O dia 21 de abril de 2012, entrou para a história como o dia em que Paul McCartney fez o chão do nordeste brasileiro tremer pela 1ª vez! Dois grandes amigos e sócios do nosso blog preferido estavam lá. O que a gente confere a seguir são esses dois depoimentos emocionados e emocionantes. O primeiro, do amigo João Carlos, um senhor que, naquele dia, voltou a ser menino. E logo em seguida, o da amiga Lidiane Pessoa, uma garota totalmente Maccamaníaca. Obrigadão pela participação dos dois. Sem dúvida alguma, foi realmente inesquecível. Um dia que entrou para a história! Abração em todos!
“POVO ARRETADO!” Quando Macca disse isso e o estádio quase explode, definitivamente eu passei a acreditar em “milagres”. Afinal, a montanha veio a Maomé. O filme veio à mente e ao coração, e nele lá estou eu em 1963 ouvindo aquelas músicas no rádio para depois descobrir que não eram vários artistas mas, apenas um, aliás uma banda, que eu vi na TV em preto-e-branco. Desde então, vírus devidamente instalado, virei fã incondicional. Acompanhei em tempo toda a história. Enquanto eles cresciam eu crescia junto. Sucessos, desarmonias e tragédias depois, estou aqui no Arrudão frente à frente comigo mesmo. Não era apenas Macca ali. Era a minha vida (e certamente a da grande maioria presente). Acreditem, para mim que estou bem mais próximo de “when I’m 64” do que da garota de 17 anos de I SAW HER STANDING THERE, o que mais emociona é testemunhar a molecada (10 anos no máximo) exibindo orgulhosa suas camisetas, cantando junto e dançando. Imagine a emoção de ver meu filho se emocionar com MAYBE I’M AMAZED? Aquele pingo de gente que um dia desses pulava aos berros de “faive lô oh (como ele entendia Can’t Buy Me Love). Desconheço algo com tanta magia. A fantástica e indecifrável magia dos Beatles. O show teve poucas surpresas (ainda bem). Uma versão beatle, com bongô e que tais de AND I LOVE HER. Também não esperava THINGS WE SAID TODAY nem a ausência de MY LOVE. À LINDA ele dedicou MAYBE... assim como fez com sua atual esposa com uma comovente MY VALENTINE (com Portman e Deep no vídeo). Voz no ponto, banda afiada e som perfeito. Momentos de dança e euforia, outros mais leves e outros comoventes. SOMETHING com as imagens de Harrison então... A DAY IN THE LIFE quase completa, desta vez. ABE magnetizando com suas coreografias em DANCE TONIGHT. Eles se divertem. Adoram estar ali e isso, pela espontaneidade passa direto para o público. Meus queridos, Macca certamente tem músicas mais belas, mas nada de sua carreira solo contagia tanto, é tão eficaz e poderosa quanto LIVE AND LET DIE. É a não-surpresa mais surpreendente... sempre! Nenhuma platéia no planeta é tão parte do show como a de Paul. Seja aqui no NE, seja no Sul, em Honolulu, na Rússia, Israel... Macca evidencia que somos um só. Iguais. A raça humana como sonhava Lennon. Típico dos pernambucanos; Paul emociona ao homenagear Lennon e George. Mas o que fez a galera? Gritou junto RINGO! RINGO! E ele? Cantou YELLOW SUBMARINE! Fantástico! Então, vir à Recife foi oportuno e justo. Convenhamos, a gente merecia. Em termos de beatlemania a gente não é menos (e nem mais) que ninguém. Para o Norte, temos João Pessoa (1:30 Hs), Natal (4 Hs) e Fortaleza (12 Hs ). Para o Sul temos Maceió (3 Hs), Aracaju (4 Hs) e Salvador (12 Hs). Esses tempos, considerando a viagem de automóvel. 8% dos ingressos com os paraibanos e 13% com os alagoanos. Mas tinha gente de Sampa, Curitiba, Rio e até das “estranjas”. O clima “paz e amor” era visível. Muita confraternização e camaradagem. Na saída ouvi um policial suspirar: Ah! Se fosse sempre assim! Aliás, o show terminou de fato com a sequência final de Abbey Road. Várias vezes o velhão aqui marejou, mas como me preparei para tal, dancei e fiz vocais maravilhosos (se ele ouvisse me chamaria pro palco). Bom pessoal, foi isso. Vocês devem imaginar. Agora, tiro a indumentária de repórter do Baú e como pernambucano, nordestino, quero agradecer à todos os brasileiros que torceram, vibraram e se irmanaram à nossa alegria por sermos também lembrados pelos promotores de Paul McCartney. Um beijo no coração de todos vocês. Próxima parada? Manaus ou Belém! Como diria o “nariz”, why not ? E para McCartney, um homem merecidamente iluminado, o maior artista da minha e de várias gerações, emulo a voz de John Lennon em No Reply: "I SAW THE LIGHT! I SAW THE LIGHT!". João Carlos W. de Mendonça
Recife, 22 de abril de 2012. Manhã de Domingo. A minha ficha demorou a cair, e foi caindo aos poucos. Saber do show, comprar o ingresso, pegar o ingresso, esperar o dia do show, tudo isso fiz meio anestesiada. Acho que em choque talvez! Dia do Show. Eu e meus amigos fomos à tarde para o Arruda, para pegar um lugar legal na fila. E foi chegando lá, que comecei a me dar conta daquilo tudo. Quando vi a multidão na porta do estádio, fãs enlouquecidos cantando, gritando e felizes, loucamente alegres!
Fotos, camisas, conversas, músicas, as máscaras da Claudia Tapety... mas foi o próprio Paul que veio derrubar de vez minha ficha. Uma movimentação na fila, sirenes da policia me fizeram olhar pra trás e eu VI! Cara, Eu vi! O carro passou depressa, janela aberta e o Paul, Paul McCartney acenando... acenando pra todos... acenando pra mim! Um Beatle, Um Beatle... ele, ele mesmo, de verdade! E naquele momento, eu senti toda a alegria e ansiedade que não tinha me dominado nos dias anteriores. Veio forte e de vez!
Fiquei louca, pernas bambas, comecei a gritar e a chorar! Abracei minha melhor amiga... e pronto. Nunca mais vou esquecer aquele momento! E ficamos todos ali, agora mais agitados ainda... esperando, esperando. Eu olhava em volta e pensava na grandiosidade daquilo... daquilo fazer parte da minha história, de poder viver aquilo. Entramos no estádio e a emoção (claro!) só aumentava! IMENSAMENTE FELIZ! Nas duas horas que ainda esperamos depois de entrar no estádio, estava quase tendo um troço de tanta ansiedade! Queria gritar, abraçar todo mundo e gritar! 21h35min. Chegava o momento finalmente, meu coração pulando, as pernas bambas, falta de ar... Paul entrou no palco! Gritaria, histeria! O estádio veio abaixo! Felicidade, uma coisa maravilhosa! Meu Deus... como descrever aquilo? Essa emoção que ainda está aqui... e que eu não quero que vá embora nunca mais! Fiquei arrepiada, gritei, chorei, queria dizer a todo mundo, abraçar todo mundo, e dizer que era ele... Paul McCartney que estava ali... um Beatle... o Paul, o meu preferido! Ouvindo e cantando as músicas e olhando pra ele... olhando PRA ELE FIXAMENTE no telão... seu jeito sua voz... me apaixonei por ele... novamente e perdidamente. Comecei a chorar mais ainda, em The long and Winding Road. Maybe I’m Amazed, foi tudo que eu queria mais ouvir. Something… eu nem consegui cantar. E quando o George apareceu no telão, foi MARAVILHOSO! Podia falar de cada música... estou arrepiada até agora!
Fui dormir pensando, acordei pensando... não quero perder essa sensação maravilhosa! Acho que Paul tem disso. Ele deixa algo bom nas pessoas. Algo que melhora o que você é. Um cara fantástico e real. Que do alto dos seus 69 anos e com uma história de vida fabulosa. Espalha esse sentimento de vida, de amor, de alegria e de paz. Thanks Paul, e até logo... I Love You! Lidiane Pessoa.
5 comentários:
Ah!!!!!!!!!!!!!!!! eu to no Baú do Edu!!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk adorei!
Maravilha os depoimentos dos dois. Se esse cara viesse à Brasília, nunca mais ia querer sair daqui! Nunca, em lugar nenhum do mundo, verá os espetáculos do céu que vemos aqui! Não sei nem se vou ao show de Goiânia. Ciúme e puro bairrismo, confesso!
Agora danou-se! Ver esse texto aqui mais ainda me fez voltar àquela noite.Enquanto viver,lerei ele cada dia 21/4.Prometo a mim mesmo! Foi um dia inteiro fantástico.A sensação de perda e saudades duraram mais de uma semana.Lidiane descreveu bem o clima.Foi tudo isso! Obrigado EDU!
Qrande depoimento hem.tanto da Lidiane, quanto do Joao Carlos, pessoas privilegiadas que jamais esquecerao esse dia.
É Gente....é muita emoção !!!
Ao ler me emocionei também !
São poucas coisas que a gente carrega nessa vida e os 2 shows que eu já assisti do Paul não vou esquecer nunca !!
Beatles Forever
Macca Forever
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