Esta gravação é uma versão mais lenta, quase acústica, da música lançada como lado B do compacto "Hey Jude" pouco menos de três meses antes do álbum "The Beatles". O vocal, gravado em duas pistas, é de John, e os vocais de fundo "du-wop" a fazem soar quase como uma paródia. "Revolution 1" tem um início falso e a guitarra solo entra rasgando no canal esquerdo. A gravação conta ainda com intervenções de uma banda de metais e de Paul ao piano.
A letra é a mesma do lado B de "Hey Jude", a não ser por um acréscimo vital - "in" acrescentado a "out", parecendo uma ideia que se teve depois, rápida e fácil de perder. O ritmo é bem mais lento, relaxado e divertido, e no final, John Lennon colocou um pouco de "xu bi duus". A canção foi escrita durante a meditação transcendental em Rishikesh na Índia, e foi inspirada na situação global da época como a revolta estudantil em Paris, a Guerra do Vietnã, a revolução sexual, o assassinato de Martin Luther King, etc. A letra é explícitamente política e adverte sobre o significado da palavra revolução nos trechos: "Você diz que quer revolução, todos nós queremos mudar o mundo. Você diz que tem a solução real, adoraríamos ver o plano. Você me pede uma contribuição, nós fazemos o que se pode. Mas se você quer dinheiro para pessoas com mentalidade de ódio, tudo que eu digo é que você irá esperar". Existe também uma mensagem de "pense por si mesmo", e uma alusão ao ditador chinês Mao Tse-Tung: "Você diz que quer mudar a constituição, todos nós queremos mudar sua cabeça. Você me diz que é a instituição mas é melhor libertar sua mente então. Agora se você ficar carregando fotos do ditador Mao, você não conseguirá nenhum apoio". A letra ainda contém uma lírica notavelmente diferente do single "Revolution": Lennon adiciona a palavra "IN", seguindo a linha "When you talk about destruction/don't you know that you can count me OUT" (Quando você fala sobre destruição/Saiba você que NÃO pode contar comigo). Durante as gravações ele ficava brigando com a letra, rabiscando e mudando OUT e IN ("NÂO conte comigo" e "pode contar comigo"). John falou em entrevistas que ele estava indeciso em relação a seus sentimentos, então ele incluiu ambas as opções. Da gravação participaram John Lennon: vocais, violão, guitarra solo; Paul McCartney: vocais de apoio, piano, órgão Hammond, baixo; George Harrison: vocais de apoio, guitarra solo; Ringo Starr: bateria, percussão, Francie Schwartz: vocais de apoio, Derek Watkins e Freddy Clayton: trompetes; Don Lang, Rex Morris, J Power e Bill Povey: trombones; Metais arranjados e conduzidos por George Martin.
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