Paul afirmou que a inspiração musical por trás de "Not A Second Time" era, mais uma vez, Smokey Robinson and The Miracles, ao passo que John reivindicou boa parte da composição como sua. Foi outro exemplo de John permitindo que seus sentimentos, nesse caso a mágoa, tomassem conta de seu trabalho. Depois de sofrer por rejeição, a reação do compositor é conter suas emoções para evitar que se machuque de novo. Foi uma das primeiras canções dos Beatles a ser objeto de análise crítica de um jornal de qualidade. William Mann, na época, crítico musical do Times, comparou parte dela com "Song Of The Earth", de Gustav Mahler. John diria depois que "foi essa resenha que começou a onda de falar do aspecto intelectual dos Beatles". "O interesse harmónico também é típico das canções mais rápidas deles", escreveu Mann, "e fica a impressão de que pensam simultaneamente em harmonia e melodia, tal a firmeza com que a sétima e a nona maiores estão construídas em suas músicas." Mann salientava ainda as mudanças de escala, "tão naturais quanto a cadência eólica ao final de 'Not a Second Time'". O comentário de John sobre isso foi: "Eu não entendi nada do que ele disse". Em outra ocasião, John afirmou que achava que "cadências eólicas" soavam como pássaros exóticos. Ele não foi o único a ficar confuso com a terminologia de Mann. "Cadência eólica" não é uma descrição musical reconhecida, e gerações de críticos musicais se perguntaram a que Mann estava se referindo exatamente. No entanto, a resenha em si foi creditada como o início das críticas sérias à obra dos Beatles.
sábado, 13 de dezembro de 2014
THE BEATLES - NOT A SECOND TIME
Paul afirmou que a inspiração musical por trás de "Not A Second Time" era, mais uma vez, Smokey Robinson and The Miracles, ao passo que John reivindicou boa parte da composição como sua. Foi outro exemplo de John permitindo que seus sentimentos, nesse caso a mágoa, tomassem conta de seu trabalho. Depois de sofrer por rejeição, a reação do compositor é conter suas emoções para evitar que se machuque de novo. Foi uma das primeiras canções dos Beatles a ser objeto de análise crítica de um jornal de qualidade. William Mann, na época, crítico musical do Times, comparou parte dela com "Song Of The Earth", de Gustav Mahler. John diria depois que "foi essa resenha que começou a onda de falar do aspecto intelectual dos Beatles". "O interesse harmónico também é típico das canções mais rápidas deles", escreveu Mann, "e fica a impressão de que pensam simultaneamente em harmonia e melodia, tal a firmeza com que a sétima e a nona maiores estão construídas em suas músicas." Mann salientava ainda as mudanças de escala, "tão naturais quanto a cadência eólica ao final de 'Not a Second Time'". O comentário de John sobre isso foi: "Eu não entendi nada do que ele disse". Em outra ocasião, John afirmou que achava que "cadências eólicas" soavam como pássaros exóticos. Ele não foi o único a ficar confuso com a terminologia de Mann. "Cadência eólica" não é uma descrição musical reconhecida, e gerações de críticos musicais se perguntaram a que Mann estava se referindo exatamente. No entanto, a resenha em si foi creditada como o início das críticas sérias à obra dos Beatles.
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2 comentários:
Eólica ou não, a música é ótima.
Eu também nunca entendi essa de "Cadencias Eólicas" !!!
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