domingo, 23 de outubro de 2011

ESTADÃO FALA SOBRE FILME DE GEORGE HARRISON

Ontem no site estadão.com.br apareceu uma grande matéria sobre o documentário Living in the Material World, de George Harrison. Confira:
 
Filme de quatro horas entra com cautela na vida de George Harrison
Quando entra em cena pela primeira vez, George Harrison não está em evidência. Encara a câmera protegido por uma parede de tulipas. Uma voz o provoca: "Vá em frente e voe, baby, apenas sinta-se livre." O tom enigmático prepara o espectador para a limitação da própria natureza da linguagem documental. Mesmo com as quase quatro horas de imagens, o ‘beatle quieto’ poderá até ficar mais próximo, mas não será plenamente compreendido.
Living in the Material World, exibido nesta semana no festival do Rio e lançado em DVD na Europa e nos EUA (ainda sem previsão de ser lançado aqui em DVD, embora já esteja na internet), traz o rigor jornalístico de Martin Scorsese para desvendar o personagem, guitarrista, membro da maior banda de rock.
Harrison, assim como Ringo, nunca desfrutou da idolatria gerada por Paul McCartney e John Lennon. Sempre foi um outsider, metido em descobertas religiosas e pouco preocupado em agradar o show biz. Ao reconstituir seus passos, o cineasta renova o fascínio por alguém que ignorou a posteridade.
"Não me importo se eu não for lembrado", disse certa vez, conforme relatou Olivia Harrison ao New York Times. Ela foi casada com o britânico entre 1978 e 2001, ano da morte dele. Olivia, também produtora do filme, foi quem procurou Scorsese para assumir a empreitada. O principal argumento para sensibilizá-lo foi uma afetuosa carta escrita por George para a mãe dele quando tinha um pouco mais de 20 anos. "Ele expressava a ideia de que sabia que a vida não se limitava à riqueza e à fama", afirmou o diretor também ao NYT.
'Living in the Material World', exibido nessa semana no festival do Rio, ainda não tem previsão para ser lançado no Brasil.
A disposição em apresentar um Harrison mais espiritual do que 'material' ajuda a descolá-lo do 'efeito Beatles'. O foco aqui está nos depoimentos de quem conviveu com o músico, gente como Paul, Yoko Ono, Terry Gilliam, Ringo, Jackie Stewart, Eric Idle e George Martin. Fazem com carinho o panorama de um George impulsivo, perfeccionista e introvertido.
O produtor Phil Spector, por exemplo, descreve o 'tormento' de gravar algumas faixas de All Things Must Pass, primeiro álbum solo de Harrison pós-Beatles, por conta da obsessão harmônica do guitarrista em suas composições. Eric Clapton fala abertamente do caso em que ele roubou a primeira esposa do amigo, Patti Boyd - a famosa história por trás do hit Layla. Paul admite em um dos trechos de sua entrevista que a relação de trabalho com o companheiro nem sempre foi das mais equilibradas. O filme, aliás, mostra uma destas discussões no estúdio. Tom Petty relembra como foi montar os Travelling Wilburys, aprender a tocar o ukelele e sobre a estranha reação de George à morte de Roy Orbison. "Não está aliviado por não ser você?", disse o beatle ao telefone.

3 comentários:

João Carlos disse...

Eu quero é assistir!

Valdir Junior disse...

Eu também quero o quanto antes !!!

Valdir Junior disse...

Eu também quero o quanto antes !!!