“Grapefruit” é um livro escrito pela escritora, artista e ativista pela paz Yoko Ono, originalmente publicado em 1964. Tornou-se famoso como um dos primeiros exemplos de arte conceitual , que contém uma série de "dezenas de eventos" que substituem o trabalho físico de arte. O nome “Grapefruit” foi escolhido como porque Yoko Ono acredita que o grapefruit é para ser um híbrido de uma laranja e um limão , e, portanto, um reflexo de si mesma como "um híbrido espiritual". A primeira edição contém mais de 150 "obras de instrução"; praticamente todas estão em Inglês, com cerca de um terço em japonês. Eles são divididos em cinco seções, Música, Pintura, Evento, Poesia e objeto. As instruções são precedidas por dedicatórias de figuras como John Cage, La Monte Young, Nam June Paik, Isamu Noguchi e Peggy Guggenheim, e também inclui a documentação relativa às exposições e apresentações recentes de Ono. A segunda edição foi publicada em 1970 pela Simon and Schuster, em Nova York, Peter Owen Ltd, em Londres, e Bärmeier & Nikel em Frankfurt. Bem como uma introdução de John Lennon ("Oi meu nome é John Lennon. Gostaria que conhecessem Yoko Ono”. Na reedição do livro de Lennon “In His Own Write” em 2000, Ono escreveu uma introdução similar.
Seu livro 'Grapefruit', foi publicado somente no Japão em 1964, em edição limitada de 500 cópias, e mais tarde engrossado com novas peças e desenhos de Yoko e relançado (com a óbvia ajuda de John) no Reino Unido em 1970. Consistindo basicamente de pensamentos e 'instruções' e poucos desenhos de Ono, o livrinho vale como curiosidade, para termos noção do quanto a 'japa' era criativa. Este livro foi seu primeiro presente para Lennon, quando o conheceu em 1966. E consta, que o Beatle ficava horas, recostado em seu sofá, viajando, absorvendo e remoendo suas instruções. Na orelha do livro pode-se ler: "Queime-o depois de ler"! Muitos críticos e “entendidos” em arte, não cansaram de elogiar: “Em Grapefruit, ela cria uma coisa que é uma novidade na arte: é um trabalho muito próximo do universo da arte conceitual. O trabalho acontece inteiramente na mente. São articulações poéticas em que ela leva o espectador a sair daquela prisão da percepção cotidiana que a gente vive e a reinventar o mundo. É de uma simplicidade absoluta, outra característica do trabalho dela que acho importante e, me parece, vem muito de uma cultura zen budista, de uma origem japonesa. É um gosto pelo simples que ela carrega em tudo e isso às vezes choca as pessoas no sentido de que é tão simples, parece tão óbvio”.
Em 2012, quase 50 anos depois de escrever o livro de arte conceitual "Grapefruit", a escritora, artista e ativista pela paz Yoko Ono publicou uma continuação que espera inspirar as pessoas a pensar e ler. "Acorn", um livro com 100 "poemas educativos" e desenhos que foi lançado em 15 de julho, retrocede no tempo, segundo a viúva de John Lennon, porque escreveu a obra originalmente para Internet na década de 1990. Cada dia, durante 100 dias, ela comunicou uma ideia diferente a seus leitores para que explorassem. Agora, compilou tudo em um livro. "Gosto da ideia porque muita gente deixou de ler livros. Apenas usam o computador", disse Ono, que faz 81 anos neste ano. "Faço essa retrospectiva porque realmente acho que ler um livro é uma experiência totalmente diferente do que simplestemente acessar a Internet; a forma em que te chega a informação, a comunicação." Como em "Grapefruit", publicado em 1964, o novo livro de Ono é dividido em seções e cada ensinamento é descrito como "poesia em ação". Nesse link, http://issuu.com/giovannamartins/docs/grapefruit
você confere a obra na íntegra em, PDF. Vale como curiosidade.
2 comentários:
Até o presente momento admito que não me afeta a curiosidade... Apesar do ótimo e esclarecedor post.
Me falta uma certa sensibilidade para entender "a arte da yoko".
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