Em 11 de outubro de 1996, há 19 anos, Renato Russo morreu em conseqüência de complicações causadas pela Aids (era soropositivo desde 1990), mas jamais revelou publicamente sua doença. Seu corpo foi cremado e suas cinzas lançadas sobre o jardim do sítio de Roberto Burle Marx.
Até os seis anos de idade, Renato sempre viveu no Rio de Janeiro junto com sua família. Começou a estudar cedo no Colégio Olavo Bilac, ainda no Rio. Nessa época teria escrito uma bela redação chamada "Casa velha, em ruínas...", que nunca foi divulgada na integra. Em 1967, mudou-se com sua família para Nova Iorque pois seu pai, funcionário do Banco do Brasil, fora transferido para agência do banco naquela cidade, onde foi introduzido à língua e cultura norte-americana. Aos nove anos, em 1969, Renato e sua família voltam para o Brasil, indo morar numa casa na Ilha do Governador, Rio de Janeiro. Em 1973 a família trocou o Rio de Janeiro por Brasília, passando a morar na Asa Sul. Em 1975, aos quinze anos, Renato começou a atravessar uma das fases mais difíceis e curiosas de sua vida quando fora diagnosticado como portador da epifisiólise, uma doença óssea. Ao saber do resultado, os médicos submeteram-no a uma cirurgia para implantação de três pinos de platina na bacia. Renato sofreu duramente a enfermidade, tendo que ficar seis meses na cama, quase sem movimentos. Sua primeira banda foi o Aborto Elétrico, ao lado de Felipe Lemos e André Pretorius. Não durou muito, terminando por brigas entre Felipe e Renato. O Aborto foi a semente que deu origem à Legião Urbana, ao Plebe Rude e ao Capital Inicial, liderado por Dinho Ouro-Preto. Renato Russo atingiu o auge de sua carreira como músico à frente da banda Legião Urbana, sendo compositor de praticamente todas as letras. Através do grupo, que ainda tinha Dado Villa-Lobos (guitarra), Renato Rocha (baixo de 1984 a 1988) e Marcelo Bonfá (bateria), Renato passou a ser reconhecido como um dos maiores poetas do rock brasileiro, criando uma relação com os fãs que chegava a ser messiânica. No dia 22 de outubro de 1996, onze dias após a morte do cantor, Dado e Bonfá, ao lado do empresário Rafael Borges, anunciaram o fim das atividades do grupo. Estima-se que a banda tenha vendido cerca de 15 milhões de discos no país durante a vida de Russo. E, depois de sua morte, foram ainda muito mais.
Um comentário:
so young...
Postar um comentário