terça-feira, 12 de janeiro de 2021

McCARTNEY III - ACLAMAÇÃO TOTAL DA IMPRENSA


McCartney III é o décimo oitavo álbum de estúdio do cantor, compositor e multi-instrumentista Paul McCartney, lançado em 18 dezembro de 2020. De lá pra cá, McCartney III vem recebendo aclamação da mídia especializada de forma quase unânime e caiu nas bençãos dos fãs, que esperavam por isso há anos. Não importa qual seja a mídia, McCartney III só recebe críticas boas. Esta que a gente confere agora é do Diário do Nordeste, escrita por Dellano Rios.

A regra não está escrita em lugar algum, mas poucas exceções são capazes de fugir a elas. No universo pop - onde, claro, o rock também está incrustado, as grandes obras costumam ser criações dos primeiros anos de carreira, enquanto a maturidade longeva revisita incessantemente, nos palcos, os grandes feitos do passado. Repertórios fartos em hits e superproduções movem milhões, lotam turnês e renovam a base de fãs, a despeito das críticas à idade e aos propósitos financeiros de artistas dessa casta. Em um ano privados de shows e turnês, era de se esperar que essa turma desse pouco o que falar. Contudo, o ano trouxe boas surpresas de gente consagrada: AC/DC, Pet Shop Boys, Bruce Springsteen e Bob Dylan. O mais recente deles é Paul McCartney - "McCartney III". Os lançamentos de Paul McCartney são sempre muito aguardados, dada a devoção dos fãs, sólida desde que ele integrava os Beatles. Contudo, "Egypt Station" (2018), seu trabalho anterior, figura fácil entre as suas obras menos inspiradas. "McCartney III", contudo, se distancia bastante de seu predecessor. É o terceiro de uma série de álbuns radicalmente solos. O primeiro, de 1970, foi também sua estreia solo, gravado durante a separação dos Beatles. Com um som cru e caseiro, funcionava como uma antítese dos superproduzidos trabalhos da fase final do quarteto. Sua sequência, lançada há 40 anos, documentava McCartney se distanciando do Wings, banda que o acompanhou na década anterior. Era mais dançante e cheio de sintetizadores, e ganhou status de cult. O novo dialoga mais com o primeiro da trilogia. É mais orgânico e básico, sem tentativas de parecer antenado. McCartney fez uma aposta alta, mexer com a história de dois álbuns destacados de sua discografia, mas o resultado foi bem sucedido. Assim comprovam canções como "Find my way" e "Deep Deep Feeling".

5 comentários:

Adeilton Sá disse...

Edu, vc gostou mesmo desse McCartney 3?

Edu disse...

Gostei. E garanto que aqui nesse Baú, não fui só eu não! Valeu!

Dani disse...

Também gostei bastante.

roque22 disse...

Os discos citados do AC/DC e do Dylan, realmente, são muitos bons. Este "III" eh bem melhor que o "I" e o "II".

Marcio disse...

Bem melhor do que o anterior Egypt Station, que pra mim é um disco dispensável na carreira do Paul.