segunda-feira, 4 de julho de 2016

ALAN MOORE - O MONSTRO DA CRIAÇÃO - O MAGO DE NORTHHAMPTON

Para quem não é fã de quadrinhos, ou acha que as histórias são coisa de criança, Alan Moore deve passar despercebido. Mas ele é um dos maiores mitos da literatura, sim! A obra do autor é tão bem reconhecida que ele é citado como um dos escritores mais importantes de todos os tempos. Moore é responsável por dezenas de obras espetaculares que são leitura obrigatória para qualquer fã de quadrinhos, ou não.
Alan Moore foi expulso da escola aos 16 anos por vender LSD no pátio. Restou a ele ser cartunista. Depois de desenhar para jornais e revistas, Moore começou a carreira apenas como roteirista nos quadrinhos ingleses no início dos anos 1980. Passou pela célebre revista 2000AD (Future Shocks, Skizz, D.R. and Quinch, A Balada de Halo Jones) e por outra antologia, a Warrior (Miracleman, V de Vingança, The Bojeffries Saga), antes de ser convidado pela editora norte-americana DC Comics para escrever a série do “Monstro do Pântano”.
Sucesso incontestável de crítica e um dos primeiros títulos restrito ao público adulto, “Monstro do Pântano” levou Moore a histórias marcantes de Superman (O que aconteceu ao Homem do Amanhã?) e o clássico e agora, cult, “Batman - A Piada Mortal”, além daquela que muitos consideram a melhor HQ da história: “Watchmen”.
Foi esta que fez ele brigar com a DC, devido a uma questão de direitos autorais, e começar uma carreira independente (Big Numbers, Do Inferno, Lost Girls), inclusive como romancista (A Voz do Fogo). Durante a década de 90, colaborou com vários selos da Image Comics (Spawn, Youngblood, Wild C.A.T.s e derivados das três) e criou sua própria linha dentro do selo Wildstorm, chamada America's Best Comics (A Liga Extraordinária, Tom Strong, Promethea,Tomorrow Stories, Top Ten).
A compra da Wildstorm pela odiada DC Comics acabou com essa fase, na mesma época em que obras suas começaram a ser adaptadas para o cinema: Do Inferno (2001), A Liga Extraordinária(2003), V de Vingança (2005), Watchmen (2009). Moore "não viu e não gostou" de nenhuma, e ainda começou uma campanha de difamação contra todos os envolvidos na deturpação de suas obras. Nos últimos anos, o escritor lançou uma revista independente chamada Dodgem Logic (que durou menos de um ano), vez por outra publica um capítulo de A Liga Extraordinária e está escrevendo um livro de mais de 1000 páginas chamado Jerusalem, fora uma e outra HQ como Neonomicon. Também se diz mago desde que completou 40 anos, já fez performances ritualísticas públicas e venera a divindade romana Glycon. Moore é, sem dúvidas, um cara estranho, mas absolutamente, genial. Sou fã incondicional!

3 comentários:

Valdir Junior disse...

Estou começando, com um bom atraso, a descobrir a obra do Alan Moore, assim como do Neil Gaiman. Na minha opinião, dois mestres do contar de estória. O "Watcheman" está no quase no mesmo nível da "Odisseia" de Homero.

Edu disse...

Alan Moore, Neil Gaiman e Frank Miller são gênios imbatíveis! Quem não conhece e não leu, não sabe o que está perdendo.

João Carlos disse...

Admito que sou leigo no assunto. A matéria é bem esclarecedora.