Derek Taylor nasceu em Liverpool, em 7 de Maio de 1932 e morreu em 8 de Setembro de 1997. Taylor foi um escritor e jornalista responsável pela assessoria de imprensa dos Beatles. Na época em que os Beatles estavam finalizando as filmagens de A Hard Day's Night, Brian Epstein convidou Derek, então repórter do Daily Express para auxiliá-lo em uma biografia que havia sido encomendada por uma pequena editora de Londres, sua tarefa seria escrever e assinar o livro. Como jornalista, Taylor havia mudado recentemente o foco de suas coberturas para o cenário da música pop. Com seu jeito descontraído e cativante, Taylor conquistou rapidamente a confiança de todos os Beatles. Em uma noite em que saíram para jogar e beber, Brian convidou Taylor para ser seu assistente pessoal na NEMS, empresa de Brian responsável pelo gerenciamento e representação dos Beatles. A autobiografia de Epstein, A Cellarful Of Noise (Um Porão Barulhento), foi concluída em duas semanas liberando Taylor para suas novas atividades. Taylor lembra que os primeiros dias na NEMS se pareceram mais com uma feira livre maluca.
Em 1965 mudou-se para a Califórnia abrindo sua própria agência de relações públicas prestando serviços de assessoria de imprensa para bandas como Paul Revere and the Raiders, Captain Beefheart, The Byrds e The Beach Boys. Em 1967 Derek Taylor juntamente com John Phillips, Lou Adler, Donovan, Mick Jagger, Andrew Loog Oldham, Paul Simon, Smokey Robinson, Jim McGuinn, Brian Wilson e Paul McCartney, foi diretor e organizador do Festival Pop de Monterey realizados nos dias 16, 17 e 18 de junho daquele ano. Nesse evento compuseram um tema para o festival inspirados na placa com os dizeres Amor, Flores e Música.
Taylor também ajudou a impulsionar a carreira de Harry Nilsson. Após ouvir a canção 1941 comprou uma caixa de LPs e distribuiu para seus contatos da indústria fonográfica, bem como presenteado cada um dos Beatles com uma cópia, que logo convidaram Nilsson a vir para Londres. Nilsson tornou-se colaborador e amigo de longa data de John Lennon e Ringo Starr. Em 1968 retornou para Londres para assumir as atividades de relações públicas da Apple Corps, empresa criada pelos Beatles para gerir todos os negócios do grupo. Derek Taylor instalou-se no terceiro andar do prédio da Apple Corps situado na Savile Row. Bom contador de histórias e excêntrico. Atendia a todos de maneira amável e hospitaleira. Presenciou e participou dos principais eventos e fatos que marcaram a carreira dos Beatles a da Apple Corps. Suas atividades são destaque no livro The Longest Cocktail Party escrito por Richard DiLello. Desempenhou suas funções até a dissolução do grupo em 1970.Após a separação dos Beatles, Derek Taylor trabalhou na Warner Bros. Record, Elektra e Atlantic Records tornando-se Diretor de Projetos Especiais, e posteriormente vice-presidente da Warner em 1977.
Em 1980 ajudou George Harrison a concluir sua biografia, I Me Mine. Em seguida deu prosseguimento em sua própria biografia, Fifty Years Adrift (In An Open-Necked Shirt) editada e prefaciada por George Harrison e publicada pela Genesis Publications em 1983. Durante esse período Taylor retornou a suas atividades na Apple Corps. Em 1987 lançou o livro It Was Twenty Years Ago Today pela editora Bantam em comemoração aos vinte anos do lançamento do album Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band. Em 1990 foi publicado nos Estados Unidos o livro As Time Goes by: Living in the Sixties (Rock and Roll Remembrances Series No 3) pela editora Popular Culture Ink.
Em 1995 seu livro What You Cannot Finish and Take A Sad Song teve seu lançamento publicado pela editora Bois Books no Reino Unido coincidindo com o lançamento da série The Beatles Anthology. Em 1999 foi publicada a obra póstuma Beatles pela editora Ebury Press. Em 2001 foi lançado o CD de entrevistas, Here There and Everywhere: Derek Taylor Interviews The Beatles pelo selo Thunderbolt. Derek Taylor faleceu vítima de câncer em 8 de setembro de 1997. Na época ainda trabalhava na Apple Corps. Era casado, desde 1958, com Joan Doughty Taylor e tinha seis filhos: Timothy, Dominic, Gerard, Abigail, Vanessa and Annabel. Seu funeral foi no dia 12 de setembro. George Harrison estava lá.
Este é o quarto LP dos Beatles. “PLEASE PLEASE ME”, “WITH THE BEATLES”, “A HARD DAY’S NIGHT”. Eis os três. E agora... “BEATLES FOR SALE”. Os Beatles à venda. Não quer dizer que os Beatles estejam à venda. Mesmo porque não há dinheiro que pague. Trata-se apenas do LP, e este você pode comprar. O dinheiro não é tudo. Há uma história inestimável entre estas capas. Nenhum de nósestá ficando mais novo. Quando, daqui a 20 anos ou maiscriança, entendidaem música, estiver num piquenique em Saturno, e lhe perguntar quem eram os Beatles - “Você os conheceu à época? - não tente explicar tudo sobre os cabeludos e sua turbulência! Basta à criança tocar algumas faixas deste LP e logo entenderá tudo. Os jovens do ano 2000 extrairão da música mais sensação de bem-estar e ardorque sentimos hoje, porque a mágica dos Beatles, desconfio, não tem limite de tempo nem idade. Ela venceu todas as barreiras. Acabou com todas as diferenças de raças, idades e classes. É venerada pelo mundo inteiro. Este LP tem alguns números agradáveis da música Beatle. Tem, por exemplo, oito novos títulos trabalhados pelos incomparáveis John Lennon e Paul McCartney, e mais 6 números que foram escolhidos da riqueza rítmica da extraordinária década passada, entre elas composições como KANSAS CITY e ROCK AND ROLL MUSIC. Maravilhoso. Muitas horas de trabalho árduo foram gastas na produção deste LP. Não é uma mistura de vale-tudo para ganhar dinheiro. No mínimo, 3 canções de Lennon & McCartney foram seriamente consideradas como lançamentos de compactos simples, até que John apareceu inesperadamente com “I FEEL FINE”. Estas três foram “EIGHT DAYS A WEEK”, “NO REPLY” e “I’M A LOSER”. Cada uma teria estourado os primeiros lugares, mas estão como adorno e um exemplo para outros artistas. Como em outros Lps, os Beatles levaram mais tempo com o sucesso do que o mercado exige normalmente. Há alguns truques de gravação que os Beatles e seu produtor, George Martin, introduziram, com algumas inovações, tais como: Paul num órgão Hammond, em MR. MOONLIGHT, e, pela primeira vez, George Harrison tocando um velho tambor africano, porque o baterista Ringo estava tocando bongô. O tambor de George continuou na trilha sonora, mas o bongô de Ringo foi retirado depois, na mixagem. Ringo toca tímpano, em EVERY LITTLE THING, e na faixa ROCK AND ROLL MUSIC, George Martin junta John e Paul no mesmo piano. Em WORDS OF LOVE, Ringo aparece tocando caixa. Além disso, é um disco confeccionado em 1964. O melhor do seu tipo no mundo. Há pouca coisa ou nada neste LP que não possa ser reproduzido no palco, embora os estudiosos e críticos da música “pop” saibam que nem sempre é o caso. Ei-lo, afinal. Ainda é o melhor LP, inteiramente definido: John, Paul, George e Ringo - cheio de tudo que fez dos quatro a maior atração que o mundo já conheceu. Para aqueles que gostam de saber qual o desempenho de cada um neste LP, há detalhes ao lado,nos títulos e nas músicas.
3 comentários:
Derek Taylor como parece, deve ter sido um cara feliz pois juntou o trabalho com o prazer de ter conhecido os Beatles.
Esse texto do Dereck no "Beatles For Sale " ele acertou em muita coisa ,a musica dos Beatles já ganhou a espaço sideral, só Saturno que esta muito , muito distante de nós ainda !!!
Do resto acertou em cheio !!!
Edu, você não sabe quantas coincidências achei nesta sua matéria. No domingo, postei no meu facebook uma foto justamente com o texto do Derek no Beatles for Sale! (mesmo dia em que você fez este post) E neste mesmo final de semana, assisti mais uma vez o Anthology inteirinho, de cabo a rabo.
Parece que estamos em fab sintonias.
Abraços!!!
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