Feio pra dedéu, esquisito, realmente estranho, que teve doenças graves na infância, e mais lembra a figura de um extraterrestre - ANDY WARHOL era tudo isso e muito mais. Só que, absolutamente GENIAL! É o artista mais conhecido do univeso da POP ART e um dos mais polifacetados de toda essa onda. A figura de Andy Warhol por si só remete aquilo que de fato é: a peruca prateada espetada em forma de vassoura, óculos grandes e redondos que por vezes usava, o próprio vestuário ou mesmo seus modos transformaram o artista e sua arte em um só.
Warhol nasceu em Pittsburgh, Pensilvânia em 1928. Nos primeiros anos de estudo, teve coreia, uma doença do sistema nervoso que provoca movimentos involuntários das extremidades, que se acredita ser uma complicação da escarlatina e causa manchas de pigmentação na pele. Tornou-se hipocondríaco, desenvolvendo um medo terrível de hospitais e médicos. Muitas vezes de cama quando criança, tornou-se um excluído entre os seus colegas de escola, ligando-se fortemente com sua mãe. Quando estava confinado à cama, desenhava, ouvia rádio e colecionava imagens de estrelas de cinema ao redor de sua cama. Warhol depois descreveu esse período como muito importante no desenvolvimento da sua personalidade, do conjunto de suas habilidades e de suas preferências. Aos 17 anos, em 1945, entrou no Instituto de Tecnologia de Carnegie, em Pittsburgh, hoje Universidade Carnegie Mellon e graduou-se em design.
Foi para Nova York e começou a trabalhar como ilustrador de importantes revistas, como Vogue, Harper's Bazaar e The New Yorker, além de fazer anúncios publicitários e displays para vitrines de lojas. Começou aí uma carreira de sucesso como artista gráfico ganhando diversos prêmios como diretor de arte do Art Director's Club e do The American Institute of Graphic Arts.
Os anos 1960 marcaram uma guinada na sua carreira de artista plástico e passou a se utilizar dos motivos e conceitos da publicidade em suas obras, com o uso de cores fortes e brilhantes e tintas acrílicas.
Reinventou a POP ART com a reprodução mecânica e seus múltiplos serigráficos, temas do cotidiano e artigos de consumo, como as reproduções das latas de sopas Campbell's e a garrafa de Coca-Cola, além de retratos de estrelas famosas como Marilyn Monroe, Liz Taylor, Jaqueline Kennedy, Elvis Presley, Pelé, Che Guevara, Mao Tsé-Tung, Brigitte Bardot, e até símbolos icônicos da história da arte, como a Mona Lisa. Estes temas eram reproduzidos serialmente com as mais diversas variações de cores. Além das serigrafias, Warhol também se utilizava de outras técnicas, como a colagem e o uso de materiais descartáveis, não usuais em obras de arte.
Em 1968, Valerie Solanas, fundadora e único membro da SCUM (Society for Cutting Up Men - Sociedade para eliminar os homens), invadiu o estúdio de Warhol e o feriu com três tiros, mas Warhol sobreviveu e se recuperou, depois de ser submetido a uma cirurgia que durou mais de cinco horas. Solanas havia dado a Warhol o roteiro de uma peça teatral de sua autoria, mas pediu o roteiro de volta e Warhol disse que o havia perdido. Este fato é tema do filme "I shot Andy Warhol" (Eu atirei em Andy Warhol), dirigido por Mary Harron, em 1996. Em 1969 Andy Warhol fundou a revista de fofocas "Interview".
Andy Warhol também foi financiador e mentor intelectual da banda The Velvet Underground. Em 1967, forçou a entrada de sua amiga Nico, cantora e modelo alemã, para a banda. Houve rejeição e conflito por parte do grupo e o nome do primeiro álbum foi The Velvet Underground and Nico, excluindo Nico, de certa forma. Logo depois da gravação do álbum White Light/White Heat, Andy Warhol se afastou e Nico foi expulsa da banda.
A importância de Andy Warhol para a arte e, principalmente, para a cultura pop é algo imensurável. Warhol deixou sua marca não apenas no mundo das artes visuais, mas também na indústria da música. Ele conheceu dezenas de músicos durante sua exposição à cena noturna de celebridades de Nova York. Warhol entrou em contato com muitos popstars talentosos em seu estúdio, The Factory, o que o levou a amizades duradouras com artistas como John Lennon e Mick Jagger. Andy Warhol foi um artista cujo trabalho teve um impacto imenso na Cultura Pop, especialmente na indústria da música.
Não é surpresa que Warhol tivesse um claro fascínio pela fama. Seu amor por essas estrelas e seus estilos de vida extravagantes se tornaram um tema comum em sua obra. O artista criou uma variedade de capas de álbunsde álbuns icônicas para grandes artistas, dos Rolling Stones a Dianna Ross. Antes de sua morte em 1987, Warhol havia desenhado mais de 50 capas de álbuns. Ele foi fortemente influenciado por músicos famosos e pela indústria musical, e vice-versa.
Em 1987, foi operado com problemas na vesícula biliar. A operação correu bem mas Andy Warhol morreu no dia seguinte em 22 de fevereiro de 1987 com 58 anos. Ele era célebre há 35 anos. Ao contrário da sua frase de que “no futuro todo mundo terá 15 minutos de fama”, a dele durou durou bem mais do que alguns poucos minutos. A frase clássica de Warhol pode parecer óbvia em tempos de redes sociais e influenciadores digitais, mas o artista foi além e previu toda a nossa cultura atual de celebridades instantâneas. Segundo ele, chegaria o dia em que as pessoas poderiam ser famosas simplesmente por serem quem elas são (ou fingem ser), sem necessariamente um talento especial.
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