quinta-feira, 28 de março de 2019

PAUL McCARTNEY SE EMOCIONA NO 2º SHOW EM SÃO PAULO

Paul McCartney começou sua despedida do Brasil às 20h46 de quarta-feira, 27. Um show que o faria chorar. Foi a nona viagem de Paul ao País que ele mais visita depois dos Estados Unidos. Sua máquina funcionou com várias alterações com relação à primeira noite, na terça, 26. Diante de um Allianz Parque lotado, em seus 40 mil lugares, Paul abriu com A Hard Days Night, causando um impacto forte em sua plateia. Seguiram depois Can't Buy me Love, Letting Go e a nova Who CaresA festa de Paul começa antes do show. A plateia desta quarta parecia mais quente desde o início, fazendo cenas que não existiram na terça. Uma ola passeava pelos anéis superiores com gritos e palmas e os celulares ligados antecipavam algo que só iria acontecer mais tarde em Let It BeO show começou e, de fato, havia uma temperatura mais alta. Paul, vestindo casaco marrom, teve uma resposta de A Hard Days Night em alto volume. O som chegou com força e pressão, diferente do primeiro dia. "Got Get Into My" Life é a primeira música que deixa claro uma diferença para as outras turnês, um trio de sopros de trombone, sax e trompete. Isso esquenta algumas músicas e deixa Paul escolher canções com arranjos de metais. Sua estratégia segue com uma nova, uma antiga. Ele ataca então de "Come On To Me", uma das novas. Let Me Roll It é a primeira catarse Wings, emendada com um final de Foxy Lady, como uma homenagem a Jimi Hendrix. I've Got a Feeling mostra um Paul malandro. Sua voz não chega mais às notas originais, mas ele encontra caminhos mais baixos e tão bons quanto. No final, ninguém percebe o efeito da oxidação do tempo. E lá vai ele ao piano, seu terceiro posto (as canções ao violão de aço e na guitarra são as duas faces anteriores) fazer Let 'Em In, dos Wings. Algo fez Paul se emocionar de verdade neste momento. Ele tocou com lágrimas, olhando para seus músicos com ternura e deixando a voz falhar pela emoção. Ao terminar, enxugou os olhos antes que uma delas caísse, disse que sua mulher Nancy Shevell estava no recinto e cantou para ela My Valentine. Estava ainda com a voz embargada. Ele só foi se recuperar com a próxima canção. Veio então mais uma que não estava na terça, We Can Work It Out. Here Today, que fez para John Lennon, o levou a embargar a voz novamente, enquanto tocava violão sozinho de cima de uma plataforma. Foi um momento difícil de se chegar às notas, mas pela emoção. Paul parecia bem sensível, mais do que em outras vezes. Cantava Eleanor Rigby quase trêmulo e como se fosse a primeira e a última vez.

2 comentários:

Joelma disse...

Ficou linda essa versão menos "rock" de Come on to Me. That's my opnion.

roque22 disse...

Daqui a 50 Anos todos vão reconhecer este cidadão como o Maior Artista que já existiu em todos os tempos!