domingo, 3 de março de 2019

THE JORDANS & THE BEATLES - CONTATOS IMEDIATOS DE 3º GRAU


A primeira vez que a sensacional história de "THE JORDANS" apareceu aqui, foi no dia 7 de agosto de 2014. Depois, ela apareceu novamente em 26 de abril de 2016 a pedidos de Bena Valadão. Como muitos que acompanham o nosso blog preferido, chegaram depois e não conhecem esse episódio, acho que vale a pena conferir essa estranha e curiosa história que realmente aconteceu com os Jordans em 1967. Valeu!
"The Jordans" foi um dos grandes grupos de rock instrumental do início da década de 1960, na linha dos ingleses The Shadows e dos norte-americanos The Ventures. O que distinguia os Jordans de outros grupos brasileiros na mesma linha, como Os Incríveis e The Jet Blacks, era o uso de instrumentos pouco comuns no pop-rock instrumental, como vibrafone, bandolim e três guitarras elétricas. A banda foi formada em São Paulo em 1956, com Aladdin (guitarra-solo); Sinval (guitarra-base); Tony (contrabaixo); Foguinho (bateria) e Irupê (saxofone e trompete). O nome veio do grupo The Jordanaires, que gravava com Elvis. O conjunto gravou vários 78 rpm, LPs e compactos. Seus sucessos incluem: "Blue Star" em 1964, e "Tema de Lara" em 1966. O que é mais legal e curioso em toda a trajetória de The Jordans, é que em 1967, em Londres, eles se encontraram com ninguém menos do que os próprios THE BEATLES. Pois é, que sorte danada desses caras! Aqui, a gente vai conhecer a história de como The Jordans se encontraram com The Beatles, contada pelo próprio Alladin (Romeu Mantovani Sobrinho).
“Era 5 de novembro de 1967, estávamos em Londres de passagem, comprando alguns instrumentos numa loja no centro da cidade, tocávamos eu (FOGUINHO) bateria, o TONI contrabaixo e o lojista um teclado, juntou muita gente em volta para ouvir “bossa nova”e tinha um rapaz ao meu lado prestando muita atenção no rítmo, quando paramos, ele se identificou como baterista de uma orquestra, seu nome era PEPE,um espanhol radicado em LONDRES a uns 15 anos e ficamos trocando ideias sobre o samba que ele insistia em tocar errado, para não esticar o papo falei que estava bom e ele ficou sorrindo. Como eram quase 17h e sem almoçar, perguntei se conhecia algum lugar para se comer, ele disse que na rua de traz um amigo dele tinha uma lanchonete e para lá fomos. Lugar pequeno, nos acomodamos nas mesas da frente e nos fundos tinham dois casais tomando chá, pedimos macarronadas e enquanto aguardávamos o IRUPÊ foi ao banheiro e ao retornar disse “aqueles caras são parecidos com os BEATLES” e ninguém deu bola mas quando saíram e passaram na nossa frente pararam para olhar nossas camisetas da escuderia Pepe Legal e ficamos olhando pra cara deles, quando saíram é que caíu a ficha, eram PAUL e RINGO, então perguntamos ao amigo do PEPE se êles vinham sempre ali e diante da afirmativa, disse que estavam trabalhando em frente num estúdio no filme Yellow Submarine. Ao sairmos vimos o PAUL entrar num carro e se mandar, dava pra ver na janela o LENNON, subimos as escadas e batemos a porta, um senhor atendeu e logo atrás dele veio o JOHN, o PEPE nos apresentou e o NENO mostrou uns LPs nossos que tinhamos comprado na ESPANHA e disse que estávamos indo tocar na ITÁLIA, o LENNON pensou que era um presente, agradeceu e guardou os discos, entramos e encontramos o RINGO que logo foi especulando sobre “bossa nova” pois o SERGIO MENDES tinha lançado um álbum com músicas deles em samba e ele achou legal, o TONI filmou tudo com uma super8, o IRUPÊ e o PEPE bateram as fotos (essa aí foi a única que saíu). Nesse encontro estivemos eu FOGUINHO,TONI IRUPÊ e NENO, um abraço a todos”.

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