Já disse várias e várias vezes e não me canso de dizer: ‘Na minha vida,
a única coisa melhor que ouvir os Beatles, é VER e OUVIR os Beatles!’. Hoje, o
filme “The Beatles – Eight Days a Week –
The touring Years” estreia no Brasil em um monte de capitais. Agora são 19h.
Estou indo com meus dois filhos. Partiu The Beatles! Aqui, a gente confere o que alguns sites disseram sobre o filme:
EIGHT DAYS A WEEK CHEGA AOS CINEMAS BRASILEIROS - http://blog.opovo.com.br
Há 48 anos, completados nesta semana, os Beatles presentearam
o mundo com sua última aparição pública. Paul McCartney, John Lennon, George
Harrison e Ringo Starrsubiram no telhado da sede da gravadora
Apple, em Londres, e surpreenderam os fãs com um dos shows mais memoráveis da
história do rock. O fato é que, mesmo 37 anos após o fim da banda, o quarteto
londrino, que ultrapassou gerações, continua vivo e conseguiu o inimaginável. E
é justamente o início desse fenômeno que o documentário The Beatles: Eight
Days a Week, que chega aos cinemas brasileiros na quinta-feira, 2, mostra
de maneira inédita. Dirigido por Ron Howard (Apollo 13, 1995), o
filme já foi exibido em mais de 30 países e teve sua estreia oficial em 16 de
setembro de 2016, nos EUA. O longa – primeiro documentário autorizado desde o
fim da banda – acompanha os “loucos” e “corridos” primeiros anos de carreira do Fab
Four e a histórica turnê mundial que originou aBeatlemania. Entre 1962 e
1966, os garotos de Liverpool conquistaram a Europa, cruzaram o
atlântico e ganharam a América. Com mais de 250 concertos pelo mundo, eles
consolidaram uma reputação e deixaram sua marca na história. A narrativa
passeia por momentos históricos. Desde o primeiro registro do quarteto junto,
no Liverpool’s Cavern Club, em 1962, à primeira vez que uma música do Fab
Four foi tocada em uma rádio americana, em 1963 e o sucesso de canções
como I Want to Hold Your Hand.O longa caminha até os primeiros indícios do
psicodélico Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, de 1967. A euforia
das multidões e a extrema e rápida popularidade da banda são o DNA do filme. O
objetivo é justamente mostrar como essa “explosão” afetou e afeta o
comportamento da sociedade. Com imagens remasterizadas e restauradas, The
Beatles: Eight Days a Weektraz cenas inéditas de Lennon e Harrison e
entrevistas exclusivas com Paul e Ringo. Além de depoimentos de Yoko
Ono e Olivia Harrison (última esposa de George Harrison). Para
fechar com chave de ouro, os fãs poderão assistir imagens recém descobertas da
apresentação icônica do último grande show da banda em 1966, no Candlestick
Park em São Francisco (EUA).
THE BEATLES - OITO DIAS POR SEMANA - www.cartacapital.com.br/
Foram feitos mais de 30 filmes sobre os Beatles até hoje. O que credenciaria um novo documentário a ser procurado pelo espectador? O que há mais a ser visto? O cineasta Ron Howard, com Eight Days a Week: The Touring Years, mostra que há muito mais ainda, e mesmo o que já é muito conhecido pode vir a ser concatenado em uma narrativa de clareamento artístico. A perspectiva, os anos de turnê, circunscreve o filme à beatlemania e sua histeria global, mas também permite que as circunstâncias históricas iluminem melhor a trajetória dos Fab Four. Para isso, Howard vale-se de depoimentos insuspeitos, de gente que de alguma forma viveu como anônimo aquele período, e hoje é famoso: Whoopi Goldberg, Sigourney Weaver, Elvis Costello. E os sobreviventes, Paul e Ringo, falam muito. O diretor aprofunda episódios pouco conhecidos, como a reação dos Beatles ao racismo durante os anos da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos. É profundamente emocionante a narrativa de seu show no Gator Bowl, em Jacksonville (Flórida), e o depoimento de negros que estiveram lá, como a acadêmica e cantora Kitty Oliver. A cogestão dos rumos do grupo é examinada de um jeito carinhoso. Há pouco atrito no documentário, pouca droga, pouca briga. Há mais camaradagem. Muito antes das redes sociais, os Beatles valiam-se de uma estratégia inusitada de divulgação pessoal. Cooptaram o radialista Larry Kane para acompanhá-los em sua turnê americana. “Por que eu, um homem de notícias, iria querer acompanhar uma banda que chega em outubro e se vai em novembro?”, perguntou Kane. O pai dele o desaconselhou: “Cuidado, eles são uma ameaça à sociedade”. Ainda assim, Kane seguiu com eles e seu depoimento, em 1964, foi profético: aquela turnê mudaria completamente a história da música pop, do show biz, do entretenimento e da cultura jovem ao redor do mundo. Há um pouco de encenação histórica e cenas nunca vistas. A controvérsia é a versão aceita por Howard de que o final dos Beatles foi decretado por George Harrison. Esse é um final aberto: ninguém jamais saberá ao certo.
ECOS HISTÉRICOS E HISTÓRICOS - revistadecinema.uol.com.br/
1964. Durante um evento de divulgação da turnê dos Beatles nos Estados Unidos, um repórter desavisado se aproxima de John Lennon e lhe pergunta: “Qual dos Beatles é você?”. Munido de sua célebre cara-de-pau, Lennon responde: “Sou o Eric”. E o repórter, microfone em punho, se dirige à câmera e começa sua reportagem: “Estamos aqui com Eric, dos Beatles…”. A gozação é geral. Este é apenas um dos deliciosos momentos do documentário “The Beatles: Eight Days a Week – The Touring Years”, dirigido por Ron Howard, conhecido por seu trabalho de direção na trilogia “O Código da Vinci”, “Anjos e Demônios” e “Inferno’, entre outros. A pergunta é inevitável: ainda há o que dizer sobre os Beatles? O mundo precisa de mais um documentário sobre o quarteto de Liverpool? O recorte escolhido pelo filme se centraliza nas turnês mundiais do grupo, em como tudo aconteceu com uma velocidade estonteante, numa época onde o conceito de comunicação de massa apenas engatinhava, e o de globalização sequer existia. O filme retrata a explosão da Beatlemania internacional a partir da sua primeira turnê norte-americana e da aparição do quarteto no superprestigiado programa da Ed Sullivan. A rapidez com que tudo se desencadeou acaba justificando o fato do citado repórter não conhecer John Lennon, exatamente o mesmo Lennon que, pouco tempo depois (muito pouco tempo), teria de convocar uma coletiva para explicar publicamente sua afirmação que os Beatles eram mais famosos que Jesus Cristo. Com farto material de arquivo, o longa estampa na tela as reações histéricas e históricas daquela geração baby-boomer que, menos de 20 anos após o término da Segunda Guerra, reconhecia-se finalmente como voz ativa e atuante dentro da sociedade de consumo. É o momento de uma virada social na qual o jovem sai de sua condição de coadjuvante para tornar-se rei e senhor das tendências mercadológicas e comportamentais. A descontração, as brincadeiras, a irreverência que os Beatles destilavam nas diversas coletivas que davam à imprensa podem parecer triviais hoje, mas eram revolucionárias naqueles anos que antecederam o icônico maio de 1968, quando tudo mudou. Certamente, não é fácil apreender este conceito nos dias de hoje, onde tudo é criado e pensado para se transformar em fenômeno midiático, mas é preciso olhar o filme com olhos de 1964 para compreender melhor a extensão da Bealtemania e as portas que ela abriu para o futuro das comunicações. Da mesma forma que é praticamente impossível, para a geração atual, tentar entender por que os cabelos dos Beatles provocavam tanta celeuma. Acredite: hoje beirando o ridículo, o corte “tigelinha” dos rapazes foi recebido na época como um grito de rebeldia desta juventude “iê-iê-iê’. Considerações socioculturais à parte, o documentário traz momentos dos mais saborosos, como o cineasta Richard Lester dizendo que foi pressionado a rodar o filme “A Hard’s Day Night” o mais rápido possível, porque os produtores acreditavam que a fama dos Beatles não duraria mais que alguns meses. Ou cenas de uma Sigourney Weaver adolescente flagrada em meio a milhares de jovens que choravam e gritavam num show em Nova York. Há também o lado menos festivo, como a exaustão e a desilusão dos quatro rapazes que – ainda muito cedo em suas carreiras – sucumbiam à pressão de atuar em shows onde os feridos suplantavam a casa dos 200, ou fugir num caminhão fechado para evitar a violência da histeria, ou mesmo de ter de se apresentar em 25 cidades num período de 30 dias. Afinal, antes dos Beatles, sequer existia o conceito de turnês em grandes estádios, segundo informa o filme. A famosa canção “Help” é um grito de socorro de Lennon relativo a estas pressões. Paul McCartney chega a afirmar que todo o filme que leva o nome da música foi gravado com o quarteto chapado para suportar o ritmo. Talvez nada disso seja exatamente uma grande novidade e, talvez, respondendo à pergunta feita no início deste texto, o mundo não precise mesmo de mais um documentário sobre os Beatles, mas, mesmo assim, para quem viveu o período, é sempre gratificante ver (rever) as performances do grupo na tela grande, em belas imagens remasterizadas, e tentar compreender a importância da Beatlemania como fenômeno ímpar da cultura pop. E, para quem não viveu a época, a explosão dos rapazes que colocaram Liverpool no mapa mundial não deixa de se revestir de um marcante caráter histórico-pioneiro que abriu novas estradas para as gerações futuras.
6 comentários:
Por aqui, nada ainda. Vai com Deus, curta muito e passe a bola pra gente.
Aqui na Patagônia São Luís do Maranhão... tem "Eigth Days a Week"!
Fui!!!!
Valeu JC! Foi absolutamente sensacional! Muito bom ver os Beatles no cinema novamente. Pra mim, só teve um defeito: devia durar quatro horas!!! Amanhã, sábado, vou de novo!
Vou verificar se entrou em cartaz por aqui. E vou correr.
Bom demais! Fiquei emocionada! Deveria durar 4 horas mesmo. Acho que vou de novo no domingo.
Fiquei com pena de alguns desavisados que chegaram atrasados e sairam antes, porque não leram, no início, o aviso de que, quando terminasse os créditos no final, haveria mais 30 minutos com o show do Shea Stadium.
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