de Nova York. Warhol entrou em contato com muitos popstars talentosos em seu estúdio, The Factory, o que o levou a amizades duradouras com artistas como John Lennon e Mick Jagger. Andy Warhol foi um artista cujo trabalho teve um impacto imenso na Cultura Pop, especialmente na indústria da música.
Não é surpresa que Warhol tivesse um claro fascínio pela fama. Seu amor por essas estrelas e seus estilos de vida extravagantes se tornaram um tema comum em sua obra. O artista criou uma variedade de capas de álbunsde álbuns icônicas para grandes artistas, dos Rolling Stones a Dianna Ross. Antes de sua morte em 1987, Warhol havia desenhado mais de 50 capas de álbuns. Ele foi fortemente influenciado por músicos famosos e pela indústria musical, e vice-versa.

Em 1987, foi operado com problemas na vesícula biliar. A operação correu bem mas Andy Warhol morreu no dia seguinte em 22 de fevereiro de 1987 com 58 anos. Ele era célebre há 35 anos. Ao contrário da sua frase de que “no futuro todo mundo terá 15 minutos de fama”, a dele durou durou bem mais do que alguns poucos minutos. A frase clássica de Warhol pode parecer óbvia em tempos de redes sociais e influenciadores digitais, mas o artista foi além e previu toda a nossa cultura atual de celebridades instantâneas. Segundo ele, chegaria o dia em que as pessoas poderiam ser famosas simplesmente por serem quem elas são (ou fingem ser), sem necessariamente um talento especial.

POP ART / ARTE POP, POP ART / ART POP - O QUE É ISSO?

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Publicada originalmente em 14 de junho de 2012, vista por 18.667 pessoas e agora revista e atualizada.
POP ART, ARTE POP, é um movimento artístico surgido no final da década de 1950 no Reino Unido e nos Estados Unidos. O nome desta escola estético-artística foi cunhado pelo crítico britânico Lawrence Alloway (1926 - 1990) sendo uma das primeiras, e mais famosas imagens relacionadas ao estilo - que de alguma maneira se tornou paradigma deste - a colagem de Richard Hamilton (1922 - 2011) - "Just what is it that makes today's homes so different, so appealing?" (O que Exatamente Torna os Lares de Hoje Tão Diferentes, Tão Atraentes?), de 1956.

POP ART propunha que se admitisse a crise da arte que assolava o século XX e desta maneira pretendia demonstrar com suas obras a massificação da cultura popular capitalista. Procurava a estética das massas, tentando achar a definição do que seria a cultura pop, aproximando-se do que se costuma chamar de kitsch.
Diz-se que a POP ART é o marco de passagem da modernidade para a pós-modernidade na cultura ocidental. Theodor W. Adorno e Max Horkheimer, nos anos 80, criaram o termo "Indústria cultural". O conceito analisa a produção e a função da cultura no capitalismo e relaciona cultura como mercadoria para satisfazer a utilidade do público.
A defesa do popular traduz uma atitude artística adversa a tradição filosófica da arte moderna. Com o objetivo da crítica tônica ao bombardeamento da sociedade capitalista pelos objetos de consumo da época, a POP ART operava com signos estéticos de cores inusitadas massificados pela publicidade e pelo consumo, usando como materiais principais: gesso, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas, fluorescentes, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objetos do cotidiano em tamanho consideravelmente grande, como de uma escala de cinquenta para um.

No Reino Unido, o Independent Group (IG), fundado em Londres em 1952, é reconhecido como o precursor do movimento de POP ART. O grupo, formado entre outros pelos artistas Laurence Alloway, Alison e Peter Smithson, Richard Hamilton, Eduardo Paolozzi e Reyner Banham utilizava os novos meios de produção gráfica que culminavam durante as décadas de 1950 e 60, com o objetivo de produzir arte que atingisse as grandes massas. O Independent Group se dissolveu formalmente em 1956 depois de organizar a exibição "This Is Tomorrow" em Londres, na galeria de arte Whitechapel Gallery.
É possível observar nas obras pop britânicas um certo deslumbramento pelo american way of life através da mitificação da cultura americana. É preciso levar em consideração que o Reino Unido passava por um período pós-guerra, se reerguendo e vislumbrando a prosperidade econômica norte-americana. Desta forma, todas as obras dos artistas pop britânicos aceitaram a cultura industrial e assimilaram aspectos dela em sua arte de forma eclética e universal.

Nos Estados Unidos, ao contrário do que sucedeu no Reino Unido, os artistas trabalham isoladamente até 1963, quando duas exposições "Arte 1963" e "Os novos realistas", reúniram obras que se beneficiam do material publicitário e da mídia. Foi nesse momento que os nomes de Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Claes Oldenburg, James Rosenquist e Tom Wesselmann surgiram como principais representantes da POP ART em solo norte-americano. Sem estilo comum, programas ou manifestos, os trabalhos desses artistas se afinam pelas temáticas abordadas, pelo desenho simplificado e pelas cores saturadas. Os artistas norte-americanos tomam ainda como referência uma certa tradição figurativa local - as colagens tridimensionais de Robert Rauschenberg e as imagens planas e emblemáticas de Jasper Johns - que abre a arte para a utilização de imagens e objetos inscritos no cotidiano. 

No trato desse repertório plástico específico não se observa a carga subjetiva e o gesto lírico-dramático, característicos do expressionismo abstrato - que, aliás, a arte pop comenta de forma paródica em trabalhos como Pincela (1965) de Roy Lichtenstein. No interior do grupo norte-americano, o nome de Tom Wesselmann liga-se às naturezas-mortas compostas com produtos comerciais, o de Lichtenstein aos quadrinhos (Whaam!, 1963) e o de Claes Oldenburg, mais diretamente às esculturas (Duplo Hambúrguer, 1962).
Andy Warhol foi uma das figuras centrais da POP ART nos Estados Unidos. Como muitos outros artistas da POP ART, Warhol criou obras em cima de mitos.
Ao retratar ídolos da música popular e do cinema, como Michael Jackson, Elvis Presley, Elizabeth Taylor, Marlon Brando e, sua favorita, Marilyn Monroe, Warhol mostrava o quanto personalidades públicas são figuras impessoais e vazias; mostrava isso associando a técnica com que reproduzia estes retratos, numa produção mecânica ao invés do trabalho manual. Da mesma forma, utilizou a técnica da serigrafia para representar a impessoalidade do objeto produzido em massa para o consumo, como as garrafas de Coca-Cola e as latas de sopa Campbell.

No Brasil, nos anos 60 frutificou entre os artistas brasileiros uma tendência irônica derivada da POP ART norte-americana refletindo o clima tenso criado pelo regime militar imposto em 1964. Aderindo apenas à forma e à técnica utilizada na POP ART os artistas expressaram a insatisfação com a censura instalada pelo regime militar, tematizando questões sociais de política. Entre as exposições mais importantes nesse período destaca-se a Opinião 65, realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, composta por 17 artistas brasileiros e 13 estrangeiros. Dentre os principais artistas nesta época estão Wesley Duke Lee, Luiz Paulo Baravelli, Carlos Fajardo, Claudio Tozzi, José Roberto Aguilar e Antonio Henrique Amaral, entre outros.

IMAGEM DO DIA - O BAÚ DO EDU - 2009 ★★★★★★★★★★

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Anúncio do nosso blog preferido publicado na revista Formato em 8 de novembro de 2009.

VITINA MARCUS - MINHA MARCIANA FAVORITA ★★★★★

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A beleza exótica de Vitina, permeou as fantasias e imaginação de toda uma geração nos anos 60 e começo dos 70. Os fãs das grandes séries clássicas, certamente sempre se lembrarão dela. Dolores Vitina Marcus nasceu no Brooklyn em Nova York, em 1 de março de 1937. Esteve ativa entre cinema e televisão de 1957 a 1970.
Vitina Marcus apareceu em vários programas de TV durante as décadas de 1950 e 1960, às vezes, como Dolores Vitina, nome que apareceu no seu primeiro filme para o cinema de 1958, Never Love a Stranger, estrelado por John Drew Barrymore e Steve McQueen. Em seguida foi escalada para a produção de Irwin Allen de 1960 The Lost World. Apareceu em um episódio da série “Sea Hunt” (no Brasil, ‘Aventura Submarina’) e depois no filme “Taras Bulba” de 1962, com Tony Curtis e Yul Brynner.
Na televisão, ela apareceu na incrível e inesquecível série “Viagem ao Fundo do Mar”, no 7º episódio da primeira temporada "Turn Back the Clock" (Retorno no Tempo), que, no estilo clássico e genial de Irwin Allen, reutilizou algumas de suas imagens em “The Lost World” e no último episódio da segunda temporada "O Retorno do Fantasma".
Em seguida, ela atuou em dois episódios divertidos de “Perdidos no Espaço" (também de Irwin Allen) como “Athena”, a 'Dama Verde', a admiradora mais irresistível do Dr. Smith, enquanto ele completamente sob seu feitiço, colocava a vida de todos em perigo. Depois, Vitina participou também dos episódios 24 ("Chase through Time") e 26 ("Attack of the Barbarians") de “O Túnel do Tempo”, outra produção de Irwin Allen. Também apareceu nas séries “Xeque Mate”, “Rawhide”, “Gunsmoke”, “O Agente da UNCLE” e “The FBI”.
No início de 1970, ela deixou a carreira de atriz, passando a se dedicar à dança. Vitina se casou com o ator Steve Gravers, 15 anos mais velho que ela, com quem teve uma filha; o casal se separou no ano seguinte. Ao longo das duas décadas seguintes, trabalhou em shows em Las Vegas e em Paris. Também trabalhou como professora de interpretação em workshops da University of Nevada e como professora de Yoga. Vitina obteve sua licença como corretora no mercado imobiliário em 1986 e desde então atua nesta área como Vitina Graham. Atualmente com 85 anos, vive participando de feiras, convenções e workshops. Infelizmente, muito pouco existe com ela no YouTube... aqui a gente confere um trecho com a participação mais famosa de Vitina e“Perdidos no Espaço" e logo abaixo, o excelente episódio de “Viagem ao Fundo do Mar” - "O Retorno do Fantasma", completo, no qual ela interpreta Maria/Lani e aos 33 minutos e pouco, a gloriosa Vitina começa uma dança de tirar o fôlego de qualquer moleque, de qualquer idade. Viva os anos 60!

domingo, 26 de fevereiro de 2023

THE BEATLES - REVOLUTION - MAIS, MAIS, MAIS, MAIS !!!

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LEFTSIDE - (LIKE A) LOCOMOTION & MAMMA MIA (EVERYTIME I SEE YE) ★★★★★

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O LeftSide foi um grupo de Pop Music, formado em Volendam na Holanda em 1968 por Harmen Veerman (vocais e guitarra), Evert Jan Reilingh (guitarra), Dick Plat (teclados), Jan Schilder (baixo) e Klaas Tuyp (bateria). Com um sonzinho bem bacana, o LeftSide conseguiu emplacar vários sucessos em muitos países da Europa, América do Norte e América do Sul. Aqui, na terrinha, as músicas que ficaram mais conhecidas foram "Mama Mia (Everytime I See Ye)" e "(Like a) Locomotion", tocadas em festas e rádios em meados dos anos 70. Depois de algumas dicas, o LeftSide assinou com a gravadora Phonogram, e contrataram Peter Koelewijn como produtor. Com esta nova gravadora tiveram sucesso imediato em 1973 com o single "(Like a) Locomotion". A canção alcançou a décima sétima colocação no Top 40 e a décima oitava colocação no Daverende Thirty. Foi o maior sucesso da banda. O single foi lançado em vários outros países, incluindo a França, onde mais de 400.000 cópias foram vendidas conquistando o primeiro lugar nas paradas francesas. E não parou por aí, pois o disco se tornou um enorme sucesso na América do Sul, principalmente no Brasil onde o "(Like a) Locomotion" também alcançou o primeiro lugar. "Mama Mia (Everytime I See Ye)" foi lançada também como single em 1974 e trouxe ainda mais reconhecimeto à banda. Depois disso, ainda conseguiram alguns sucessos menores, mas o interesse diminuiu e o LeftSide encerrou suas atividades no início dos anos 80. Reunindo-se esporádicamente para amenizar o saudosismo. Uma pena.

THE BEATLES - THE LONG AND WIDING ROAD (Get Back)

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sábado, 25 de fevereiro de 2023

HAPPY BIRTHDAY GEORGE HARRISON - 80 ANOS!

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Se vivo estivesse, George Harrison, o caçula dos Beatles, estaria fazendo 80 anos hoje, 25 de fevereiro de 2023. Paul McCartney fará 81 em junho. Ringo Starr, 83 em julho. John Lennon, assassinado aos 40 em 1980, completaria 83 em outubro. George morreu de câncer em 29 de novembro de 2001. Tinha 58 anos.
George Harrison era amigo de Paul McCartney, que o levou para conhecer John Lennon. Os três, mais o baterista Pete Best, eram os Beatles às vésperas da fama. Best foi substituído por Ringo Starr, e assim, com essa formação, eles começaram a gravar no segundo semestre de 1962 e conquistaram o mundo no primeiro semestre de 1964. Em 1969, gravaram o último álbum, Abbey Road, e em 1970, estavam separados. Parece incrível que tenham sido tão importantes numa trajetória de apenas sete anos. Há 60 anos, no álbum de estreia dos Beatles, Please Please Me, George cantava Carole King (Chains) e Lennon e McCartney (Do You Want To Know a Secret). Como autor, em 1963, debutou com "Don’t Bother Me" no segundo álbum do grupo, With The Beatles.
Nos dois discos seguintes, não assinou nenhuma canção. Voltou em 1965, em Help!, com duas canções de sua autoria, mais duas em Rubber Soul, também de 1965. No Revolver, de 1966, teve três canções. No Sgt. Pepper's e no Magical Mystery Tour, ambos de 1967, apenas uma. No Álbum Branco, de 1968, quatro, mas o disco era duplo, e John e Paul tiveram 26. Yellow Submarine, de 1969, Abbey Road, também de 1969, e Let It Be, de 1970 – cada um trouxe duas músicas compostas por Harrison.
O fato é que John Lennon e Paul McCartney deixavam George Harrison para trás. Ele podia ser o guitarrista principal dos Beatles, e era, mas isso pouco importava. John e Paul mandavam, dominavam o repertório e, nisso aí, tinham o apoio do maestro e produtor George Martin.

As marcas de George Harrison nos Beatles estão tanto nos belos solos de guitarra que criou quanto na influência da música da Índia, através dos instrumentos a ele apresentados pelo amigo Ravi Shankar. As canções autorais nos discos do quarteto são poucas, mas não deixam de ser admiráveis. "Something"gravada por Frank Sinatra, Ray Charles e Elvis Presley,  é uma das maiores canções populares da segunda metade do século XX.
"All Things Must Pass" foi o nome da canção que dá título ao primeiro álbum que George Harrison lançou, depois do fim dos Beatles em 1970. São dois discos com um monte de canções de sua autoria e um terceiro LP no qual brinca de fazer jam sessions com amigos como Eric Clapton. "My Sweet Lord", música de inspiração religiosa, foi um grande sucesso e valeu a George uma acusação e um processo por plágio. All Things Must Pass é um disco excepcional, totalmente revelador do talento de Harrison como autor. É tão bom quanto os melhores momentos de John Lennon e Paul McCartney depois dos Beatles – o Lennon de 'John Lennon/Plastic Ono Band' e o McCartney de 'Band on the Run'.
Em 1971, Ravi Shankar sugeriu, e George comandou o Concerto Para Bangladesh, que reuniu um elenco de primeiríssima grandeza – Bob Dylan, Eric Clapton, etc. – num show no Madison Square Garden, em Nova York. Foi pioneiro nesse tipo de evento e, transformado numa caixa de três discos e num documentário exibido nos cinemas, o concerto entrou para a história do rock.

Depois de All Things Must Pass, George lançou Living in the Material World que traz o hit "Give Me Love". É uma muitíssima bem arranjada coleção de canções bonitas e profundamente melancólicas. O beatle místico que tocava uma guitarra chorosa seguiria muito ativo pela década de 1970, mas, em seguida, diminuiria sua produção. Gravou menos nos anos 1980, mas terminou a década entregando um ótimo álbum, Cloud Nine. Ao lado de Bob Dylan, Roy Orbison, Tom Petty e Jeff Lynne, formou o supergrupo – Traveling Wilburys – que só gravou dois discos.

Entre 1997 e 2001, George Harrison, fumante desde a juventude, lutou contra um câncer que começou na garganta e se espalhou por outras partes do seu corpo. Os amigos definem, e Martin Scorsese confirma no documentário Living in the Material World, esse beatle quieto como um homem dividido entre a escolha religiosa (Hare Krishna) e a fortuna que fez com sua guitarra e suas canções. Oscilava entre o senso de humor e a amargura. Era mundano e cheio de luz. HARE KRISHNA!

THE BEATLES - 1 HORA DE "THE NIGHT BEFORE" - SENSACIONAL!

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"The Night Before" foi composta por Paul McCartney e John Lennon e gravada no Studio Two da EMI em Abbey Road, em fevereiro de 1965, produzida por George Martin, tendo Norman Smith como engenheiro. Foi lançada em agosto de 1965, como a segunda faixa álbum "Help!" e no filme, aparece durante a cena no campo de batalha, filmada em Salisbury Plain, Inglaterra. Uma das características mais notáveis de "The Night Before" foi o solo de guitarra, duas faixas separadas por uma oitava e interpretadas por McCartney e Harrison. John Lennon tocou um piano elétrico Hohner Pianet, o que deu à música muito do seu impulso. Os Beatles gravaram "The Night Before" em apenas duas tomadas, na tarde de 17 de fevereiro de 1965. A sessão começou às 14h e terminou às 19h. Os vocais principais de Paul McCartney foram duplicados. Em seguida, eles voltaram sua atenção para "You Like Me Too Much", de George Harrison.
Aqui, a gente confere um trecho do livro “The Beatles – A História por trás de todas as canções” de Steve Turner, lançado no Brasil em 2009 pela editora Cosac & Naify.
"A maior parte de “The Night Before” foi escrita por Paul, provavelmente na Wimpole Street, e ele toca tanto o baixo quanto o solo de guitarra na gravação. George faz a guitarra base e John toca piano elétrico (um Hohner Pianet 1964). Paul comentaria em 1965 que “o som instrumental dessa faixa é dos melhores que já registramos”. John acrescentaria que “Paul e George estavam tocando exatamente a mesma coisa, mas em diferentes oitavas”.“The Night Before” pode ser sobre a natureza tumultuada de sua relação com Jane Asher, mas pode muito bem ser sobre uma situação inventada. Assim como em Os Reis do lê, lê, lê, as músicas de Help! não ficam presas ao roteiro. “Acho que todas as canções de Help! já estavam escritas antes de o roteiro ficar pronto”, confirma Dick Lester. “Mandaram uma fita demo com umas 11 e eu escolhi seis de forma bem arbitrária, por achar que eu poderia fazer algo com elas. Foi bem casual mesmo e eu as encaixei no filme onde achei que fosse ficar bom.” Três meses depois da gravação, Paul e os Beatles foram filmados cantando “The Night Before” na planície de Salisbury, cercado por tropas e tanques. A planície, localizada basicamente em Wiltshire, é a sede do Centro de Treinamento do Exército, uma área de 388 quilômetros quadrados usada 340 dias por ano como campo de tiro". Aqui, a gente confere a faixa oficial lançada no ábum e em seguida 1 hora de “The Night Before”. Imperdível!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

JACK DANIEL'S - WHISKEY ROCK AND ROLL

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Publidada originalmente em 4 de novembro de 2009.
Jack Daniel's é um uísque fabricado pela Jack Daniel Distillery, fundada em 1866 pelo destilador norte-americano Jasper Newton "Jack" Daniel, com sede na cidade de Lynchburg, Tennessee, Estados Unidos. Desde 1956 pertence ao grupo Brown-Forman Corporation. Conhecido pelas garrafas quadrangulares de rótulo profundamente negro, é um dos uísques mais vendidos no mundo. Entre os whiskeys, é classificado como Tennessee Whiskey, devido ao processo de destilação diferenciado. Também é conhecido por Old No. 7 ("Velho número 7"). Não é bourbon, já que bourbon são apenas os uisques produzidos no estado do Kentucky.

Usa milho, centeio, malte de cevada e água isenta de ferro como ingredientes na sua fabricação. Diferencia-se pelo seu cuidadoso processo de elaboração, destilação e amadurecimento, aliado ao clima do Tennessee. Com grandes diferenças de temperatura entre inverno e verão, o processo de amadurecimento no Tennessee garante uma grande interação entre o uísque e o barril, conferindo ao Jack Daniel's sabor e cor mais amadeirados. Não é envelhecido já que este processo se refere ao tempo que o whiskey fica dentro do barril. No caso de Jack Daniel's o whiskey é amadurecido, tendo a ver com o clima da região. Jack Daniel's é lentamente suavizado através de um proceso chamado "Charcoal Mellowing". Este processo consiste na passagem do whiskey por uma camada de três metros de carvão de madeira. Jack Daniel's é amadurecido em barris de carvalho americano. Estes barris são novos e são utilizados para amadurecer Jack uma única vez. A experimentação, não o envelhecimento, determina quando o whiskey atingiu a qualidade, o sabor e a cor que se está acostumado a apreciar em Jack Daniel's.
A associação de Jack Daniel's com o Rock And Roll, vem de longa data e forma uma união mais que duradoura e harmoniosa. O uísque apareceu no que se tornaria um dos primeiros sucessos do gênero: uma música de Amos Milburn "One Scotch, One Bourbon, One Beer". Quando o rock ainda estava apenas começando a tomar forma, outro grupo de músicos havia tomado o uísque e se encantado: Frank Sinatra, Sammy Davis Jr, Dean Martin e o resto do 'The Clan' eram conhecidos por suas infames travessuras movidas a uísque. Sinatra particularmente adorava Jack Daniel's, um uísque que se tornaria irrevogavelmente ligado à indústria da música. Na década de 1970, Jack se tornaria a bebida preferida do rock. Não é de hoje que se vê roqueiros barra-pesadas com suas garrafas quadrangulares: Bob Dylan, Eric Clapton, Lemmy Kilmister, Slash e Keith Richards são consumidores fervorosos da bebida. Também há registros de outros renomados artistas saboreando essa verdadeira lenda: Amy Winehouse, Dave Lee Roth, Jimmy Page, Mick JaggerAxl Rose, Nikki Sixx, os caras do Motley Crue e tantos outros, enfim.
Não se sabe ao certo porque no rótulo de Jack Daniel's está escrito (Old No. 7 Brand). Muitos dizem que o místico número 7 significaria que somente na sétima tentativa de misturas, Jack Daniel conseguiu chegar à fórmula perfeita de elaboração de seu uísque. Muitos ainda dizem que quando Mr. Jack participou dos campeonatos de bebidas de 1904 e 1905, era o sétimo inscrito e consagrou-se campeão nas duas vezes.